VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 15 de novembro de 2014

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

ZÉ DE LULA EM FORTALEZA

 Para; Pirocha, Cai da Rede e Demontiê Batista.

- Bitu mais Demontiê
Levaro eu pra Furtaleza
Quera mode eu conhecê
O qui tinha de beleza.
Vi muita coisa bunita
Mais tombém vi isquisita
Qui num vejo puraqui.
Mostraro computadô
Navi e alevadô
E o tá de iguatemí.

- Foi no tá de chope cente
Adonde eu vi exagêro
Lá se via muita gente
Parecia um fuimiguêro.
Era gente indo e vortando
Eu me alembrei de quando
Era tempo de inleição.
Queu via o povo avexado
Correndo pra todo lado
A precura da seção.

- Levaro eu pum lugá
Quera só água e areia
Dava até pra vadiá
De toca e galinha cheia.
“Eita” Qui açude bom
Maió qui o de Zé Dondom
E num tem parede não.
Mais cum toda aquela água
Eu num vi galinha dágua
Marreca nem méiguião.

- Lá na torre quixadá
Achei aquilo uma arte
Quando a gente chega lá
Roda qui nem galamarte.
Num sei quem tá impurrando
Mais a gente vai rodando
Sem nem sabê cuma é.
Me alembrei da terra minha
Qui dia de festa tinha
Zé Júlio cum carrossé.

- Ninguém lá me cunhecia
Nem me chamava de Zé
Passei mais de cinco dia
E num arrangei muié.
Se uma oiava pra mim
Já ia dizendo assim:
- Me perdoe num tem trocado.
- Eu oiava cum tristeza
Pruquê vi im furtaleza
Um povo maleducado.

- Uma hora eu intertido
Me afastei de Bitu
Notei qui tava pirdido
Lá no bairro Papicu.
Chegou lá uma muié
Me disse: - Calma José
- Qui o seu amigo eu acho.
- Me levou lá pum lugá
Começô a me agarrá
Adispois virou um macho.

Lá na rua Conde Deu
Eu vi Pirocha e Mundim,
Mais fizero pouco deu
E nem olharo pra mim.
Quando eles vié pra cá,
Querendo vazalegrá
Vão recebê o meu troco.
Eu vô pru bá de Chapada
Seles chegá na entrada
Eu vô dá é um cotoco.
Mundim do Vale.

- Pois é purisso qui digo
Vazalegue é meu lugá
Quem quiser sê meu amigo
Nunca mais leve eu pra lá
A Furtaleza é bacana
Mais tem lá gente sacana
Qui num tem no meu torrão.
Eu fiz lá a dispidida
E inquanto eu tivé vida
Num piso aculá mais não

Mundim do Vale
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