VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Lembrando minha primeira Escola

LEMBRANDO A MINHA “PRIMEIRA ESCOLA”

HOMENAGEANDO A MINHA PRIMEIRA PROFESSORA – “GILZA FERREIRA”

Dentre as “recordações” da nossa infância , uma das maiores, mais marcantes, é o alvorecer da vida estudantil: a primeira Escola, a primeira professora, os primeiros colegas/amiguinhos fora da família. Um momento novo, curioso, cheio de expectativas, de interrogações, de ansiedade, de descobertas.

E foi ela, a estimada e competente dona GILZA FERREIRA, quem me conduziu ao dar os primeiros passos nos caminhos do SABER. Quem, como uma segunda mãe, com toda dedicação e empenho, colocou-me no “mundo encantado” das letras. Assim como, tantas outras crianças daquela época, no nosso sítio. O processo inicial do estudo deu-se através do simples e notável instrumento vigente no momento, a famosa carta de ABC. Abrindo-nos as portas ao valioso mundo da “leitura e da escrita.” 

Eis na foto abaixo, a minha primeira e inesquecível professora, GILZA FERREIRA, filha do sr. Vicente Ferreira Lima, ou Vicente Cancão, para a qual, venho expressar meu profundo carinho, imensa admiração, e toda a minha gratidão. 

A sede da Escola era a casa de morada dos meus tios, FRANCISCO OLIVEIRA e MARIA DE JESUS, sítio CHICO, Várzea Alegre-CE . E sua sala da frente, ou sala de visitas , o espaço reservado para as aulas.
Não existia birô, nem carteiras, nem lousa, nem quadro negro. Apenas, uma mesa grande da família, por trás da qual, dona GILZA sentava-se e ia organizando e ministrando as lições, os ensinamentos e orientando-nos nas atividades diárias. 

Na mesma mesa , os alunos realizavam suas tarefas escritas, os chamados “exercícios” nos seus cadernos. 

Como assento, eram utilizadas cadeiras ou bancos um ao lado do outro. Recordo bem, com alegria, emoção e imensas saudades, que me acordava cedinho. E toda feliz, minha mãe me arrumava e me encaminhava à Escola. Lugar também de animação, alegria, amizade, divertimento, por ser um ponto de encontro da meninada.

Diariamente, eu levava uma cadeirinha de madeira fabricada pelo meu saudoso “ pai”, que também foi carpinteiro. Colocava na cabeça de maneira contrária, ou seja, de cima para baixo. E dentro da parte do assento que ficava pra cima, colocava a carta de ABC, o caderno, o lápis , a borracha numa função de bolsa ou mochila; o que não existia naquele tempo.

Às vezes, fico a imaginar como era difícil, complicado, com o simples método decorativo, conseguir que os alunos aprendessem as letras, dominassem o “alfabeto”, ora maiúsculo , ora minúsculo; ora letras de imprensa, ora manuscritas.

E a escrita? No caderno, sobre linhas contínuas, era copiado o alfabeto maiúsculo e minúsculo e a gente, com o grafítico , ia cobrindo letra por letra , diversas vezes até conseguir fazer independente da grafia da professora.

Em seguida, vieram os números, as primeiras lições aritméticas. Logo que dominei as letras, soletrar e formar sílabas , passei para a minha famosa “Cartilha do Povo”...através da qual, aprendi a formar palavras e ler pequenas frases, pequenos textos. Depois primeiro livro.

Uma “grandiosa ” recordação...!!! Quantos ensinamentos..., quanta felicidade, e boas lembranças ...do meu tempo de menina naquela Escola, guardo até hoje.. 
Minha prestimosa Professora, onde quer que esteja..., nosso DEUS todo poderoso te cubra de infinitas GRAÇAS...!!!

Com um carinho especial,

ISABEL VIEIRA DE OLIVEIRA SILVA
Juazeiro do Norte- CE - 22.01.2014

Um comentário: