José Alves de Morais, seu Izé ou Tibola, filho de Raimundo Alves de Morais e Ana Feitosa Bitu, também tinha as suas. Seu Izé eu conheci bem, sua residência era bem próxima da nossa casa do Sanharol. Quando eu tinha lá os meus 08 anos ele me deu um presente de um “quicé” eu fui apanhar arroz com ele e Bibia sua esposa e pela primeira vez me sentir realizado, pois a honra dos do Sanharol naqueles tempos era ser um bom apanhador de arroz.
Muito estimado pelos sobrinhos que o chamavam carinhosamente de “Tibola”. Ele era baixinho e gordinho e deve ter sido o Mundim do Sapo o autor de tão assemelhada característica: Tio+bola = “Tibola”.
Na década de 50 fizeram uma viagem ao Crato, Jose Bitu, Mundim do Sapo e Zé de Ana. Meio de transportes: lombo de animais, finalidade da viagem: Jose Bitu fazer compras, Mundim do Sapo visitar amigos e parentes e Ze de Ana idem. Quando chegaram ao Quebra, na casa de mãe Pastora, se arrancharam, soltaram os animais na roça e jantaram baião de dois com costela de porco torrada enquanto o bucho coube.
No outro dia cedinho pegaram a “chepa” para o Crato. Zé Bitu era apaixonado por artesanatos de couro: arreios, chicotes, arreadores, cabrestos. A primeira loja a adentrarem foi à Casa do Vaqueiro de Chicô Leonel. Zé de Ana era deficiente auditivo, ouvia com dificuldade, apanhou um chocalho que estava em cima do balcão levou a altura do ouvido balançou e disse: o chocalho de Zabelê. Zé Bitu falou: guarda esse chocalho Izé! Ele elevou o chocalho à altura do ouvido e balançou novamente e disse: chocalho de Zabelê!
O dono da Loja observou o movimento e disse: o que é homem de Deus, esse chocalho eu comprei hoje de manhã a um rapaz do Quebra. Zabelê era a burra que Zé de Ana viajava, e, durante a noite um cabra roubou o chocalho, já tinha vendido a Chico Leonel e certamente estava tomando a grana de teimosa com os amigos.
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