VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Adélia de Carvalho Pimpim - Por Helanio Bezerra

Adélia de Carvalho Pimpim

Adélia é uma das filhas do verdadeiro Cel. Pimpim, o Senhor Francisco Moreira de Carvalho, farmacêutico, dono de grandes propriedades de terra, que gozava de grande prestígio político e de Amélia Pontes Pereira, neta de Papai Raimundo, filha de Major Joaquim Alves Bezerra. 

Vovó Dedé, assim todos a chamavam, era uma mulher além do seu tempo, tocava violão, bandolins, fazia poesias, uma guerreira verdadeira. 

Casou-se com José Augusto Pinto de Lavras da Mangabeira, filho de Dulcéria Augusto de Oliveira irmã de Dona Federalina. 

O meu avô José Augusto morreu com 28 anos de idade e Dedé teve que criar os três filhos do casal, Dulcéria, Lili e Sérgio Pimpim. Não sei os reais motivos que levaram a minha avó a ficar pobre, isso quando comparamos com os seus irmãos Dirceu Pimpim, Isaura Otoni, Irene Primo. 

Acho que foi por bondade do seu coração, pois ficou com os seus pais até o final das suas vidas. Lembro-me bem, mesmo sem saber as razões, que ela usava um lenço na cabeça e partia para o plantio de arroz, onde ela mesma plantava, limpava e colhia. 

Isso faz parte da vida, irmãos ricos outros pobres, mas o que me chamou a atenção foi a sua coragem de não pedir favores aos irmãos e trabalhar bastante para criar os seus filhos. 

Dedé não foi só a nossa avó, foi mãe também, pois ajudou a minha mãe na criação dos seus 13 filhos. Tenho orgulho de ser seu neto, pois poucos tem uma avó assim, destemida, trabalhadora, amorosa para com todos. 

Dizem que chegou até a alimentar o bando de Lampião lá no sítio Nazaré atendendo a um pedido do Padre Cícero ao Cel. Pimpim.

3 comentários:

  1. Helânio é tambem um excelente escritor. Brevemente revelará seus dons de poeta. Aguardem!!!
    Parabens Helânio!! Muito bem escrito o texto sobre sua avó, sobram sentimentos! Da amiga
    Elvira Gregório.

    ResponderExcluir
  2. Elvira Gregório

    O Memória Varzealegrense tem acompanhado alguns dos textos de Helanio, inclusive já é o terceiro que publicamos aqui.

    Falta ele nos enviar sua biografia, que já foi cobrado, para que possamos postar junto aos demais, na coluna escritores.

    Agradecemos sua visita e comentário.

    ResponderExcluir
  3. Prezado HELÂNIO, eu conheci sua saudosa avó, dona ADÉLIA PIMPIM, ou dona DEDÉ PIMPIM, realmente uma senhora bondosa, simples, querida, religiosa, talentosa e bastante respeitada por todos...Morava naquela casa alta ao lado da prefeitura. Maria Otilia Diniz, sua sobrinha, no seu livro recentemente lançado "CRIANÇAS DA MINHA VIDA E OUTROS ESCOPOS" , enfatiza muito bem as virtudes de sua vó, lembrando todo carinho, afeto,atenção cuidados que ela sempre lhe dispensou; acrescentando,ainda, que para ela sobrinha, dona ADÉLIA não morreu, e sim, se ENCANTOU. Conheci também seus pais, o senhor MANOEL BEZERRA,salvo engano, funcionário dos Correios,e dona LILI CARVALHO. Uma homenagem simples, importante e comovente. PARABÉNS...Aguardamos a revelação dos sues dons poéticos.

    ResponderExcluir