VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

domingo, 30 de setembro de 2012

JOAQUIM VIEIRA DO CHICO - JOAQUIM DE LIBERCIA


Joaquim Vieira do Chico estava com um filho a ter febre alta há quase cinco dias. Chegando ao hospital o medico constatou beirando os 45 graus. Diante do quadro Joaquim foi aconselhado internar o filho Vicente e deixa-lo no hospital por uns dias em observação.

Diante daquela situação aflita o Joaquim foi a Radio Cultura colocar um aviso para os familiares no sitio Chico. Ao se dirigir a recepção foi redijido o presente aviso – Atenção familiares de Vicente de Joaquim Vieira no sitio Chico: O mesmo avisa que diante das recomendações médicas Vicente vai ficar internado por alguns dias até o médico concluir os procedimentos necessarios. Sem mais para o momento.
Joaquim Vieira.

Pagou a importância cobrada pela funcionaria e perguntou : a que horas sairá o aviso? Quatro horas da tarde – respondeu solicita a atendente.

Joaquim rumou num galope para o Chico e saiu de casa em casa avisando: As quatro horas ligue radio que o aviso vai sair. Dizem que a primeira casa a ser avisada foi a do meu tio Compadre.

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sábado, 29 de setembro de 2012

EXTRAVIO DOS LANCHES


Nas decadas de 1970 e 1980 era muito grande o movimento de passageiros entre o nordeste e São Paulo, especialmente as cidades de Varzea-Alegre e São Bernardo do Campo.

Na agencia da varzealegrense trabalhavam alguns conterraneos, entre os quais dois primos e muito conhecidos nosso - Joaquim Leandro Bitu e Benedito de Antonio Leandro. Nesta epoca estavam em São Bernardo dois filhos de João de Pedrinho, o Vicente e o Chagas. Então Ana, mãe dos dois meninos resolveu enviar para os mesmo uns lanches. Colocou numa caixa um queijo de manteiga, um tijolo de leite e uns pães de ló e uma carta com algumas recomendações. Amarrou bem a caixa e despachou na agencia de Varzea-Alegre. Quando a encomenda chegou em São Bernardo deu um farnecinho em Benedito e ele terminou por abrir a caixa e comeu os paes de ló. Pensando melhor, observou que se entregasse a caixa podia ser denunciada a malinação. Então comeu tambem o tijolo de leite e por fim o queijo de manteiga.

Então resolveu lê a carta para ter noticias do seu lugar, do Sanharol. Eis o conteudo da missiva - Meninos, tenham cuidado, tudo que acontece por ai, no outro dia todo mundo está sabendo aqui, e, quem espalha as noticias é Carmelita minha irmã! Carmelita é a mãe do Benedito, que depois de lê a carta ficou bem mais aliviado.

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

DR. JOSE CORREIA FERREIRA


Dr. Jose Correia Ferreira - Foi o segundo filho de Varzea-Alegre a se formar em medicina, 1936. O primeiro foi Dr. Leandro Correia 1915.

E teve o caso da paciente recomendada da minha tia Ester Correia. Entra com o marido, um sujeito afogueado, torado no grosso, olhos de espanto, chapeu de couro, toco de cigarro de palha no canto da boca, jeito de quem está vendo alma, por todos os lados. A mulherzinha parecia a alma que se procurava: pequena, magra, amarela, cabelos zangados com a diciplina, uns tics no canto direito da boca, pra completar, a coisa mais encabulada do mundo. Sentindo seu jeitão e a dificuldade que teria em lhe ouvir as queixas, procurei deixá-la a vontade, falando-lhe palavras afaveis, animadoras, tentando um bom relacionamento, como se diz. Depois de lhe perguntar, umas tres ou quatro vezes, de que se queixava, o que sentia, sem que ela desse uma palavra, perguntei ao marido: sua mulher não fala? É surda-muda? Foi então, que ela, rompendo o mutismo, falou: Minha doença quem sabe é Zé.

Aí o homem pegou pressão, assim como quem está foleando formigas e foi falando num ritmo irregular: ora, soprando para fora, ora, aspirando para dentro. E tome verbo: Seu doutor, esta muié tá se acabando viva. Voimincê credite que ela num drome, ela num come, ela num tem sustança pra nada e tem uma dor de cabeça afitiva, qui quando dá nela, lá nos tapumes da testa, a pobrezinha so farta correr doida. Enche os oios dagua, pega minhas mão, bota na cabeça dela e fica dizendo: Incaica Zé.

A muito custo, conseguir tomar a pressão, examinar-lhe os olhos, sentir-lhe o pulso, auscutar, percutir. Ela todo tempo se esquivando, se afastando, no mais inocente e desnecessario recato.

Decorridos umas tres semanas, em outro dia de feira, volta o Zé. E de melhor aspecto. Ao me ver, foi logo dizendo: vin só lhe dizer, meu doutor,qui a muié tá muito amiorada. Quaje boa, mesmo. Deus te proteja.

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domingo, 9 de setembro de 2012

A SAGA DE ANTONIO DANTAS SOBRINHO

Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu.  
(Fernando. Pessoa)


Nasci no sítio Baixio, Várzea Alegre, Ceará, 1938. Filho de Lourenço Ferreira Lima e Luisa Dantas de Souza. Faço parte da décima geração descendente de Agostinho Duarte Pinheiro, donatário de uma sesmaria no Riacho da Fortuna onde fundou o sitio Monte Alegre. Um dos filhos de Agostinho, mudou o nome para José Ferreira Lima, com o intuito de obter mais uma sesmaria na região. Até hoje a família é conhecida como os Ferreira Lima de Monte Alegre. Por parte de meu pai, também sou descendente dos Alencar do Crato. Minha avo paterna era Ana Pereira de Moraes, irmã de Carlos de Alencar e outros. Por parte da minha Mãe, sou Neto de Manoel Dantas do Baixio. Meu nome é uma homenagem a um irmão do meu avô.

Eis a trajetória de minha vida.

No início de 1945 passei 2 meses aprendendo a ler numa escola de um vizinho. Em 1946, passei mais 2 meses completando que se chamava o primeiro ano de leitura, e em 1948, passei três meses com um amigo de meus pais cursando o primeiro ano primário em Juazeiro do Norte. Em 1949, por intolerância religiosa, minha mãe havia se convertido ao protestantismo, tivemos que sair do Baixio. Fomos morar numa localidade chamada Santa Luzia, perto da Mata do Nascimento, atual cidade de Dom Pedro, no estado do Maranhão.

Tal qual no Ceará, não havia escola naquele lugarejo, mas ainda tive a oportunidade de passar uns três meses numa escola de uma amiga de meus pais numa localidade vizinha. Em 1954, fui morar e aprender alfaiataria com um amigo numa vila mais distante chamada, Centro do Paciência, atual cidade de Governador Archer, onde meus pais moram atualmente.

Em 1956, por indicação de minha mãe, comecei a estudar no Instituto Batista do Cariri enquanto trabalhava numa alfaiataria em Juazeiro. Quando fiquei ali, tive muitas oportunidades de matar as saudades de Várzea Alegre e do Baixio, visitando e passando férias com meu avo, Manoel Dantas e outros parentes. 

Em 1958 fui expulso do Colégio Batista. Não tinha vocação religiosa! Mudei para Fortaleza onde passei um ano e meio trabalhando numa alfaiataria. Fiz um plano de sair de Fortaleza sabendo inglês, e pus-me a estudar sozinho. Todos os dias, durante um ano, aprendia dez palavras novas. Apenas aprendia a ler e escrever, mas foi muto importante porque meu primeiro emprego em São Paulo foi de tradutor de peças mecânicas, numa firma de pesquisa de petróleo filiada a Petrobrás. Ali havia muitos americanos e aproveitei para melhorar a pronuncia do inglês. Por influência deles, abri uma conta bancária nos Estados Unidos para onde enviava minha poupança para protegê-la da inflação e me preparar para uma eventual oportunidade de estudar no exterior.

Em 1963, comecei a namorar uma americana, e por influência do meu futuro sogro, pedi um visto de emigrante no consulado americano. Emigrei para os Estados Unidos no fim daquele ano. Logo em seguida, fui aceito na Universidade de Wisconsin, em Stevens Point, via um exame de admissão, pois não tinha educação formal. Como não tinha recursos para custear os estudos, a universidade me concedeu uma bolsa de estudos do legislativo estadual.

Em 1966, casei com Marilyn, que fora minha namorada em são Paulo e havia retornado aos Estados Unidos antes do meu visto de imigração. Foi ela quem me deu apoio moral e cuida muito bem de mim até hoje. Em 1968, ganhei uma bolsa de estudos para o mestrado na mesma universidade no campus principal, em Madison. Ali encontrei muitos brasileiros dedicados e preocupados com o destino do nosso país. Eles me influenciaram para que voltasse para o Brasil.

Em 1970, fui convidado, por indicação de um professor, para lecionar na Universidade de Brasília. Quando cheguei ao departamento de economia, acanhado e tímido academicamente, fiquei surpreso em saber que era o primeiro com mestrado lecionando naquele departamento. Logo, com 31 anos de idade, assumi interinamente a chefia do departamento onde promovemos uma reforma acadêmica que deu bons resultados até hoje.

Em 1972, voltei para os Estados Unidos com uma bolsa de estudos da Fundação Ford e apoio da Universidade de Brasília para me preparar para o Ph.D. na universidade de Cornell, estado de Nova York. Ali, tive a oportunidade estudar com ilustres brasileiros, com José Serra, Luciano Coutinho, Yoshiaki Nakono, Sérgio Mindlin, Lívio Reis de Carvalho e outros brilhantes colegas. Senti muito orgulho daqueles amigos. Tínhamos uma intensa vida intelectual e de preocupações com o destino da pátria. Estes se dedicaram a vida acadêmica e política. Eu fiquei sempre ligado a vida acadêmica.

No primeiro dia de aula em Cornell, agosto de 1972, nasceu meu filho Lourenço e na semana que conclui os exames para o Ph.D. nasceu minha filha, Tania. Em 1975, passei 3 meses em São Paulo, levantando dados para minha tese de doutorado. No início de 1976, defendi uma tese comparando o desempenho econômico entre firmas brasileiras e estrangeiras operando em São Paulo.

Em 1978, participei de um programa do MEC, lecionando para professores da Universidade do Piauí dentro do programa PICD. Em 1979, fui convidado pra lecionar no Colorado College, uma pequena universidade na cidade de Colorado Spring nos Estados Unidos. Passei um  ano de licença naquela cidade. E em 1981 voltei brevemente pra passar mais uma temporada lecionando ali.

Em 1985, havia acabado de sair da direção do Instituo de Ciências Sociais da UnB quando recebi um honroso convite do Governo do Canada para visitar o país e participar de um seminário dirigido a administradores. Em 1986, voltei para os Estados Unidos e passei 6 meses na Universidade de Harvard com uma bolsa da Fundação Fulbright. Tive a oportunidade de me especializar na área de investimentos e administração de projetos. 

Em 1988, participei durante 45 dias de um programa das Nações Unidas e Banco Mundial, preparando técnicos do Banco Central de Moçambique, na capital Maputo, antiga Lourenço Marques.
Em 1990, voltei para os Estados Unidos acompanhando meu filho que ia estudar engenharia no Instituo Politécnico de Worcester, estado Massachusettes. Nesse  período, 1990-93, lecionei no Framingham State College, perto de Worcester. Neste último ano, minha filha também entra para universidade, na cidade de Oshkosh, Wisconsin.

1993 - 2001, todos os anos, passamos as férias nos Estados Unidos, acompanhando os os filhos, Tania fazendo graduação e Lourenço, a partir de 1994, fazendo o mestrado na universidade da California, em Davis. 

Aposentei-me da universidade de Brasília em 2001 e passei a lecionar, administração pública e planejamento estratégico na Escola Nacional de Administração Publica, ENAP em Brasília.
Em 2005, voltamos definitivamente para Wisconsin e inverti o percurso, agora passamos mais tempo nos Estados Unidos e menos em Brasília, onde ainda me considero residente. 

Atualmente, desenvolvo trabalhos práticos, analisando os mercados financeiros e operando com ações e moedas. Quase todas semanas escrevo uma pequena resenha sobre esses temas e que são publicadas em alguns sites na Internet. A coleção completa pode ser lida neste site, www.investmax.com.br Todos os trabalhos na Internet são do pseudônimo, Professor Metafix.

Nota final.

Por trás dessa saga existe uma mensagem que aproveito para dirigir especialmente aos jovens de Várzea Alegre e aos leitores desse Blog. Apesar de não possuir a escolaridade de praxe, pois juntando todos os dias que passei nas escolas rurais e em Juazeiro, não chega a ser um ciclo completo do primário, nunca deixei de estudar sozinho até chegar a universidade. Sempre trabalhei pra me sustentar, mas as noites eram minhas e as dedicava aos estudos. 

Considero o sucesso como dependente de dois ingredientes; aquele que vem de dentro, a vontade; o outro, o que vem do ambiente. A inspiração vem do fora pois só podemos ver longe quando pisamos ombros de gigantes. Os professores são importantes e indispensáveis. Não realizamos muito sem que aja algum incentivo ou estimulo externo.

Felizmente, para manter a disciplina, trabalhei com um PMA – plano, metas e ação. Para minha surpresa isso foi fundamental na minha formação. Por exemplo, quando decidi aprender inglês, o plano era chegar em São Paulo com um conhecimento literário que me desse apoio para o trabalho e para os estudos. A meta era aprender, pelo menos, dez palavras por dia. A ação era escrever repetidas vezes as palavras nas duas línguas, traçando uma imagem mental do significado. 

Assim, como fiz com o inglês, todas as outras etapas foram planejadas. E como disse Shakespeare – a consciência nos transforma em covardes –  eu tinha medo de falhar.

Observo que as pessoas trabalham com um plano estratégico. Entretanto,  a maioria não executa, e fica apenas nas intenções. Neste caso, é necessário examinar as forças internas e externas, e trabalhar com metas num ambiente apropriado. 

Nosso cérebro funciona melhor dentro de um quadro de referência. Reconhecia minhas fraquezas e minhas forças e tentei eliminar as primeiras e fortificar as outras. Esse é o primeiro quadro. O segundo é ter uma meta e cumprir todos os dias uma parcela dela. O terceiro quadro, é o meio ambiente. Os estímulos e as forças externas vem do ambiente, se ele não for  propício, não atingimos nosso potencial. 

Na falta de escolas, tentei me colocar em ambientes que me dessem força. Coloquei-me sempre ao lado dos interessados no saber. Fugi dos pretendentes que não tinham a inteligência emocional para entender que a ignorância sai bem mais cara do que o saber. Reconheci o ditado que diz  – mostra-me com quem andas que saberei quem tu és.

Fácil? Não! Simples? Sim! O importante é o desafio; subimos montanhas não porque seja fácil, mas porque elas são lindas.  Não se faz aquilo que é bom porque seja útil, mas porque engrandece a alma. – Tudo vale a pena se alma não for pequena. Navegar é preciso – como disse Fernando Pessoa. Acima de tudo, procurava a felicidade e continuo cultivando-a até hoje. Não tenho riquezas porque sempre fiz tudo para dignificar o espirito.  Não mudei e ainda mantenho meu jeito alegre e brincalhão característico dos várzea-alegrenses.

Agradeço a Antonio de Morais, administrador deste Blog(Blog do Sanharol) e ao Dr. Rolim pela atenção dispensada e a todos várzea-alegrenses que se dedicam a construir um lugar descente par se viver. 

Estes são meus heróis. – Merrill, Wisconsin, EUA, 2 de setembro de 2012.
Abraços, 
Antonio Dantas
(am)


sábado, 1 de setembro de 2012

Hino de Várzea Alegre


LUIZA LIXANDRE


Orgulho, vaidade e prepotência juntos. Outro dia me encontrei com uma varzealegrense que reside em Crato e ela me disse sem que eu lhe perguntasse: Não ando mais em Várzea-Alegre, nunca se viu povo tão vaidoso, orgulhoso e tolo.Vendo alguns deles parece mais alguem de  Tóquio ou Paris. Não me foi dada outra alternativa, a não ser ouví-la.  A grande maioria, especialmente os mais idosos se enquadram direitinho na minha avaliação. Disseminam, por onde passam, que são descendentes de papai Raimundo. Meia duzia de famílias se consideram "uma marca", se acham superiores. E daí? Por que essa exclusividade? Francisco Duarte Pinheiro, o pai do Papai Raimundo teve outros dez filhos, porque  imaginar que só papai Raimundo procriou? E os outros? Onde andam seus descendentes? Quem sabe informar? 

Papai Raimundo teve 16 filhos. Porque imaginar que só o Major Ildefonso pai dos Augustos das Lavras e Major Joaquim Alves de quem descende os Correias de Várzea-Alegre, os mandonistas do seculo passado, só eles contribuíram com o nosso povoamento? E os demais? Onde estão os seus descendentes? Que importância tem este fato hoje?

Quem pode informar a origem do conglomerado popular que compõe a população de Várzea-Alegre atualmente?  O Riachinho, a Varjota, os Grossos, as favelas que proliferam pelo Sanharol? Qual a genealogia dessa gente?

O Blog do Sanharol tem procurado mostrar as personalidade prestimosas que contribuíram, do seu modo, com nossa historia desde as mais humildes criaturas aos mais poderosos lideres. Em troca, tem sofrido campanhas no sentido do não acesso com os fins de diminuí-lo. 

Outro dia, fiquei orgulhosa de ver a foto de Luiza Lixandre na pagina do Blog do Sanharol. Sabemos que ela não é descendente de Papai Raimundo, não tem sangue azul, no máximo deva ser descendente de um escravo dele. Mas, Luiza Lixandre, quem a conheceu ou conhece sua historia sabe: foi uma escolhida de Deus para mostrar que o fim de todo orgulho, riqueza e poder é um só:  Em baixo de uma pedra fria com as indefectiveis palavras: Aqui Jaz. 

Ela desabafou. Eu fiquei só ouvindo.

(am)