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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dr. Leandro Correia - Memória Varzealegrense

Dr. Leandro Correia Lima, o primeiro Médico filho de Várzea Alegre


Dr. Leandro Correia Lima foi o primeiro medico filho de Varzea-Alegre. Formado na Bahia, na turma de 1915. Exerceu a clinica, em varias cidades por onde passou, com dedicação e dignidade extremas. 

Bom clinico geral e otimo obstetra, foi um dos mais ilustres filhos de varzea-Alegre pela vasta cultura e grandeza d'alma. A tudo isso aliava um pendor notavel para a pintura, sendo capaz de desenhar, com um simples lapis e um pedaço de papel vulgar, retratos perfeitos, no que era especializado. 

O segundo filho de Varzea-Alegre a receber o titulo de medico foi Dr. José Correia Ferreira, 21 anos mais tarde, em 1936.

(am)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

INFORMAÇÕES SOBRE A VENDA DO PATRIMONIO DE SÃO RAIMUNDO.


Povo de formação cristã e obediente à doutrina da Igreja Católica Apostolica Romana. Não há registros de discórdia entre igreja e paroquianos. Entre 1917 e 1920 aconteceram fatos que deixaram à população do município chocada e abalada. O suicídio do Padre José Gonçalves Pereira e a venda do patrimônio de São Raimundo Nonato pelo Padre José Alves de Lima. 

Em 1919 a Diocese do Crato, decidiu criar o Banco do Cariri S.A, a primeira instituição de credito da região. O Bispo aconselhou as paróquias a capitalizarem valores em ações nominais com direito a voto. O padre José Alves de Lima, vigário de Várzea-Alegre, decidiu vender o patrimônio de São Raimundo que contava entre outras coisas 400 braças quadradas de terras, na sede urbana, doadas desde a criação da paróquia pelo Major Joaquim Alves, sua esposa e outros. O Padre não encontrou apoio do poder político muito menos na população que revoltada protestou com veemência e fez surgir o primeiro foco de protestantes do município com as familias Aniceto e Camilo  do sitio Vacaria. 

O Padre não desistiu da idéia e vendeu o referido patrimônio ao Senhor Dirceu de Carvalho Pimpim. 

No sitio Varzinha, residia o Manuel Antonio de Sousa, o conhecido poeta Manuel Antonio, que protestou com um verso intitulado “A venda do Patrimônio de São Raimundo” uma obra prima que por muito tempo foi cantada e decantada por dezenas de homens nos adjuntos de apanha de arroz e nos maneiros paus da cultura popular já muito esquecida. São 20 estrofes bem rimadas, fundamentadas e razoadas em fatos que, hoje em dia, pouca gente conhece. Uma obra importante que serviu de protesto para todo aquele que não concordava com a venda do patrimônio do nosso santo podroeiro.

(am)