VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

VERSOS LIMEIRIANOS - Por Mundim do Vale.



  LIMEIRA  REENCARNADO  NO  CEARÁ.

Tou aqui na Fortaleza
Esse bonito lugar,
Vou subir num viaduto
Que é melhor de reparar,
Vou saber de Iracema
Onde tá Zé de Alencar.

Vou no beco da poeira
Só pra comprar um enfeite,
Amanhã eu vou na praia
Que é lugar de deleite,
Domingo vou um encontro
Com Rogaciano Leite.

Vou no Abrigo Central
No Pedão eu tomo um caldo,
Depois vou um desafio
Com Zé Maria e Geraldo,
Vou no Quixeramobim
Cantar com o cego Aderaldo.

Se Patativa tiver
Aqui no seu Ceará
Eu vou beber com o colega
Suco de maracujá,
Depoi eu digo: - Poeta!
Cante cá, que eu canto lá.

Vou tomar umas zinebras
Só para fazer zoeira,
Mas no domingo que vem
Eu vou cantar lá na feira,
Pois faz tempo que eu espero
Cantar com Ary Teixeira.

Eu vou no Dragão do mar
Um lugar muito sereno,
Onde não tem divisão
Do grande para o pequeno,
Vou levar o meu abraço
Para Juvenal Galeno.

Quero vê Mundim do Vale
Um cabra muito invocado,
Talvez não seja possível
Pois ele é muito zangado,
Mas eu queria abraçar
O poeta do Machado.

Fui  na igreja da Sé
Bem na hora do sermão,
O prefeito da cidade
Quis capar o sacristão,
Porque deu uma cantada
Na mulher dum capitão.

Eu só vim no Ceará
Porque me deu a veneta,
Vi José do Patrocínio
Manobrando a escopeta,
Depois fugiu do Cambeba,
Com Maria Antonieta.

Fui na Volta da Jurema
Encontrei Frei Damião,
Tava apartando uma briga
De Dalila com Sansão,
Quando foi a meia noite
Teve guerra no Japão.

No bairro da Parangaba
Eu encontrei Burra Preta,
Tava atrás de Zé Tatá
Pra tomar a monareta,
O caldo da tanajura
Só presta com malagueta.

Sou Limeira do Teixeira
Que a cobra não lambeu,
Estando no Ceará
Ninguém canta mais que eu,
Tá faltando eu encarar
Capistrano de Abreu.

Lima, Limeira e limão
No Nordeste eu sou primeiro,
Não encontrei um poeta
Pra queimar meu limoeiro,
Eu vou cantar um galope
Com Doutor Sávio Pinheiro.

O  GALOPE:

Se o Sávio Pinheiro é bom no repente
Não é competente pra cantar com Limeira
Subindo na onda e descendo a ladeira
Num barco de remo ou num porco valente.
Uma nuvem só abre se for no nascente
Cachorro pulguento não sai pra caçar,
Pinheiro é um pau mas é fácil lascar
Limeira é poeta pra cantar nesse mundo.
Na cidade alegre que é de São Raimundo
NOS DEZ DE GALOPE NA BEIRA DO MAR.



Lá na terra dos contrastes
Vou completando o roteiro,
Lá tudo sendo do contra
Talvez não tenha dinheiro,
Mas vou cantar na Cultura
Com Expedito Pinheiro.

Se Expedito não topar
Tem que ficar me devendo,
Eu mando Cláudio Chamar
O vate Antônio Rosendo,
Que vai ter um trimilico
Como galinha morrendo.

Vou passar no Iguatu
Pra cantar no Bar do Trilho,
Pelejar com Chico Alves
E seu herdeiro de brilho,
Vou ter o grande prazer
De açoitar pai e filho.

Vou cantar com Dedé França
Lá na cidade do Crato,
Vou dizer na cara dele
Que ele só tem boato,
Sua musa Rosa Guedes
Ninguém vê nem em retrato.



QUADRÃO  COM DEDÉ:

Eu cantando aqui  no Crato,
O rato abraça o gato,
Vem o capote e o pato,
Para escutar meu baião.
Dedé França não demora,
Pega o beco e vai embora,
Sai peidando na espora
NOS OITO PÉS A QUADRÃO.

Quando eu sair lá do Crato
Vou até o Juazeiro,
Lá eu pretendo cantar
Com o vate Sílvio Granjeiro,
Cantar com poeta gago
É mesmo que achar dinheiro.

Vou passar em Pedra Branca
Para alterar minha rota,
Não sei se vou encontrar
Doutor Leonardo Mota,
Pra mostrar o trocadilho
Bota tira, tira e bota.

TROCADILHO:

Se eu fizer uma lapinha
Você vai roubar o santo,
Se eu lhe cobrir com o manto
Você sai da ladainha.
Se eu fizer uma vaquinha
Você não paga a cota,
Bota tira, tira e bota
Sempre saindo do trilho.
Vou levar o trocadilho
PARA LEONARDO MOTA.


ACRÓSTICO: 

M encionei Zé Limeira
Ú nico no seu linguajar,
N unca esqueceu a Teixeira
D e onde aprendeu a rimar,
I mpôs a rima na feira
M andou colega estudar.

Mundim do Vale
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