VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

015 - Dalmir Freitas - Histórias de Varzealegrense

Nos aceiros de Várzea Alegre

Quando dava as primeiras chuvas vinha logo aquela atração pela Zona Rural, baladeira, bornal e uma touceira de menino com a mesma ideia, sair da cidade para os sítios mais próximos esticando baladeiras pra tudo que é lado.

Eu tinha uma tia que era costureira, tia Raimunda de Caldas, pessoa da melhor qualidade, eu chegava na sua casa, ficava lá brincando com meus primos, em pouco tempo ela fazia um calção e um bornal novo pra mim, muitas vezes o pano do bornal era o mesmo do calção, e a minha alegria era grande, eu já tinha baladeira, era só programar a cassada, como eramos crianças, tudo tinha que ser muito perto, era brincadeira de menino mesmo, a gente chamava a galera pra cassar, todo dia tinha um local diferente, era assim.

Tinha dias que a gente saia pela Betânia, passava na Santa Rosa de seu Dirceu,nas imediações da casa de Dario, e ia só até a casa de Doca de Souza, voltava por Dentro pela estrada feita na seca de 1958,saindo lá em joão Soares, esticando as baladeiras pra todo lado, brincando com os amigos que ia encontrando, pedindo água pra beber nas casas, quando dava sede, e tomando banho nos poços menos perigosos.

As vezes a gente ia pro lado do sítio Sanharol, só que lá a gente andava mais, era menos perigoso, não tinha estrada, na volta tinha vários banhos, me lembro de um córrego na casa de Raimundo Menezes, onde o banho era uma delícia, e não oferecia perigo.

Bom, pro lado das varas por baixo, a gente ia só ate meu amigo Fatico, e por cima até meu amigo sozinha , descendo pelo Baixio do Exu onde tinha um banho que não precisa eu detalhar.

A Vazante, os Grossos e o Roçar de Dentro também faziam parte de nossas cassadas, pois são todos nos aceiros de Várzea Alegre. Ei e as cassas, não falei das cassas, a gente não cassava nada, era brincadeira de menino mesmo, chegava em casa e dizia, eu acertei nos peitos do passarinho e ele caiu e eu não encontrei, tenho certeza que ele morreu,só boato de menino. 
Eita saudade desses aceiros.

A meus amigos que participaram dessas aventuras.
Dalmir.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário