NOSSA HISTÓRIA PASSOU POR ESSE LOCAL - Fátima Bitu
Sinto saudades da calçada da Major Joaquim Alves, as crianças brincando tranquilas na rua, a passagem de Dr. Osvaldo (dentista), Dr. Lemos (médico), as enfermeiras Dona Geni, Dona Ceci e Dona Dulce (ah como eu temia a famosa vacina no posto da praça Santo Antônio!!).
O educandário Santa Inês, Dona Eliza Correia, o período da Quaresma, a Via Sacra, a matraca, ninguém ouvia o sino tocar, era Semana Santa.
Meus pais José Bitu e Vicentina recebiam seus afilhados e também levavam a gente para visitar nossos padrinhos. A passagem de Dona Santana do alfinim, o carteiro (hoje não se escreve mais assim), a chegada do ônibus lá em Sr. Zé de Ginu, Sr. José Belo com a revista Cruzeiro, a gente devorava aquela revista, os folhetins com nossas músicas prediletas, nada de televisão, pc, mp3, celular.
O cine Odeon começava a programação ás 16 horas, então ouvia-se música de qualidade, o locutor anunciava o filme da noite. Os flertes na pracinha, os namorados no cinema, a fogueira de São João, os leilões,a chegada do famoso PARQUE LIMA, a novena, a procissão, a salva, as quermesses, o palhaço da perna de pau anunciando o circo que chegara.
Não havia shopping, "drive tru", a gente comprava na bodega e anotava na caderneta e todo mundo pagava. Nada de cartão de crédito, Mac Donald. Havia os cafés, os doces, as tertúlias (nada de mp3) era tudo na radiolinha.
E as serenatas? Até lembro do chiado da agulha no velho long-play de Tim Maia que a gente curtia tanto! A gente tinha bem menos e era bem mais feliz.
Deixo claro aos que não vivenciaram a época que é uma saudade bem minha, ninguém tira e que tenho orgulho da Várzea Alegre moderna. Ninguém me tira essa saudade.
Fátima Bitu