VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

CONFRONTO LIMEIRIANO - Por Cláudio Sousa e Mundim do Vale.

CONFRONTO   LIMEIRIANO.
Cláudio Souza X Mundim do Vale.

As resposta do Mundim são fantasiosas, foram inspiradas no poeta Zé Limeira. O poeta do absurdo.

Cláudio:
Mundim, você é danado,
Pois responda essa questão,
Me diga qual cidadão
Descobriu nosso Machado?
Não venha com mastigado
Que você não me convence,
Estude, pesquise e pense
Pra não sair do roteiro.
Quem chegou aqui primeiro
Na terra varzealegrense?

Mundim:
Cláudio, eu não faço guerra
Meu relato é verdadeiro,
Foi Agostinho Pinheiro
Que batizou nossa terra.
Veio da Aba da Serra
Bebendo e comendo broa,
Quando chegou na lagoa
Escutou a passarada
E disse ao seu camarada:
- Eita Várzea alegre boa!

Cláudio:
Mundim você não contou
Sobre a vinda de Cabral,
Se foi no Monte Pascoal
Que ele desembarcou.
Se ele lá demorou
Ou se voltou pra Europa,
Deixando aqui sua tropa
Pregando a religião.
Se deixou o capelão,
Se outra aventura, topa.

Mundim:
Cabral e Ciro Gadelha
Chegaram aqui na lagoa
E alugaram a canoa
De Carrim de Pedro Orelha.
Pegaram uma parelha
Com Toim de Abigail,
Pra descobrir o Brasil
Mandados por Portugal.
Jantaram no Juremal
Em vinte e um de abril.

Cláudio:
Já que você pesquisou
Responda com muita ética,
Quem descobriu a América
Que a história abafou?
Diga o que ele inventou
Pra sua tripulação?
E qual foi a invenção
Para convencer o povo?
Conte a história do ovo
Sem nenhuma alteração.

Mundim:
Foi o Cristóvão Colombo
O grande navegador,
Chegou aqui num trator
Mas logo levou um tombo.
Ficou ele com um calombo
Mas foi para o Mundo Novo,
Pedir paciência ao povo
Na cangalha dum jumento.
Foi o exato momento
Que ele quebrou um ovo.

Cláudio:
Me diga quem batizou
Dona Bárbara de Alencar?
E onde foram encontrar
A roupa que ela usou?
Diga quem fotogafou
Aquele grande momento?
Se tem algum documento
Para comprovar o fato.
Faça um completo relato
Sem debochar do evento.

Mundim:
Hélder França batizou
Dona Bárbara lá no Crato
E Salim tirou retrato
Da roupa que ela usou.
Chica do Rato emprestou
A roupa do ritual
E terça de carnaval
Ela chegou na igreja.
Saiu na revista Veja
Numa páfina especial.

Cláudio:
Me diga quem foi que deu
O grito da independência?
Onde foi a residência
Que o fato aconteceu.
Faça o relato seu
Sem bagunçar a história,
Ative a sua memória
Para o caso relatar.
Pois o fato há de ficar
Como um momento de glória.

Mundim:
Meu mestre, eu estava lá
No dia daquele grito,
O povo ficou aflito
Lá no sítio Arapuá.
Foi na casa de Lilá
Que se deu aquele evento,
Amadeu em seu jumento
Levantou a sua espada
Dizendo: - Ou tudo, ou nada
Eu só quero cem por cento.

Cláudio:
Mundim quem foi que esculpiu
Nosso santo padroeiro?
Não diga que foi Tinteiro
Que eu sei, que você não viu.
Nossa paróquia aplaudiu
Aquele grande escultor,
Que trabalhou com amor
Naquela nobre escultura.
Só faltou nossa cultura
Reconhecer seu valor.

Mundim:
Foi mestre Zé de Toim
O escultor do padroeiro,
Fez um desenho primeiro
Com ajuda de bidim.
Depois convidou Britim
Que veio com Zé de Ana,
Mas passaram uma semana
Para concluir o santo.
E a costura do manto
Foi com Maria Caitana.

Cláudio:
Quem era o encarregado
Do velho motor da luz?
Quem foi que pregou a cruz
Lá do cruzeiro isolado?
Quem foi que trouxe o recado
Que o mundo ia se acabar?
Quem  pegou a divulgar
Que a Besta Fera vinha?
Quem era dona Barbinha
Que andava com Alencar?

Mundim:
Do velho motor da luz
Saldanha era o encarregado,
Mundola pregou a cruz
Lá no cruzeiro isolado.
Balah chegou com o recado
Da Besta Fera chegar,
Barbinha tinha o seu lar
E andava sempre na rua,
Mas a companhia sua
Era somente Alencar.

Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário