VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Poetas Rimando as Mães - Memória Varzealegrense

POETAS  RIMANDO  AS  MÃES  MUNDIM DO VALE

Ceguinho anônimo:

Já tive muito prazer,
Hoje só tenho agonia!
Não sinto porque sou cego,
Eu sinto é falta de guia !
Quando mamãe era viva,
Eu era um cego que via !

Manoel Chudu:

Minha mãe que me deu papa,
Deu-me chupeta e consolo,
Deu-me leite, deu-me bolo,
Doce bolacha e garapa;
Certo dia, deu-me um tapa,
Mas depois, se arrependeu…
Deu um beijo onde bateu,
Esquecendo a ingratidão:
Quem perdeu mãe, tem razão
De chorar porque perdeu !
Hélder França:
Uma mãe é tão divina,
Que a própria rima ensina
Que só existe uma mãe.
Uma mãe rima não tem,
Pois a mãe só rima bem
Se a rima for mão com mãe.



Zé Catota:

Minha mãe é parecida
Com uma pombinha branca,
Já cansada da viagem,
Em toda sombra descansa;
Depois de oitenta anos,
Mamãe parece criança.

Estão vendo essa velhinha
Toda envolvida num manto,
Com os olhos rasos dágua,
Tomando banho em seu pranto?
Cantava quando eu chorava,
Hoje chora quando eu canto !

Quando, pra mamãe, eu canto,
Sempre, sempre me comovo;
Quando ela ri para mim,
Parece dizer ao povo:
“ Depois dos oitenta anos,
Tornei-me nova de novo !”

Mundim do Vale:

Mãe abençoada flor
Carinhosa e perfumada,
Que nasceu determinada
Para conduzir amor.
Se o filho sente uma dor
Ela fica de vigia,
Rogando a Virgem Maria
Que transfira a dor pra ela.
Ficando de sentinela
Durante a noite e o dia.

Nessa data abençoada
Peço a Deus inspiração,
Para fazer alusão
A pessoa mais amada.
Mãe que está preparada
Pra carregar sua cruz,
Na hora de dar a luz
Suportando tanta dor.
Mãe que recebeu amor
Da santa mãe de Jesus.

Minha mãe fazia a janta
Em seguida uma oração,
Depois repartia o pão
Como se fosse uma santa.
Não sei se ainda canta
Os benditos da igreja,
Só me lembro da peleja
De me fazer decorar.
Mas um dia hei de cantar
Com ela, onde ela esteja.

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