Uma família residente no Sanharol resolveu ir embora para o Juazeiro e deixou uma casinha de taipa que, posteriormente, foi ocupada por António Alves e sua família, com o consentimento do proprietário é claro.
Dez anos depois, um filho do dono da casa apareceu em Várzea-Alegre para vendê-la. Mesmo não tendo encontrado comprador o António Alves se viu sob a ameaça de ser despejado. Mundin do Sapo, conhecendo as dificuldades encontradas para a venda, observou para o rapaz que o comprador ideal para imovel era o António Alves.
Como o vendedor não havia encontrado nenhuma proposta de negocio, estava disposto a discutir qualquer oferta. Então, Mundin do Sapo disse: Amigo esta casa dá certo para o António Alves, e se você quizer ele faz uma troca. Ele tem uma jumenta e pode dar negocio! O António Alves já foi adiantando: é, eu só faço a troca na orelha, isso queria dizer, um bem, no outro, sem volta.
Sem outra opção e na ausência de outra oferta, o rapaz deu a entender que aceitava o negocio, afinal melhor a jumenta do que nada. Então o António Alves passou a botar defeitos na jumentinha: Eu não lhe engano, a jumenta é veaca, ladrona, coiceira, morde! Diante de tais informações o rapaz resolveu deixar as coisas como estavam, retornou sem fazer negocio e o Antonio Alves ficou com a casa e com a jumenta.
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Antonio Alves do Sanharol não tinha nenhum bem material, mas seu exemplo provou que o importante para ser feliz é a resignação. Antonio Alves foi um homem feliz.
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