VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

NOSSA RUA INESQUECÍVEL PASSEANDO NO MEMÓRIA - Por João Bitu.


NOSSA RUA INESQUECÍVEL


A Rua Major Joaquim Alves em Várzea-Alegre, tinha início junto à Usina Primo na entrada da estrada que leva ao curso do Machado, conduzindo aos Grossos através de um longo e estreito corredor alagado durante o período chuvoso, ladeado por cercas de arame farpado. À esquerda fica a Praça Santo Antônio e ao lado direito a Bethânia, por cujo bairro acessa a cidade toda aquela gente procedente das Carnaúbas e de tantos outros sítios ao leste do Município.
A rua ali começava e numa ligeira subida até a bodega famosa de ZEBITU, tinha pela frente um monte não muito grande chamado Alto dos Silvas, pequeno trecho de rua onde foi construída a Capelinha de São Francisco, habitado em sua maior parte pela família Frutuoso, gente bastante estimada na localidade.

A Major Joaquim Alves tendo de em lado a Usina Diniz e do outro a renomada Mercearia de Zebitu, prosseguia rumo ao Centro, em perfeito alinhamento, abrigando famílias ilustres e bem relacionadas. A majestosa Igreja de São Raimundo Nonato, tinha em frente uma pracinha simples, cuja beleza natural era ofuscada pelo esplendor da Igreja Matriz. A casa Paroquial era situada na esquina da praça que por uma estreita rua ia findar na Lagôa de São Raimundo Nonato, próxima ao bairro Vazante de saudosa recordação.

Reiniciava-se o trajeto e sempre portando belas residências ia parar junto à Praça Velha, cortada pelo Beco de Gobira ( hoje ZÉ Clementino merecidamente), tendo em frente um antigo prédio onde funcionaram os estúdios da Amplificadora “A VOZ DE VÁRZEA ALEGRE”, órgão de reconhecida utilidade pública, notadamente, para a nossa juventude. Este lado da Rua prosseguia até a loja de Natanael Moreno e, consequentemente, a Praça Nova, hoje conhecida por Praça dos Motoristas. No lado oposto havia em grande escala a existência de Lojas de Tecidos. Desde Zé Rolim até Vicente Moreno e Casa ABC e depois a Farmácia de Hamilton Correia. Aí findava nossa rua. Começavam a Rua do Juazeiro e a Duque de Caxias, também com outras denominações atualmente.

A praça Nova era o ponto de encontro da Juventude, que passeava à noitinha ao som das mais lindas músicas e onde tiveram início grandes romances. Pode-se dizer que aquele local poderia ser chamado o coração da doce terra!

Enfim, ao término da citada rua. estavam as residências do industrial Joaquim Diniz e a do Famacêutico Hamilton Correia, que foi por várias vezes Prefeito da cidade.
Salve Várzea-Alegre, salve nossas pracinhas, salve o lugar que foi o berço de nossas existências. Muita coisa poderá ser mudada, mas não mudará jamais o nosso amor por aquelas plagas abençoadas, donde ausentes estamos por força do destino, mas apenas fisicamente, porquanto, os nossos corações alí permanecem para sempre fincados.
DEUS assim nos conservará!

João Bitu

2 comentários:

  1. O Memória Varzealegrense agradece ao poeta João Bitu, por nos ceder tão preciosa matéria.

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  2. Agradeço muito pela postagem!
    João Bitu

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