VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Contos de Várzea Alegre - Memória Varzealegrense

CONTOS DE VARZEA-ALEGRE - POR ANTONIO DANTAS

PEDRO TENENTE.

A história de Várzea Alegre é pontilhada de fatos curiosos. Lembro-me muito bem do Pedro Tenente e do Souza. O primeiro era um historiador que não sabia escrever. O segundo, era uma analfabeto que sabia ler.

Pedro Tenente, tinha esse apelido porque o pai dele fora tenente da polícia militar do Ceará e viajava pelo estado todo. Pedro o acompanhava e procurava saber quem era quem nas localidades onde passavam. Ele não sabia escrever, mas ditava as histórias das famílias do Ceará para o tabelião de Várzea Alegre que escrevia pra ele. O tabelião publicava uns livretos, eram simples e fáceis de ler. Meu pai comprava esses livretos na feira e eu lia em voz alta para o pessoal que trabalhava no engenho do meu avo. Eu adorava ouvi o pessoal dizendo – esse menino é inteligente!

Curiosamente, anos depois, lendo a história da família Feitosa, escrito por Chandler, um historiador americano que escreveu também o livro – Lampião, o Rei do Cangaço – pude conferir como Pedro tinha uma memória invejável. As pesquisas do Chandler batiam com a historia dele.

Dizem que certa vez, o finado José Correia pediu a Pedro pra escrever a historia da família dele, e Pedro respondeu – Coronel, esse negócio de família pode dá na cozinha ou no mato!

Professor  Antonio Dantas.
Fonte: Blog do Antonio Morais
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