VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

EITA VÁRZEA ALEGRE BOA! - Por Mundim do Vale

EITA  VÁRZEA  ALEGRE   BOA!

Dedicado a; Marcone Proto e Flávio Cavalcante.

Várzea Alegre eu te proponho,
Que apareça no meu sonho
Para me realizar.
Mostre a igreja e a lagoa
Que é emblema e coroa
Pra teu filho se lembrar.

Tua Banda Cabaçal,
Teus jogos no Juremal
Coisa boa de sonhar.
A Banda de Mestre Antônio
Capela de Santo Antônio
Mas deixe, o sonho durar.

Me traga o velho Machado,
Descendo muito apressado
Numa coreografia.
Me mostre a banda tocando
E a moçada namorando
Na salva do meio dia.

Quero sonhar com Zé Mouco,
Com o Sala de Reboco
E o Frade Frei Damião.
Quero vê uma alvorada
E a salva da madrugada
No dia da procissão.

Mostre no sonho a grandeza
Daquela grande peleja
Que eu fiz com Doutor Sávio.
Se Sávio fizer questão
Quero sonhar com um sermão
Da missa do Padre Otávio.

Mundim do Vale.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CARNAVAL 2014 - Por Mundim do Vale.

CARNAVAL 2014 - Por Mundim do Vale. 

No período momino o Memória Varzealegrense vai entrar em recesso alguns dias no pré o outros no pró. Em seguida voltaremos com fotos, versos e causos lá de nós. Um bom carnaval para todos.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

DO TEMPO DO BUMBA - Por Mundim do Vale.

PROFECIA  EQUIVOCADA.

Este poema  datado do dia 18 do junho, do ano de 1948, é da autoria do meu avô Joaquim José Vieira ( Joaquim Piau ) Resgatado por Jozélia Vieira de Meneses.
O verso foi desenvolvido para contrariar o profeta Antônio Duarte Bezerra ( Parafuso ) Que na sua profecia dizia que aquele ano seria de seca, quando aconteceu o contrário, choveu demais.
O verso na íntegra era na sequência do A.B.C. Mas o perverso tempo e as circunstância da época não pouparam esse trabalho.

Dedicado ao primo Antônio Morais, a prima Socorro Martins e ao Memória Varzealegrense.

Antônio Duarte Bezerra
Cabra bom de previsão
Dos profetas atuais
Está sendo o campeão.
Só não é muito feliz
Porque tudo quanto diz
É plena contradição.

Baseado nos dizeres
Do colega João Pereira
Arvorou-se de profeta
E haja a dizer besteira:
- O Riacho do Machado
Disse ele:- Há coitado!
Não lava nem a poeira.

Coitadinho do Bezerra
A quem ele se pegou
Com esse quarenta e oito
Que a todo mundo enganou.
Com o tanto que choveu
Até pedra amoleceu
E Parafuso enferrujou.

Dizem que o tal Bezerra
Reza uma tal oração
E dormindo tem um sonho
Que é a revelação.
E então depois que acorda
O sonho todo recorda
E faz a interpretação.

Este ano Seu Bezerra
O senhor se atrapalhou,
Ou a oração foi fraca
Ou o Senhor não sonhou.
Sei que teve uma travessa
Trocaram a porca avessa
E o Parafuso emperrou.

Francisco Ramos de Lima
Também fez a previsão
Disse que no mês de março
Ia fazer um verão.
Em março foi que choveu
Que o Ramo apodreceu
E a Lima caiu no chão.

Garantia Seu Bezerra
Que esse ano não chovia
Os vasos ficavam secos
E o riacho não corria.
É certo os vasos secaram
Mas foi os que arrombaram
Com a água em demasia.

 Hoje em dia qualquer um
Mete-se a profetizar
Começa a dizer besteira
E o povo a insuflar.
Depois que se vê perdido
Haja profeta escondido
E o povo a criticar.

Na minha mente o Bezerra
Já está desiludido
Não dá para ser profeta
Já deve tá convencido.
Um pecador me dizer
O que Deus tem pra fazer
Já vi trabalho perdido.

Outrora havia profeta
Homem por Deus enviado
Dotado de inteligência
Pois era predestinado.
Hoje em dia neste mundo
Qualquer tipo vagabundo
Quer ser profeta afamado.

Por isso vive caindo
Em erros consecutivos
Por causa da ignorância
De que são eles cativos.
Com tanta incapacidade
São eles pra humanidade
Uns elementos nocivos.

Qual seca meu camarada?
Esse ano foi confuso
Legume foi muito pouco
Mas chuva causou abuso.
Perdeu seu nome sabendo
E sabe o que ficou sendo?
Um humilde parafuso.

Resta agora o Ferreira
Profeta pernambucano
Fazer sua ratazinha
Na previsão desse ano.
Pouco a pouco vai perdendo
E termina acontecendo
Como o velho lusitano.

Se Bezerrinha tomasse
Um conselho, eu ia dar
Para deste ano em diante
Nunca mais profetizar.
Deixava o tempo correr
E o que dissesse só ser
Depois que a coisa passar.

Tais profetas afamados
Chafurdaram esse ano
Com previsões diferentes
Caiu tudo no engano.
Bezerra e Chico besteira
E o grande João Ferreira
Profeta pernambucano.
 
  Uma coisa Seu Bezerra
Tenha cuidado na vida!
Pense muito e fale pouco
Deixe a conversa comprida.
Não faça tanta explosão
Para sua previsão
No fim não sair perdida.

Vou convidar o Bezerra
Pra uma acomodação
Mas na condição de que
Nem um de nós tem razão.
Porque nem eu sou poeta
Nem Parafuso é profeta
Fica acabada a questão.

Chacotas embora sejam
Pois no verso eu sou pateta
Não me incômodo com isto
Porque nunca fui poeta.
Porém me resta um consolo
Se eu sou um poeta tolo
Parafuso é mal profeta.

Joaquim José Vieira ( Joaquim Piau )

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Açude dos Fiúzas - Memória Varzealegrense

Açude dos Fiúzas no Sítio Chico não suportou a força das chuvas e arrombou


Baixio do Sítio Chico coberto pelas águas do açude
Com cinco noites seqüentes de chuvas a comunidade do Sítio Chico sede rural do município de Várzea Alegre somou nesta manhã de quarta-feira 12, mais de 300mm somente no mês de fevereiro, com as sequências pluviométricas os pequenos e médios reservatórios já transbordaram.

O açude do Chico (açude dos Fiúzas), como é conhecido fica nas terras do já falecido o ex-vereador Joaquim Fiúza irmão do ex-vereador Otoniel Fiúza, o reservatório apresentou um vazamento na parede, o orifício com a força das águas foi aumentando até que provocou o arrombamento do mesmo.

André Fiúza Secretário de Agricultura

Segundo o secretario de agricultura André Fiúza que se destinou imediatamente para acompanhar o processo, falou que o açude era de médio porte, armazenava as águas que mantinham o lençol freático com água fluente durante todo o período de estiagem compreendido de junho a novembro quando dificilmente chove no interior cearense.

Com o subsolo encharcado das águas que ficavam no açude os cacimbões davam o suporte para irrigação de pasto para o gado como para o uso de abastecimento humano e animal. Agora ficará essa deficiência além dos prejuízos de cercas que foram arrastadas com a força das águas e os aterros de trechos das estradas vicinais que também foram carregados pelas águas.

André ainda afirmou que como o arrombamento se deu de maneira lenta houve tempo para que os proprietários fizessem a retirada dos animais como gado e porcos que estavam pastando nas roças que ficam por trás da parede arrombada.

Aterro cortado pelas águas e parte do muro da casa do senhor Raimundo Vieira também foi arrastado pela correnteza

No topo geral ainda não se tem uma estimativa em valores do prejuízo causado com a arrombamento do açude do Chico. Uma coisa se pode ter certeza que Deus existe, a menos de um mês a comunidade varzealegrense clamava por chuvas prevendo uma catástrofe por falta d’água onde quase todos os reservatórios: Açude, cacimbões, lagoas, barragens estavam todos secos, e hoje o cenário é bem diferente só se fala em graças o povo está contente mesmo com o arrombamento de alguns. Sem falar na tão conhecida tartaruga gigante que existe naquela comunidade e habitava nas águas do açude, e agora por onde anda? Já era preocupação dos moradores nesta manhã.

Mais é importante saber que os quase 70% das comunidades como afirmou a nossa reportagem em matérias passadas George a defesa civil local que a situação era precária onde comunidades estavam sendo abastecidas por carro pipa como: Alto Santa Isabel no Riacho Verde, Cachoeira Dantas e muitas outras, hoje estão rindo com a abundância das águas que jorram em todos os córregos e rios favorecendo a todos sem custos. 

Fotos: Laéce Oliveira
Materia: Laéce Oliveira

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

História do nosso carnaval - Memória Varzealegrense

HISTÓRIA - O Carnaval de Várzea Alegre sempre foi uma uma grande festa
Registro fotográfico do primeiro bloco oficial de Várzea Alegre - "Pode Ser" - 1942 (Arquivo família Diniz)

Foto 012 - Na imagem, grandes personalidades da sociedade varzeaalegrense. O registro fotográfico foi feito em frente à residência da família Costa, na antiga rua Major Joaquim Alves, em frente a Rádio Cultura. Bloco “Pode Ser” 1942 - São nada mais, nada menos do que 69 anos que nos separam desta extraordinária foto  Esta foto resgata a historia do nosso carnaval e mostra praqueles que acham que Várzea-Alegre foi inventada de 10 ou 15 anos pra cá, que ela sempre foi destaque no cenário carnavalesco da Região Sul do Estado do Ceará. Identificaão 1 - Soldado Enéas, 2 - Mestre Chagas, 3 - Valdisio Correia, 4 - Luiz Adauto, 5 - Chico Valzenir, 6 - Dr. Carlos Botelho, 7 - Zé Odmar, 8 - Dr. Júlio Q. Machado, 9 - Joaquim de Figueiredo Correia, 10 - Otacílio Correia, 11 - Chico Luiz, 12 - Joaquim Diniz, 13 - Chico Francisco, 14 - Lindoval Correia,, 15 - Oto Diniz, 16 - José Norões, 17 - Manuel de Mestre Antonio, 18 - Dorgival Felipe, 19 - Raimundo Norões, 20 - Luiz Correia, 21 - Edilmo Correia, 22- Luiz Sobreira, 23 - Antonio Diniz, 24 - Joaquim Alcântara, 25 - Luiz Manoel, 26 - Adelgides Correia, 27 - Edvar Moreno, 28 - Luiz Diniz, 29 - José Honório, 30 - Dário Moreno
Foto 014 - Foto do Carnaval de 1953, enviada pelo Dr. Flavio Costa Cavalcante, foi tirada onde é hoje a prefeitura municipal. Ao fundo observa-se o casarão do Coronel Pimpim, onde hoje funciona uma farmácia. As pessoas foram identificadas por  Rosa Amélia (proprietária da foto) e a senhora Terezinha. As duas afirmaram que a música tocada naquele carnaval de 1953 foi Quebra Mar, Cantada por Marlene...1 - Rosa Amélia, 2 - Consuelo Costa, 3 - Dr Dario,  4 - Lucíola Costa, 5 - Humberto Costa,  6 - Chico de Amadeu, 7 Sérgio Pimpim, 8 - André Moreno, 9 - Edvar Moreno, 10 - Chico de Bodeiro, 12 - Toinho de Romão
Foto 487 - Este "retrato" é do carnaval de 1964. O nome do Bloco é - Os selvagens no frevo - Dos mascarados é evidente q o da direita é Iedo Mendes, os índios à esquerda Antonio Ulisses e Homero Proto.Agachados, Joemilton, Joãozinho e Raimundinho Piau. Mas o garoto de capa branca é Cleber Diniz.

COMO NASCEU O CARNAVAL EM VÁRZEA ALEGRE


A cidade de Várzea Alegre é conhecida por promover um dos carnavais mais autênticos e alegres da região. Mas, como nasceu essa folia momina em nossa cidade?

No relato dos mais antigos encontramos fatos interessantes. Segundo nossa pesquisa, na década de 60, duas famílias, em locais distintos do município, deram origem ao nosso carnaval.

A família costa costumava reunir na residência de Zezinho Costa, na cidade, um grupo de amigos para festejar o carnaval. Enquanto isso, outra família, a do senhor Antônio de Sousa, do Sítio roçado de Dentro, reunia um grupo de lavradores da região com  o mesmo intuito.

Já no ano de 1963, sob os embalos das marchinhas carnavalescas "Pó de Mico", "O Quartel", "A Caneca", entre outra, Pedro Sousa tocava sua sanfona de oito baixos, liderando o grupo que saiu do Roçado de Dentro pelas entradas, todos pintados de carvão, com máscaras de papelão e chapéus de palha. Animados pelo consumo de aguardente, perderam a timidez e entraram pelas ruas da cidade.

O grupo era formado por personalidades como: Chiquinho Menezes, Matias Sousa, Antão Menezes, Antônio Souza, Braz, Antônio de Zé de Ana, Manoel do Sapo, Munda Mariano, Zé de Sousa, entre outros, todos tocando instrumentos Receosos de serem repreendidos por brincarem o carnaval, os foliões esperavam em determinado ponto antes de adentrar a cidade. Para que prosseguissem dali em diante, era necessário que Vicente Santiago, que ia bem à frente do grupo, lhes desse um sinal positivo, de que a população aprovaria a atitude do grupo. O que, aliás, sempre acontecia.

A parada do desfile foi na Rua São Vicente. Atendendo ao convite do empresário Joaquim Diniz, e sua esposa, Balbina Diniz (ela do Roçado de dentro), o grupo se dirigiu à residência dos dois, localizada na Rua Duque de Caxias, onde se deu prosseguimento à festa com uma farta distribuição de bebidas.

O convite do casal Diniz deu origem à tradição de encerramento dos desfiles de escolas de samba e blocos alternativos acontecerem no Pólo de Lazer Antônio Alves Costa, o antigo calçadão, em frente à casa de Joaquim Diniz e Dona Balbina.

Somente um ano depois, o mesmo bloco desfilaria pelas ruas da cidade, só que os brincantes estavam uniformizados. A este grupo de foliões se juntava o bloco "Os Orientais", cujos integrantes, fantasiados, passaram a constituir  o primeiro bloco da sede urbana a desfilar no carnaval.

A EVOLUÇÃO

Na década de 70, o carnaval de Várzea Alegre ganhou espaço e apoio da sociedade e passou a ser organizado pelo Lions Clube. O Recreio Social era palco das festas carnavalescas e reunia os blocos nos encontros que marcaram a época. Também nesta década, com o CREVA - Clube Recreativo de Várzea Alegre já inaugurado , e dispondo de uma ampla área, os blocos passaram a organizar ali o evento.

Várzea Alegre conta hoje com duas escolas de samba. Orgulho do povo do Município, a Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro nasceu do Bloco do Roçado. Já a Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol, organizou-se do Bloco da "Véia", criado por Antão Leandro, do Sítio Sanharol.

O evento foi se mordenizando na mesma  proporção que ia ganhando as ruas. as festas, atualmente, são realizados nos centros das cidades, geralmente animadas por trios elétricos ou bandas, que se apresentam em palcos montados. Aqui em Várzea Alegre não é diferente. No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, o município aderiu ao estilo moderno. Nem mesmo as chuvas torrenciais e nem as enchentes que se seguiram a elas, foram suficientes para impedir que o carnaval deixasse de acontecer.

Em 2004, mesmo com a cidade isolada, por causa da queda das suas pontes e sem apoio algum da administração municipal daquela época, o povo resolveu promover o carnaval. Não houve festa em praça pública, mas os foliões atravessaram rios, adversidades e fizeram a festa. Provalvemente, sem o mesmo entusiasmo, mas ainda assim com grande brilho.

No ano de 2005, primeiro da gestão do governo Tempo de Crescer, o prefeito Zé Helder criou a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, que organizou e promoveu um dos melhores eventos de todos os tempos. Hoje, os vários blocos existentes somam-se às escolas de samba, concentrando-se em lugares diferentes e desfilando pelas ruas da cidade com muita animação.

O carnaval de Várzea Alegre passou a ser uma grande oportunidade de negócios, que influência diretamente a economia da cidade e consequentemente melhora o padrão de vida das pessoas.

Fonte: Varzea Alegre Agora

Co-Padroeira Nossa Senhora das Mercês

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS


A invocação ou nome de Nossa Senhora das Mercês é uma a mais entre as muitas que são dadas à única Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, e por isso, mãe espiritual de cada cristão e de toda a Igreja.

Esta invocação das Mercês data aproximadamente de 1.218, quando os maometanos dominavam parte da península Ibérica e faziam incursões às terras praianas da França e Itália, e nos mares, assaltavam as embarcações, para de toda forma que podiam roubar, matar e levar para o cativeiro da África, os homens, mulheres e crianças que encontravam.

Os cristãos capturados eram submetidos a trabalhos forçados e dura escravidão (daí as correntes nas mãos do seu filho Jesus), da qual podiam livrar-se, renunciando a fé católica e abraçando as doutrinas e costumes muçulmanos. Diante de tamanho sofrimento, muitos terminavam fazendo a vil troca de Cristo e sua igreja por Maomé e seus costumes.

Nossa Senhora, compadecida de seus filhos e filhas, aparece a três jovens: Pedro, Raimundo e Jaime e os convida para que fundem uma Ordem, encarregada de socorrer os pobres cristãos e mantê-los na fé e nos costumes. Os três jovens levaram a notícia ao bispo local, este ao Papa, e receberam autorização da igreja para fundarem a Ordem de Nossa Senhora das Mercês.

No dia 10 de agosto de 1.218, o bispo de Barcelona (Espanha), D. Berenguer de Palou, na própria Catedral, na presença de Rei Jaime I de Aragão e muita gente, Pedro Nolasco e companheiros faziam a Deus, solene entrega de suas vidas para dedicarem-se à redenção e ajuda dos cristãos na escravidão dos maometanos. A Ordem nasceu, cresceu e espalhou-se em seguida pelo mundo inteiro, tendo como carisma o resgate dos cativos. De fato surgiu a devoção a Nossa Senhora das Mercês, cuja festa litúrgica se celebra aos 24 dias do mês de setembro.

Hoje, são outras as escravidões: consumismo, comodismo, secularismo, individualismo, depressão, angústia, medos, desemprego, violência, vícios, fome, divisão, desagregação familiar, que Nossa Senhora das Mercês, ela que nos deu a grande Mercê, seu filho Jesus Cristo.

Cristo, intercedei por nós e nos ajude a vencer as escravidões do mundo atual.

A festa de Nossa Senhora das Mercês é celebrada em Várzea Alegre, no dia 02 de fevereiro, devido à outras festas que são celebradas nesse período.

ORAÇÃO

Mãe das Mercês, nosso espírito sente-se confortado cada vez que a ti recorremos. Uma doce esperança inunda o nosso ser, porque lembramos daquelas palavras de São Bernardo: “Nenhum daqueles que a vós tem recorrido, foi por vós desamparado.”

Cheios de alegria voltamos à luta da vida, certos de que não nos faltará o teu amor e o auxílio. Bendiz-nos, Senhora, pois tua bênção é sinal de Bênção Divina. Amém.

Fonte: Paróquia São Raimundo Nonato

Eleição de 1962 - Memória varzealegrense

Josué Alves Diniz 


Um grupo de fatores fez desta eleição a mais interessante de todos os tempos. 


Como a legislação eleitoral não vinculava a votação do prefeito ao vice tivemos a eleição do prefeito de um partido e o vice de outro, fato jamais verificado na historia do município. 

Foi também a eleição da virada, quebrou-se a hegemonia da família Correia que esteve à frente do executivo municipal desde a criação do município em 1870. 

Concorreram pela UDN Josué Alves Diniz com José Gonçalves de Carvalho na vice e pelo PSD Acelino Leandro da Costa com Francisco Leandro na vice.

Campanha acirrada com um resultado oficial de menos de 50 votos de maioria para Josué Alves Diniz. 

O fato mais importante porem, foi o resultado para vice prefeito, se elegeu Francisco Leandro com a mesmo diferença, com o mesmo placar. 

De 1962 em diante Várzea-Alegre deslanchou e hoje é um dos municípios mais importantes da região centro sul do estado do Ceara.

Antonio Alves de Morais
Crato,30.01.2009

domingo, 2 de fevereiro de 2014

015 - Dalmir Freitas - Histórias de Varzealegrense

Nos aceiros de Várzea Alegre

Quando dava as primeiras chuvas vinha logo aquela atração pela Zona Rural, baladeira, bornal e uma touceira de menino com a mesma ideia, sair da cidade para os sítios mais próximos esticando baladeiras pra tudo que é lado.

Eu tinha uma tia que era costureira, tia Raimunda de Caldas, pessoa da melhor qualidade, eu chegava na sua casa, ficava lá brincando com meus primos, em pouco tempo ela fazia um calção e um bornal novo pra mim, muitas vezes o pano do bornal era o mesmo do calção, e a minha alegria era grande, eu já tinha baladeira, era só programar a cassada, como eramos crianças, tudo tinha que ser muito perto, era brincadeira de menino mesmo, a gente chamava a galera pra cassar, todo dia tinha um local diferente, era assim.

Tinha dias que a gente saia pela Betânia, passava na Santa Rosa de seu Dirceu,nas imediações da casa de Dario, e ia só até a casa de Doca de Souza, voltava por Dentro pela estrada feita na seca de 1958,saindo lá em joão Soares, esticando as baladeiras pra todo lado, brincando com os amigos que ia encontrando, pedindo água pra beber nas casas, quando dava sede, e tomando banho nos poços menos perigosos.

As vezes a gente ia pro lado do sítio Sanharol, só que lá a gente andava mais, era menos perigoso, não tinha estrada, na volta tinha vários banhos, me lembro de um córrego na casa de Raimundo Menezes, onde o banho era uma delícia, e não oferecia perigo.

Bom, pro lado das varas por baixo, a gente ia só ate meu amigo Fatico, e por cima até meu amigo sozinha , descendo pelo Baixio do Exu onde tinha um banho que não precisa eu detalhar.

A Vazante, os Grossos e o Roçar de Dentro também faziam parte de nossas cassadas, pois são todos nos aceiros de Várzea Alegre. Ei e as cassas, não falei das cassas, a gente não cassava nada, era brincadeira de menino mesmo, chegava em casa e dizia, eu acertei nos peitos do passarinho e ele caiu e eu não encontrei, tenho certeza que ele morreu,só boato de menino. 
Eita saudade desses aceiros.

A meus amigos que participaram dessas aventuras.
Dalmir.