VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Raimundo Lucas - Ana Camila (neta)

Raimundo Lucas - Ana Camila (neta)

Só tenho a agradecer por ter tido a oportunidade de conviver com alguém que apesar do pouco estudo era dotado de um inteligência absurda e escrevia de uma forma da qual jamais conseguirei me igualar. Foi trabalhador rural, sindicalista, poeta, violeiro, pai, amigo, MEU AVÔ, um ser humano que mesmo com todos e tudo contra nunca deixou de lutar em favor dos ruralistas. Homem íntegro que se hoje vivo fosse estaria completando 100 anos de idade.
Contemplo-vos com uma das muitas poesias escritas por ele:

Percorri alguns Estados
Municípios e Distritos
Vi muitos velhos aflitos
Do povão desamparados
Além de faltar calçados
Faltava roupa e comida
Cabelo e barba crescida
Cheios de constragimentos,
Foi um dos meus sentimentos
Nas voltas da minha vida

Com outros a mim iguais
Pensei nos santos princípios
De criar nos municípios
Os sindicatos rurais.
Eu aqui sofri demais 
não sei nem como escapei
Na vida me perturbei
Em diversos sacrifícios,
Pra defender meus patrícios
Muito trabalho encontrei

Já hoje eu vejo o velhinho
Com o seu dia marcado
Pra receber seu trocado 
Embora seja pouquinho
Mas para o velho sozinho
Sobra da roupa e comida
Eu nada ganhei na vida
Por tudo aquilo que fiz
Mas irei morrer feliz,
Agradeço a Deus a lida

Na dimensão fundiária
Quem tinha um palmo de terra
Contra mim fazia guerra
Devido a reforma agrária
Nesta tese doutrinária
Escrevi e propaguei 
E aos sem terra cheguei
Na última etapa da vida
Agradeço a Deus a lida
Pois a lida é minha lei.

Raimundo Lucas Bidinho 
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