PUBLICADO EM JANEIRO DE 1.966, QUANDO DA SUA MORTE.
Agora, que partes, velhinha e trêmula e santamente triste, arrastando contigo o pesado e doce encargo que te confiou a vida. Agora, que se extingue, mansa e suavemente, a chama que, 82 anos e meses, te animou os olhos pequeninos e cheios de doçura e amor.
Agora que Deus te chama à sua Gloria, na colheita que, faz das Suas flores mais ditosas. Agora que nos deixa orfãos da tua figura humana, porém, mais vitalizados da tua presença carinhosa. Nós, os teus filhos, rebentos felizes do teu corpo e da tua propria alma, nos ajoelhamos a teus pés, silentes e saudosos e, diante do altar da tua memoria nos sentimos simples criancinhas, ainda e sempre, do teu cuidado e desvelo. Aqui estamos, para reverenciar a santa mãe que tu és! Não sabemos se mãe tornada santa, ou santa em mãe transfigurada. Aliás, maravilhosamente e pela graça divina, estes dois encantadores dons.
De ninguem tua boca diz mal, a ninguem teus olhos fitam sem ternura, jamais, ao odio, dás guarida o teu coração. Que os ceus acolham tua alma generosa e boa e que em perfumadas flores se transformem tuas cinzas. Que a tua lembrança, cada vez mais viva e palpitante, cintile, para sempre no altar que te edificamos em nossos corações, onde esculpiremos teu nome, sombra de Deus, que paira mansamente sobre nós.
(am)
(am)