Não sou eu a pessoa ideal para com propriedade e recursos de valores, falar dessa belíssima foto, pois teria que lembrar do ano, dos nomes dos nossos condiscípulos e do principal motivo, que nos levou a essa reunião.
Podemos observar que aí estão todos os alunos de Dona Elisa naquele ano e de ambos os turnos.
Essa foto deve ser do início dos anos sessenta, provavelmente deveríamos estar participando de alguma atividade cívica, como ocorre ainda hoje nos desfiles comemorativos da Independência do Brasil.
Poderia falar do orgulho que sentira ao vestir a farda do educandário Santa Inês e do prazer de ter sido aluno de Dona Elisa Gomes Correia, que foi a minha primeira professora em caráter oficial.
Poderia falar que durante as suas aulas não percebíamos à sua deficiência física, pois tamanho era o respeito que sentíamos por ela e maior o seu rigor como docente.
Por pouco, não sentira o sabor amargo da sua palmatória, quando de uma das minhas brigas com o meu querido primo de saudosa memória João Junior de Carvalho.
Outra lembrança que não me sai, fato interessante, que ocorria logo no início ou durante as aulas, por consequência do barulho infernal que fazíamos com todos falando ao mesmo tempo, então Dona Eliza de repente, inesperadamente, pegava o seu instrumento do silenciar, uma prancha retangular de duratex e batia sobre a mesa com uma força de um gigante avermelhado pela ira, que nos parecia uma mais uma bomba, mais um susto e o silêncio de todos.
Helanio Bezerra de Carvalho
Bela homenagem! A foto e o texto falam de um tempo importante em Varzea Alegre. Não fui aluna de Dona Elisa, cheguei a vê-la muitas vezes na calçada de sua casa aproveitando a sombra de uma árvore...mas conheço diversos alunos que souberam aproveitar muito bem seus ensinamentos na educação com os livros e para a vida.
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