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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

José de Mariana


Mariana Alves Bezerra, era irmã do meu avô Pedro Alves Bezerra e casada com Jose, conhecido por Jose de Mariana.

Um dia, Jose de Mariana teve uma raiva condenada da mulher e se danou no mundo. Durante muitos anos não se teve noticia do Jose. Ele era artesão, fazia tabaqueiro, um artefato de chifre de boi que colocavam algodão e com o atrito de um esmeril numa pedra a faísca acendia o algodão e se podia acender cigarros e outras utilidades. Nestes seus artefatos ele colocava uma marca, um sinal, tornando-o diferenciado dos outros, conhecido.

Um dia, um várzealegrense passava por uma cidade do Maranhão, e viu um garoto vendendo uns tabaqueiros com a marca conhecida. Perguntou para o garoto quem fazia e o garoto indicou o local onde se podia encontrar o artesão.

Dirigindo-se ao local encontrou numa cabana improvisada com umas palhas, debaixo de umas palmeiras de coco babaçu, o Zé de Mariana lixando uns chifres para fazer os seus artesanatos e uma mulata sentada no chão quebrando as amêndoas do coco babaçu, alem de uma panela numa trempe preparando o almoço.

Compadre como é que você abandonou sua propriedade, seus bens, sua família para viver nestas condições? Jose de Mariana respondeu: a única coisa que espero é que você não diga a ninguém que me viu aqui!

Chegando a Várzea-Alegre, não se conteve e contou a família. Dois dos filhos convidaram o padre da época e rumaram para o Maranhão à procura do Pai. Encontraram a mesma cena. O Padre tomou a frente da conversa e tome conselho enquanto Jose continuava lixando os chifres e a mulata quebrava os cocos. Certa altura o padre disse para os irmãos: Não tem jeito não, uma coisa dessas só pode ser mesmo um feitiço! A mulata se aborreceu com a historia, se levantou colocou a mão em cima do possuído e lascou: O feitiço ta aqui!

Os filhos voltaram para Várzea-Alegre e Zé de Mariana tomou rumo ignorado. Não se teve mais noticias.

Em Várzea-Alegre, quando a mulher começa com lera, o marido costuma dizer: Olhe, você deixe de moca se não eu faço como Zé de Mariana.

am

Um comentário:

  1. Com uma ameaça dessas toda mulher se aquietava.

    Jose de Mariana era o avô de Bilé de Manuel de Pedrinho do Sanharol, casado com Dona Filomena de Luiz Fiuza do Serrote.

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