VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

DEDICATÓRIA:

Aos amigos e familiares do Mestre Pedro Souza.
Aos familiares e amigos do Mestre Tim.
A Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro.
A escola de samba Mocidade Independente do Sanharol.
Aos meus conterrâneos da terra do arroz.
A todos aqueles que apreciam poesia matuta e forró do sertão.

Raimundinho Piau.


UM  ENCONTRO  DE  POETAS.

Já vai fazer quinze anos
Que Pedro Souza Partiu
Não estava nos seus planos
Mas foi Deus quem decidiu.
Foi ao encontro dos seus pais
Do amigo João Morais
E do Colega Bié.
Depois pediu a São João
Para ser o anfitrião
Do poeta de Assaré.

Pedro foi o tocador
Mestre Tim o zabumbeiro
Luís Sérgio o cantor
E Morais o triangueiro.
Fizeram por brincadeira
Batizado na fogueira
Como em noite de São João.
Patativa até falou:
- Parece que eu estou
De volta no meu sertão.

Pedro abriu a concertina
São José achou bonito
Chegou Santa Liduina
Pediu pra tocar bendito.
Pedro tocou num segundo
O hino de São Raimundo
Com a maior perfeição.
Depois Pedro perguntou
Como o poeta deixou
O seu querido sertão.

Patativa disse: - mal
Sofre muito o meu sertão
Lá só se fala em Fortal
E na próxima eleição.
Já tão visitando o povo
Falando em projeto novo
Mas só da boca pra fora.
São todos do mesmo jeito
Depois que termina o pleito
Pegam o beco e vão embora.

Só tou fazendo essa crítica
Porque sou do Ceará
Mas conversa de política
Não tem nas bandas de cá.
Porém trago novidade
O assunto na cidade
É a Banda Zabumbando.
Seus filhos Júnior e Nonato
Todo dia tem contrato
E tão danado Gravando.

Pedro Sousa perguntou
Ao poeta em seguida
O que foi que ele achou
Daquela sua acolhida.
Ele disse: - Pedro Sousa!
Vou lhe dizer uma coisa
Gostei da recepção.
Pareceu com o Juazeiro
Quando tem muito romeiro
Do Padim Ciço Romão.

Você me deu a lembrança
Do melhor dea nossa terra
Aquela boa festança
Do forró de pé de serra.
Tudo que você gostava
Eu também apreciava
Por ser da nossa raiz.
Onde tiver sanfoneiro
Triangueiro e zabumbeiro
Eu fico muito feliz.

O sertão tinha nós dois
Como o sapato e o pé
Você na terra do arroz
E eu no meu Assaré.
Trabalhamos no roçado
Com foice, enchada e machado
No ramo da agricultura.
Nas minhas folgas eu rimava
Nas suas você tocava
Incentivando a cultura.

Eu sei que lá nós deixamos
Um pacote de saudade
Mas aqui nós encontramos
A grande felicidade.
Aqui só tem alegria
É como a segunda via
Da vida do cidadão.
Mas se São Pedro dormir
Nós dois podemos fugir
Pra ir bater no sertão.

Mundim do  Vale.
V. Alegre - Ceará


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