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sábado, 9 de fevereiro de 2013

007 - Nossas Historias - Memoria varzealegrense


José Augusto de Lima Siebra.

Cada dia que vivo, mais surpresas tenho. Em Outubro completo seis décadas nos costados, e, esse soneto do José Augusto, que apresento a seguir, deve ter esse mesmo tempo ou mais, e, eu não o conhecia.

Feliz estou por duas razões: inicialmente por reconhecer a competência poética do José Augusto, nosso conterrâneo da Rajalegre e depois por poder contribuir com a divulgação de tão belo soneto.

Falar do canto do Xexéu é voltar aos tempos de criança, quando os nossos agricultores se alegravam, porque esse canto era sinal de chuvas, de inverno.

É prazeroso ser surpreendido como fui, com os poemas de José Augusto pela qualidade, pela beleza e sobretudo pela sentimento de amor, pureza d'alma existente.


Segue o soneto do José Augusto de Lima Siebra:

Alvorada.

De luz um raio aponta no nascente
Troa na mata o canto do xexéu
A noite se escondendo de repente
Deixa morrendo estrelas lá no céu.

Distende o manto o dia docemente
Cobrindo a natureza com um véu
Os passarinhos acordando de repente
Soltam no bosque um canto de troféu.

Vão morrendo as estrelas de hora em hora
A lua lá no céu desmaia e chora
A rosa nasce sobre o verde galho.

E o sol saindo lá do mar profundo
Mil encantos trazendo para o mundo
Marca as horas do dia e do trabalho.

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