VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

JOSE VICENTE DA LAGOA DO ARROZ.


José Vicente da Lagoa do Arroz era o tipo do cidadão pacato, calma, medroso e mole. Tinha todas as qualidades de uma pessoa de paz. Morava na propriedade de Jose Vitorino Bezerra e Dona Emilia Correia, cuja casa se localizava entre as residencias do Major Cirilo e do Senhor Joaquim Piau. Casado com Madalena, dos Joaquim da Unha de Gato, uma santa em pessoa. Próximo da cidade, hoje em dia, um bairro. Os larápios se tornaram sócios comuns nas galinhas do Jose Vicente. Um belo dia Jose Vicente perdeu a paciência e se preparou para reagir. Carregou a espingarda soca-soca e fez tocaia na porta da cozinha. Noite de escuridão, no primeiro movimento para o lado do poleiro Jose Vicente apertou o dedo. Voltando ao quarto falou para mulher: acertei em cheio, o cabra caiu em cima da bucha. Amanha cedo, antes da historia se espalhar, eu capo a gato para Unha de Gato, me escondo até passar o flagrante. No outro dia nada de vestígio de sangue, nada de defunto. Três dias depois Jose Vicente precisou pilar arroz e foi procurar o jumentinho Cabano para levar a carga. Os urubus estavam fazendo a festa. Mortinho danado com o tiro que Jose Vicente pensava ter acertado o gatuno. A conversa se espalhou e Jose Vicente virava a cão se alguém fizesse sinal de tiro ou coisa parecida próximo da sua casa. Um belo dia, Mascote Teté e outros amigos passavam pela estrada e em frente a casa de Jose Vicente e gritaram " Pol ". Jose Vicente apanhou a espingarda e atirou de verdade. O Mascote gritou de lá: Matou Estevam de Joaquim de Satiro! Jose Vicente respondeu de cá: Mentira: que eu atirei foi pra riba! O Mascote subiu com os amigos para o Serrote e Jose Vicente ficou com suas duvidas e pensamentos: Agora se quando os chumbos desceram acertaram mesmo o filho de seu Joaquim de Satiro. Eu vou é me esconder na Unha de Gato. Partiu. Quando chegou à Cruz de Maria de Bil, pensou melhor: homem seu Joaquim de Satiro é o maior amigo dos Zé Joaquim da Unha de Gato, eles vão é me entregar. Eu vou é voltar e me apresentar a Zé Cardoso no Gravié. Desceu por dentro das mangas para a casa do Jose Cardoso. No outro dia, quando Jose Cardoso voltou da feira Jose Vicente perguntou: Seu José Cardoso é verdade que mataram um dos filhos de seu Joaquim de Sátiro ontem de madrugada? Não senhor, que historia mais besta é essa rapaz.
Jose Vicente retornou para casa depois de todo esse pesadelo mesmo tendo certeza absoluta que tinha atirado pra cima.

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