Nas décadas de 50, 60 e 70 o comercio de Várzea-Alegre se abastecia em Crato. Semanalmente os pequenos comerciantes vinham a cidade fazer suas compras. Meio de transporte um misto, metade ônibus - metade caminhão, estradas ruins, carro sem manutenção, via de acesso São Pedro do Cariri, hoje Caririaçu, muitos foram os acidentes com perdas de vidas valiosas. Um destes comerciantes melhorou financeiramente e se estabeleceu em Crato, o que facilitou as comercializações de mercadorias entre as duas cidades.
Nesta época todo dinheiro do mundo valia menos que um fio de cabelo do bigode, não havia boleto bancário, duplicata, protesto, às vezes um recado bastava. Merece destaque uma comercialização entre dois comerciantes que não revelo os nomes nem sob tortura, um de lá e outro de cá.
O de Várzea-Alegre mandou um pedido de trinta caixas de enxadas. O do Crato separou as trinta caixas, abriu todas com bastante cuidado, tirou duas enxadas de cada caixa, fechou novamente com todo cuidado sem que ficasse suspeita. O de Várzea-Alegre, ao receber as caixas, abriu todas, observou que estavam faltando duas enxadas em cada caixa, tirou outras duas, fechou com maior zelo ainda e as devolveu para o do Crato dizendo que estava errado, e assim sendo não podia receber.
AM
Juarez foi o maior comerciante de estivas e cereais do Crato por varias decadas.
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