VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

José de Mariana


Mariana Alves Bezerra, era irmã do meu avô Pedro Alves Bezerra e casada com Jose, conhecido por Jose de Mariana.

Um dia, Jose de Mariana teve uma raiva condenada da mulher e se danou no mundo. Durante muitos anos não se teve noticia do Jose. Ele era artesão, fazia tabaqueiro, um artefato de chifre de boi que colocavam algodão e com o atrito de um esmeril numa pedra a faísca acendia o algodão e se podia acender cigarros e outras utilidades. Nestes seus artefatos ele colocava uma marca, um sinal, tornando-o diferenciado dos outros, conhecido.

Um dia, um várzealegrense passava por uma cidade do Maranhão, e viu um garoto vendendo uns tabaqueiros com a marca conhecida. Perguntou para o garoto quem fazia e o garoto indicou o local onde se podia encontrar o artesão.

Dirigindo-se ao local encontrou numa cabana improvisada com umas palhas, debaixo de umas palmeiras de coco babaçu, o Zé de Mariana lixando uns chifres para fazer os seus artesanatos e uma mulata sentada no chão quebrando as amêndoas do coco babaçu, alem de uma panela numa trempe preparando o almoço.

Compadre como é que você abandonou sua propriedade, seus bens, sua família para viver nestas condições? Jose de Mariana respondeu: a única coisa que espero é que você não diga a ninguém que me viu aqui!

Chegando a Várzea-Alegre, não se conteve e contou a família. Dois dos filhos convidaram o padre da época e rumaram para o Maranhão à procura do Pai. Encontraram a mesma cena. O Padre tomou a frente da conversa e tome conselho enquanto Jose continuava lixando os chifres e a mulata quebrava os cocos. Certa altura o padre disse para os irmãos: Não tem jeito não, uma coisa dessas só pode ser mesmo um feitiço! A mulata se aborreceu com a historia, se levantou colocou a mão em cima do possuído e lascou: O feitiço ta aqui!

Os filhos voltaram para Várzea-Alegre e Zé de Mariana tomou rumo ignorado. Não se teve mais noticias.

Em Várzea-Alegre, quando a mulher começa com lera, o marido costuma dizer: Olhe, você deixe de moca se não eu faço como Zé de Mariana.

am

Um comentário:

  1. Com uma ameaça dessas toda mulher se aquietava.

    Jose de Mariana era o avô de Bilé de Manuel de Pedrinho do Sanharol, casado com Dona Filomena de Luiz Fiuza do Serrote.

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