VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 31 de março de 2014

VERSOS SÓ PARA NÓS - Por Mundim do Vale.

VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.

Chegando na terra minha
Vou até o Ibicatu
Para ver Zeli Bitu
E os filhos de Santinha.
De lá volto pra Varzinha
Passando no São Vicente
Para tomar café quente
Com vontade de ficar
VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.

Eu quero ir na Caiana
E de lá ir no Coité
Pra com Renato Bilé
Tomar um litro de cana.
Volto na mesma semana
Muito feliz e contente,
Dou um bom dia ao parente
Que por ventura encontrar.
VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.

Passo um dia no Roçado
Com Geraldo e Cely
De lá vou no Iputi
E volto muita vexado.
Se o dia for feriado
Vou cantar com penitente,
Se o rio tiver enchente
Vou com Moacir pescar.
VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.
  
 Vou na loja Zabumbando
Abraçar Nonato Souza,
Depois faço a mesma coisa
No Sanharol com Fernando.
Volto de lá caminhando
Olhando sempre pra frente
Se me encontrar com Vicente
Trato de cumprimentar.
VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.

Vou ver meu primo Vieira
Na sua nova morada,
Depois sigo na estrada
Vou até a Caatingueira.
Passo na velha porteira
E sigo para o poente,
Visito o povo doente
E rezo pra se curar.
VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.

Se o Doutor Sávio Pinheiro
Quiser entrar nessa luta
Vamos fazer a disputa
Pra ver quem é o primeiro.
Se eu ficar por derradeiro
Eu vou achar deprimente,
Porque sou bom no repente
E só rimo pra ganhar.
VOU   VOLTAR  NO  MEU  LUGAR
PARA  ABRAÇAR  MINHA  GENTE.

Mundim do Vale.

domingo, 30 de março de 2014

Fotografia: - A mais importante


Você sabia que o elemento mais importante em um evento social é a fotografia?

A comida acaba
Os presentes se acabam
Os convidados vão embora
A decoração é desfeita
Lembranças se vão com o tempo

A foto é o que fica, é o que dura. Te faz recordar cada detalhe, cada instante, cada emoção. Eternizandos no papel, os momentos de felicidade e as pessoas queridas.

Por isso é que achamos a fotografia tão apaixonante, pois seu valor é muito além de cifras ou moedas... É sentimento. Mesmo assim é um dos elementos mais ignorados e desvalorizados por muita gente a pesar de custar tão pouco.


QUASE LÁ DE NÓS.

                                                                   Minhas flores.

Foto Memórias! - Memória Varzealegrense

                                                                 
Deixou saudades.

FOTO ANTIGA.


sábado, 29 de março de 2014

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale



PARABÉNS  OTACÍLIO.

Homenagem de Mundim do Vale durante as comemorações da passagem dos oitenta anos de Otacílio Correia ( 1977 )

Dedicado aos meus amigos; Luis Carlos Correia e Ednólia

Meu povo peço licença
Para ler essa mensagem,
Sem contar com a presença
Do autor da homenagem.
Mas neste papel almaço
Ele manda um forte abraço
Ao aniversariante.
E é com muita alegria
Que comemora esse dia
Estando daqui distante.

Precisava um Patativa
Pra rimar essa alusão
Uma grande narrativa
Com versos de precisão.
Criar em rima um concílio
Da vida de Otacílio
Só mesmo um grande poeta.
É tão longa a sua história
Para sair da memória
Sem fazer uma coleta.

Foi no ano dezessete
Que Otacílio nasceu
Alcançou noventa e sete
Com a graça que Deus lhe deu.
A grande prioridade
Foi promover a cidade
Que gerou a sua vida.
A quem fez por merecer
Várzea Alegre com prazer
Oferece essa acolhida.

A cidade homenageia
Oferecendo a festança
A  Otacílio Correia
O homem da confiança.
O abraço mais profundo
Da terra de São Raimundo
Ao seu filho de valor.
São Raimundo lhe deseja
Que por muitos anos esteja
Conduzindo o seu andor.

Otacílio é um composto
Que ficou bem concentrado
É a festa de agosto
E o Riacho do Machado.
É o hino e a bandeira
O banho da Cachoeira
E o padre atrás de auxílio.
A salva e a procissão
O Riacho do Feijão
Fazem parte de Otacílio.

Otacílio é patrimônio
Da festa do padroeiro
Da Praça de Santo Antônio
Da igreja e do cruzeiro.
Da festa de São Vicente
Do terço de penitente
E da banda cabaçal.
Das debulhas de feijão
Das quadrilhas de São João
Do réveillon e o natal.

Conserva no coração
A origem verdadeira
Nascido da união
De Correia e Oliveira.
Várzea Alegre é sua prenda
Seu relógio sua agenda
É o maior tesouro seu.
Quando um filho reconhece
Toda a cidade agradece
Porque dando recebeu.

Toda a cidade se move
Nesta manifestação
Hoje dia vinte e nove
Se faz comemoração.
Otacílio faz oitenta
Sua fé em Deus aumenta
A cada novo quinquênio.
Vai seguindo a sua estrada
Na segura caminhada
Da passagem do milênio.

Aqui mesmo na cidade
Ele foi vereador
Mas sua capacidade
Era de maior valor.
Ele quis representar
Seu povo em outro lugar
E saiu determinado.
Candidatou-se ao pleito
Bem votado foi eleito
Duas vezes deputado.
  
Como todo lutador
Teve também desenganos
Mas com garra e com fervor
Atingiu oitenta anos.
Ninguém há de esquecer
Muito tempo vamos ver
O deputado disposto.
Eliminando a saudade
Aqui na sua cidade
Nas novenas de agosto.

Comprou casa em lugar certo
Com muita luta e peleja
Pra poder ficar mais perto
Do cruzeiro e da igreja.
De casa ouve o dobrado
Muito bem executado
Na salva do meio dia.
Escuta até cochichado
Gente contando pecado.
Ao padre na sacristia.

A sensatez da infância
Que conserva com afinco
Herdou de Dona Constâcia
E do saudoso Sr. Quinco.
A paciência de Jó
Ele herdou do pai Loló
Do sítio Gato do mato.
As atitudes serenas
Ele ganhou nas novenas
De São Raimundo Nonato.

Hoje o seu maior presente
É a família feliz
Dona Rosinha contente
Wiron e os dois luiz.
Ednólia e Joaquim
Seus netos todos à fim
De prolongar sua idade.
O conterrâneo na prece
A Jesus muito agradece
Por ter a sua amizade.

Entre os convidados eus
Maria Lúcia faltou
Pois a convite de Deus
Este mundo já deixou.
Mas lá do céu lhe deseja
Que o bom Deus lhe proteja
Sempre feliz e capaz.
Com muitos anos de vida
Junta a família querida
Com muita saúde e paz.

Os filhos seguem seus passos
No trabalho de transporte
Encontraram seus espaços
Desde o sul até o norte.
É um bem um utensílio
Do empresário Otacílio
Que já cruzou a fronteira.
A sua maior poupança
A Mudanças Confiança
No Ceará pioneira.

Um homem de disciplina
De punho firme e seguro
Na Agência Nordestina
Já enxergava o futuro.
Foi com coragem e ação
Garra e determinação
Que a Confiança subiu.
Com seu trabalho e firmeza
Nivelou a sua empresa
Com as maiores do Brasil.

Na sua grande escalada
Vive sempre nesse clima
É tanta história engraçada
Que não cabe nessa rima.
Fez sucesso com o transporte
Mas teve azar no esporte
Porque não soube escolher.
Tanto time no lugar
Ele foi simpatizar
Com o Ferrim pra torcer.

Quem vive de bem com a vida
Não se assusta com horror
Na subida ou na descida
Leva a vida com humor.
Assim é seu dia-a-dia
Completo de alegria
Com seu humor envolvente.
Pode chegar quem quiser
Onde Otacílio estiver
Tem alegria presente.
  
Certa vez na despedida
De viagem que fazia
Bem na hora da partida
Um amigo seu dizia:
- Se na viagem gripar
E no caminho espirrar
Saúde, viu deputado?
Faça uma boa viagem
Leve consigo a imagem
De Jesus Crucificado.

Numa certa ocasião
Fazendo uma caminhada
De longe avistou no chão
Uma cobra estirada.
Mas foi o seu companheiro
Que pegou um pau ligeiro
E tomou a sua frente.
Disse: - Esbarre deputado
Não seja precipitado
Que eu mato essa serpente!

Na calma que bem comporta
O deputado falou:
- Mas a cobra já está morta
O perigo já passou.
Seu amigo disse: Não,
Eu conheço a tentação
Tudo pode acontecer.
Cobra é bicho traiçoeiro
Se a gente não for ligeiro
Ela pode envivecer.

Esta homenagem é rasteira
Mas de muito conteúdo
Foi feita por brincadeira
Falando um pouco de tudo.
Foram dados recolhidos
Dos seu anos bem vividos
No longo da sua lida.
Neste encontro  de amizades
Desejo felicidades
E Muitos anos de vida.

Mundim do Vale.

quarta-feira, 26 de março de 2014

FOTO HISTÓRICA

Este e meu pai filho de mestre chagas gostaria que ele fosse publicado porque tocou muitos anos na banda de musica eu acho que ele também faz parte da memoria de varzealegrense José de Chagas grata desde já a mulher do lado e minha mãe Adelina Dantas.
Cristine Oliveira.

segunda-feira, 24 de março de 2014

QUERIA VER NOVAMENTE - Por Mundim do Vale

QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.
  
Gostaria de ver os poetas do Memória desenvolverem esse mote

Queria ver Valdeliz,
Joaquim Fiuza e Bebé,
O bom prefeito Bié
E o Sr. Luiz Diniz.
A minha saudade diz
Que não vejo mais meus pais,
Sérgio Piau, João Morais
E Candeiro meu parente.
QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.

Queria ver Vieirinha
Murilo com Zé Teixeira,
Dona Emília e Zé Pereira
E o amigo Taveirinha.
Queria ver Zé Ritinha
Um pedreiro bom demais
Mas nem  bolas de cristais
Eu posso ver minha gente.
QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.

Queria ver Seu Matias
Sendo nosso delegado,
Queria vender meu gado
A José de Zacarias.
Queria ver Vicente Elias
Com a boiada nos currais,
Zé Belo com os jornais
Para entregar ao tenente.
QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.

Queria ver Zé Teté
Conversando com Acelino,
Queria ver Zé Silvino
Com o motor lá no Coité.
Queria ver João Bilé
Dentro dos canaviais
Para não faltar jamais
Rapadura para a gente.
QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.

Queria ver Salviano
Na sua alfaiataria
Trabalhando todo dia
Danado cortando pano.
Queria ver Zé Caetano
Cumprindo seus ideais
Dos feitos municipais
De um edil competente.
QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.

Queria ver o Bidinho
Rimando com Zé pequeno
Um poema bem sereno
Feito por Souza sobrinho.
Eu queria ver Santinho
Com os seus dons naturais
Castigando os imorais
Num  terço de penitente.
QUERIA VER NOVAMENTE
MAS SEI QUE NÃO VEJO MAIS.

Mundim do Vale.

terça-feira, 18 de março de 2014

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

Glosando o mote do poeta Sávio

De um nobre poeta conterrâneo
Recebi um convite sedutor
Aceitei o desafio do doutor
Por ser ele, um poeta que tem crânio.
Ingressei no debate espontâneo
Pois rimar como Sávio eu pretendia,
Mas a voz da poética me dizia:
- Não se meta Mundim, nessa questão!
FAÇO CRER NA REAL REVOLUÇÃO
DO PODER SOBERANO DA POESIA.

Os poetas glosaram na sequência
Numa data a eles dedicada
E eu pensando no fio da meada
Apresento também minha frequência.
Nos meus versos não tem a experiência
Dos colegas poetas de hoje em dia,
Minha rima é somente de alegria
Quando há bom inverno no sertão.
FAÇO CRER NA REAL REVOLUÇÃO
DO PODER SOBERANO DA POESIA.

quinta-feira, 13 de março de 2014

CHUTANDO O BALDE - Por Mundim do Vale.

CHUTANDO  O  BALDE

Essa ocorreu com Gean, filho de Sinhô da Padaria.
 Num final de férias ele ia viajar de volta a Fortaleza e uma das filhas do saudoso Alberto Siebra também ia no mesmo ônibus.  Eles saíram juntos, caminhando em direção à rodoviária.
 Quando passavam pela Praça da Bandeira, Gean viu um balde numa calçada. O instinto de craque não resistiu e ele “prantou-lhe” o chute. Foi caco de balde pra tudo quanto é lado.
 Entretanto, não perceberam que a proprietária estava vendo a presepada. Prosseguiram a caminhada e os que iam viajar embarcaram.
 No dia seguinte Alberto foi chamado à delegacia, pois a dona do balde tinha feito uma queixa. Depois de algumas conversas e da indenização pelo dano, foram todos pra casa.
 Alberto resolveu fazer um susto a Gean e telefonou pra Fortaleza informando que cada um deles tinha sido condenado a 15 dias de reclusão. Quando estava certo de que Gean estava assustado, recebeu a resposta:
 - Pois então tira aí os meus dias e os teus que quando eu voltar a gente acerta.

Fonte: Ricardo Piau