VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Versos lá de nós - Memória Varzealegrense

PERDÃO  DIVINO - MUNDIM DO VALE

Na cultura popular
Deus do céu já perdoou,
Vate que não estudou
Mas que gosta de rimar.
Porém há de castigar
Com uma dura disciplina
Aquele que erra a rima
Ou quebra o pé do verso.
Pela lei do universo
O castigo vem de cima.

Tem poeta no sertão
Que nunca foi na escola,
Mas tem na sua caixola
As coisas do seu torrão.
Não precisou de lição
Pra rimar como sabia
Os fatos do dia a dia,
Do poeta sem estudo.
Mas tem muito conteúdo
Sua boa poesia.

Sou poeta do sertão
Mas sou semi-analfabeto
Não nego o meu dialeto
Nem meu grau de instrução.
Minha primeira lição
Foi com a dona Toinha
Naquele tempo eu tinha
Quatro anos de idade.
Mas já havia  a vontade
De rimar uma quadrinha.

O estudo no passado
Tinha certa restrição,
Quem morava no sertão
Ficava prejudicado.
A escola era o roçado,
A merenda era o café
E o povo não tinha fé
De uma vida segura.
Mas formou-se na cultura
Patativa do Assaré.

Mundim do Vale.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Nossas histórias - Memória Varzealegrense

879 - OS MENINOS DO PARQUE MAIA (homenagem a Festa de Agosto)

Durante os dez últimos dias do mês de agosto, em Várzea Alegre, vive-se o animado período da festa do padroeiro São Raimundo Nonato. Enquanto os adultos participam dos eventos religiosos e circulam pelas barracas do arraial, as crianças acompanham a movimentação do parque de diversões que se instala na cidade cearense. O sonho da meninada dura até o dia 31, quando começa a rápida, triste e angustiante desmontagem da pesada estrutura.

No final da década de 1970, os meninos Júlio Bastos Leandro, Geraldo Leandro Filho e Fernando de Zé de Zacarias moravam na antiga Getúlio Vargas, uma das ruas onde o tradicional Parque Maia* era montado. Sem dinheiro, passavam os dias e as noites de festa circulando pelo “carrossel”, buscando uma forma alternativa de “rodar” nos brinquedos.

Uma vez, cedo da manhã, os garotos cataram do chão os bilhetes usados e rasgados na noite anterior e colaram com  grude de goma. Mas os atentos funcionários do parque descobriram facilmente a grosseira montagem.

No mesmo ano, em uma noite movimentada, encostados à grade, os meninos da Getúlio Vargas conseguiram abrir um pouco as barras de ferro e acessar o brinquedo conhecido como Cavalinho pela alargada brecha do gradil. O primeiro a entrar clandestinamente, Geraldo Filho, montava alegremente em um dos animais de madeira, quando Fernando alertou:

- Geraldo, bora voltá, seu irmão Julin ficou com cocão inganchado na grade...

* Parque de diversões que, junto com o Parque Lima, por várias décadas, montou seus brinquedos em Várzea Alegre.

Colaboração: Júlio Bastos Leandro

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Lembrando desfile MIS - Memória Varzealegrense


MUNDIM  NA  ALA  DOS  POETAS.

A nossa ala foi nomeada de ala dos poetas. Melhor teria sido ala dos Souzas, porque tinha quarenta por cento de Sousas poetas; Nonato Souza, Cláudio Souza e Souza Sobrinho.

Eu fiquei ao lado da poetisa Claude Bloc, fazendo assim mais um contraste da nossa cidade. Eu até falei para a poetisa que aquela situação causava uma desarmonia para a nossa ala, mas ela muito brincalhona disse que estava alí para me oferecer segurança. Eu ainda questionei o desequilíbrio da altura e ela me disse que eu fosse pegar as pernas de paus do palhaço para equilibrar.

Para piorar a situação, uma prima minha invadiu a avenida gritando:
- Ei Mundim! Tí Pedo sabe qui tu tá pinotando carnaval no mei do povo grande?
Na parte da frente onde estavam os Souzas, eu verifiquei que Nonato avançava e Souza Sobrinho recuava, causando uma distorção. Abordei Sousa dizendo:
- Sousa vocês estão acabando com a escola, você tá desfilando na divangoê e Nonato na divangoá.
Souza reagiu me perguntando:
- E o que é divangoê e divangoá?
- Vá perguntar a Claude Bloc ou a Fafá Bitu, que eu não sei não.
Na chegada da lagoa o poeta Sávio botou a viola no saco e foi embora. Em seguida Cláudio, Nonato e Souza fizeram a mesma coisa. Depois foi a vez da poetisa.

Só eu foi que não botei a viola no saco, fiquei com a escola até o dia seguinte, quando fomos levar os carros alegóricos da lagoa até o barracão dançando samba.
No próximo carnaval eu não quero desfilar mais não. Só assim eu vou poder ver a minha escola na sua total beleza.

Parabéns para a diretoria e os integrantes da M.I.S.

domingo, 14 de setembro de 2014

Nossa Gente - Memória Varzealegrense

Varzealegrense aprovada em seleção vai estudar em Portugal



Ex-aluna da EEFM José Correia Lima e atual aluna do terceiro semestre do curso bacharelado em Sistemas de Informação pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Crato, natural de Várzea Alegre, local de onde se desloca diariamente de ônibus para campus universitário, filha do casal  de agricultores , Jair Silva e Vanuza Morais, Jayne de Morais Silva tem 18 anos, reside no sítio Jatobá, Distrito de Canindezinho da nossa cidade e embarcará em setembro para estudar durante o período setembro/2014 à fevereiro/2015 no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Bragança, Portugal, através do programa de bolsas IFCE Internacional!

Jayne consegui esse feito através do IFCE – Internacional;  O Programa de Bolsas Internacional que visa consolidar a internacionalização do IFCE, propiciando a interiorização destas ações, bem como oportunizar a participação de alunos de diferentes níveis de ensino, oportunizando a participação de discentes do ensino técnico cuja oferta para mobilidade internacional é quase inexistente.

A fim de intensificar as atividades já desenvolvidas com instituições de ensino estrangeiras parceiras do IFCE, os discentes selecionados pelos editais serão enviados para cursar um semestre acadêmico nessas instituições.

Jayne concorrendo para apenas duas vagas fora aprovada em segundo lugar com nota 6,15 ela preencheu todos os requisitos necessários para ingresso na seleção e apresentando a  documentação necessária para o referido fim.

                             CAMPUS CRATO – PORTUGAL (2 VAGAS)

ORDEM   CANDIDATO                                        PF1    IDIOMA       STATUS
1°      MOISÉS JORDAN SARAIVA DE SOUZA   6,88   Português   APROVADO

2°      JAYNE DE MORAIS SILVA                        6,15   Português   APROVADA

Fonte: Várzea Alegre - Coisa Nossa