VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Genealogia da Família - Memória Varzealegrense


Comentário deixado na Coluna Escritores por Antônia Alves

Olá!

Estou pesquisando sobre a história de nossa família.

O sr. Francisco (www.familiascearenses.com.br) já me passou que os patriarcas de nossa família (Bezerra de Várzea Alegre-CE) são Agostinho e Bernardo Duarte Pinheiro.

Agora precisamos encontrar o meio. Gostaria de saber se algum dos escritores aqui teria informações sobre meus avós: Antonio Bezerra Lima (filho de José Alves Bezerra e Toinha Francisco Bezerra; neto paterno de Manezinho e Valdivina - não sei datas.) e Maria Bezerra de Souza (filha de João Pereira de Souza e Isabel Pereira Souza; irmã de José [acima]neta paterna de José.

Atenciosamente,
Antonia Alves

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

As filhas de Santiago! - Memória Varzealegrense

AS FILHAS DE SANTIAGO: INÊS(ZEZÊ), MARGARIDA(NENÉN) E RITA (TIZA)

Conheço muito bem todas elas; posso ate chama-las de Irmas, vivemos nossa infancia la no Batalhão no Sitio Chico.

Na epoca existia um pe de cajarana, que nos chamavamos o "Pe de Cajarana de Santiago", que era o pai delas, e nos levantavamos as 5 horas da manha, com o canto do Galo de Campina para apanhar as Cajaranas.

Que tempo bom? ...Que se foi e nao volta mais.

Geraldo Vieira
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Essas três irmãs jovens e bonitas, conheço-as de longas datas; as filhas de madrinha ANA e de SANTIAGO nossos inesquecíveis amigos e vizinhos... 

Essas prestimosas senhoras, grandes amigas que tem lugar reservado no meu coração... Como o meu mano bem fala quase irmãs...

Vivemos muitos tempos bons, alegres, lá nos BATALHÃO e no sitio CHICO curtindo brincadeiras pelos terreiros, tomando belos banhos nos riachos, nas impueiras, nos açudes; indo a novenas, renovações, leilões, festas lá pelos sítios vizinhos, terço da FORMIGA, festas na cidade etc...

Seus pais e manos maravilhosas pessoas. Tínhamos uma amizade saudável e verdadeira, um convívio abençoado.!!! 

Foram tantas "histórias" vividas nos tempos de menino(a) rapaz/moça ....Hoje nos restam saudades, lembranças , e uma amizade profunda...!!!

Isabel Vieira

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Recordações ... Memória Varzealegrense


De Otoniel Fiúza Junior para o Memória Varzealegrense.
Poesia escrita por seu Quinco do Sítio Chico oferecida a Otoniel Fiuza também do Sítio Chico.


Muito feliz e emocionada fiquei, OTONIEL FIÚZA JUNIOR, ao ler esses simples versinhos do meu pai expressando o forte "amor" que ele sempre teve pelo nosso sítio querido, o CHICO... E também ressaltando a amizade de todos que lá viviam num verdadeiro clima de alegria, de união e paz.

Essa palestra a qual ele se refere acontecia todas as noites na calçada da casa do saudoso CHICO LINO , onde os homens que ali moravam se reuniam para palestrar, conversar, discutir, fazer comentários, trocar idéias, conhecimentos sobre todos os assuntos e fatos que lhes interessavam e que seriam proveitosos para toda a comunidade local.

Era uma espécie de "lazer" diário que eles alimentavam e curtiam. Aquele ponto de encontro ficou conhecido como "ASSEMBLÉIA".

Os meninos/garotos da época, assim como seu pai, meus manos, e outros familiares e amigos também participavam como ouvintes, observadores das importantes colocações/lições ali expostas, divulgadas.

Valeu a sua postagem!!! Agradecemos toda atenção, todo o seu carinho!!!

Isabel Vieira

sábado, 22 de dezembro de 2012

Mensagem do Memória Varzealegrense


M.F

Dr. Raimundo Sátiro, minha quase biografia

Dr. Raimundo Sátiro, minha quase biografia - Artemisia Sátiro

Nasci em mil novecentos e quarenta e cinco, no Sítio Boa Vista, município de Várzea Alegre, onde vivi até os onze meses. Após os onze meses meus pais se mudaram para o Sítio Bravas, município de Carius. Onde vivi até os dezessete anos, retornando ao Sítio Boa Vista para iniciar os estudos, fiquei seis meses fazendo o primário com D. Eliza Correia, que me avaliou e colocou-me no primeiro ano. 

Minha prima Luíza, no primeiro dia de aula mandou que eu passasse na Igreja, passei e dei uma pilora. Candice sempre dizia para eu passar em sua casa para fazer um lanche, mas eu tinha vergonha, não passava. Mudei-me para a cidade, fui morar com o primo Dr. Pedro Sátiro e sua esposa, D. Maria Candice, pessoas que eu muito admiro. 

Vivi de tudo uma pouco na vida, fui agricultor, viajante. Ia a um lugar chamado Cacimbas nos Inhamuns, duas, três, quatro vezes ao ano com o meu pai. Lá havia uma fazenda com o nome de Corisco, da qual hoje sou o proprietário.  

Numa dessas viagens, eu no meio de uma carga. A carga era composta de uma burra, uma cangalha e jogo de mala, rede e alguns panos forrando e eu sentado no meio. Saíamos muito cedo, uma hora da manhã, me dava um sono, cochilava e batia com peito, o externo na madeira da cangalha aí acordava, não podia dormir. 

Meu pai levava uma galinha frita muito gostosa para a gente comer na viagem.  Atravessávamos o maior Rio Seco do Mundo, o Rio Jaguaribe em quatro lugares. Numa dessas viagens, o Rio estava com muita água, geralmente os animais atravessavam nadando e nós éramos levados por funcionários numas canoazinhas, se afundassem eu morria, pois não sabia nadar.  Os Inhamuns eram uma região de Natureza pura, muitos pássaros, tatu, papagaio, ema etc.

Uma vez na Ribeira o Bastião, à noite, o Rio com muita água, disseram que dava para atravessar. Meu pai vinha um pouco atrás conduzindo os outros. Entrei na água e a burra começou a afundar, meu pai gritava, mas não ouvia retorno, pensou que eu havia morrido, mas estou aqui contando esta história. Hoje é diferente, vou de carro, mas me sinto outra vez criança. Não tem mais aquela parte da Natureza, mas estou junto ao IBAMA, já vemos canários, patos, marrecos, jaburus, quem chegar lá já nota a diferença, há uma recriação, revitalização da Natureza.   

Trabalhei como servente na construção do Hospital São Raimundo Nonato. Um dia estava um preparo de uma chuva, havia uma valeta da CEGECE e um caminhão carregado de cimento  para a construção não podia passar e não havia lona para cobri-lo, Dr. Pedro, eu e o chapeado, Costinha fizemos um trabalho pesado, mas salvamos  a carrada de cimento. Continuando os estudos, consegui um emprego de balconista no Armazém Progresso, trabalhei por mais de três anos, fiz muitas amizades. Conclui o Ginásio, com a ajuda de Dr. Pedro e do meu pai fui para Fortaleza fazer o Científico. Estudei no anexo do Liceu, Joaquim Nogueira. No terceiro ano além de fazer o cursinho preparatório para o vestibular, eu portador de um problema genético, pé torto congênito, passei um ano e um mês de mole tas. Tira gesso, bota gesso. 

Em mil novecentos e sessenta e nove fiz o vestibular, logrei êxito, passei de primeira e fui cursar a Faculdade de Medicina na UFC. Fui tocando a Faculdade, simples e dificultosa. Formei-me no ano de mil novecentos e setenta e cinco, Médico Interiorlogista, Largo Espectro. Fiz concurso para radiologia, traumatoortopedia, mas era para a Capital, meu objetivo era o interior, não assumi. Especializei-me em anestesiologia. 

Em mil novecentos e setenta e seis retornei à Várzea Alegre com bagagem de Médico Interiorlogista, havia deixado um rastro. Morei doze anos num quarto do Hospital. Não havia plantão nesse tempo. Hoje, dois mil e doze, ainda sou o médico que mais deu plantão, são trinta e cinco anos de plantão. Trabalho quase todo dia e noite, já fiz mais de onze mil partos. Não sei quantas mil anestesias, quase todas aqui em Várzea Alegre sou eu que faço e quase todos os dias. Faço anestesia, sou traumatologista clínico geral. Junto a um grupo de colegas maravilhosos.

Nas Bravas aos sete, oito anos, meu pai já conduzia seus filhos para o emprego normal que era a roça, plantar, roçar algodão. Em Janeiro, nas primeiras chuvas, quando trovoava, meu dava um grito que tremia no pé das colinas, dos altos. O eco da voz de meu pai, que ainda hoje lembro, nos dava aquela força para o trabalho.

A comida ia para a roça. Ao final do dia ao voltarmos para casa, fosse o que fosse a janta, era muito bem feita pela minha mãe.  Dezesseis anos nas Bravas, havia muita interação familiar.

Tinha um senhor, Francisco Luiz, e eu me dava muito bem com ele. Meu pai liberava os “bilotos” de algodão para a gente catar e vender, com o dinheiro apurado, comprar o que a gente quisesse que geralmente era rapadura. Ao chegar à bodega de Chico Luiz, chegou também a senhora, Madrinha Toínha, que por sinal era a sua mãe e disse, “Chico, esse menino ainda vai ter o que quer.”

Nas festas de casamento e nos leilões, marido da minha prima Naninha, Valdemar Ferreira, tinha suas vendas de bebidas e eu trabalhava com ele. Na garrafa de Cinzano havia um invólucro de chumbo. Peguei esse chumbo, preparei umas moedas. Dei um banho de lama para que elas ficassem com jeito de envelhecidas. Havia muita história de botijas. Cheguei à bodega de Chico Luiza e lá estavam Seu Edmar pinto e Jacinto Florentino. Tinha um doce, cochão de noiva que eu queria comprar, falei pro Chico que havia encontrado aquelas moedas lá pelas bandas de onde havia a botija. Ele se mostrou interessado e mandou que eu escolhesse o que ia comprar. Olhou as moedas, sentiu o peso, cresceu a vista e me vendeu o doce. Depois falei para ele que aquelas moedas eram de chumbo que eu havia fabricado. O Senhor Jacinto Florentino disse, “Chico, esse menino para ladrão só falta raspar a cabeça!”.

Para os jovens daquela época e da roça, a alternativa era ir para São Paulo, trabalhar nas fazendas de café. Quando iam passear, com a pele bonita, falando diferente, era como se fosse outra língua. Eram muito queridos. Vestindo calça marrom, de relógio e uma câmera fotográfica. Comiam um frango caipira na casa de um, uma galinha na casa de outro, mas quando acabavam a reserva vendia a câmera para voltar a São Paulo.

Queria ter dinheiro para comprar doces e comer. Ter um dente de ouro, um Crucifixo, um anel de pedra vermelha, quadrada e inclusive o desejo de casar.

Não tive oportunidade de ir para São Paulo, mas como diz Roberto Carlos: Tudo que é bom é imoral, é ilegal ou engorda. Hoje tenho o dinheiro, mas não posso abusar do doce. Se tivesse colocado o dente de outra, já havia tirado, teria apenas o buraco. Crucifixo, ganhei, mas roubaram. Ganhei o anel de Médico do meu tio Joaquim, mas não uso, porque me contaram que uma outra pessoa que não direi o nome vinha para o café de Lourdes, comia e ficava palitando os dentes só para mostrar o anel, fiquei traumatizado.  A calça marrom...

Resumindo, o que mais vejo hoje é o jovem voltando de São Paulo encostado num Caixa, aposentado, com problemas de coluna, tendo trabalhado em Firmas.

Casar, fui analisar que até os cinquenta anos, com carro e dinheiro é querido. Depois passa a ser um palhaço. Se chegar aos setenta, quem vai cuidar de você, se não tiver filhos, será uma pessoa interessada em seu dinheiro, torcendo que você morra logo.

Sou casado com Roseane Kátia Pereira Teles e temos três filhos: Rômulo, Ramon e Rárisson. Tenho muitas histórias vividas e vivenciadas para contar. Há uma mulher que diz que eu salvei sua vida duas vezes, mas essas eu conto depois.

Conversa com Artemísia, na Calçada da Fama
Rua D. Iracy Bezerra - Vazante (V.Alegre)
Em 27 de janeiro de 2012

Dados Biográficos:

Raimundo Alves de Oliveira era o seu nome. Após formar-se em Medicina mudou o nome para Raimundo Sátiro, acrescentando o Dr. Nasceu no Sítio Boa Vista, município de Várzea Alegre, no dia 30 de janeiro de 1945. Filho do agricultor, Francisco Alves de Oliveira e Edvirgens Alves de Carvalho. Aí vivendo apenas onze meses, pois seus pais mudam-se para o Sítio Bravas, município de Carius, onde reside até seus dezessete anos, quando retorna à boa Vista para morar com o Tio Joaquim de Sátiro, irmão do seu pai, com o objetivo de estudar. É o quinto filho de uma família de onze irmãos. É politizado e gosta muito de um debate com quem aprecia o assunto à tardinha na Calçada da Fama, como é conhecida a Calçada da casa de sua mãe no Bairro Vazante em Várzea Alegre. Quando não está de Plantão, o que é raro ou enquanto espera a hora de descer o morro e ir para o Hospital onde trabalha, senta, sem camisa. Se é tempo de milho verde, lá vem milho assado! Se é tempo de manga, lá vem manga da sua Fazenda Jaburu. Come milho ou come manga. Gosta também de melancia. Quem chegar à Calçada pode saborear tudo isso com ele. É um apreciador das comidas típicas de sua terra: baião de dois, mungunzá, feijão com pão, capote torrado ou uma deliciosa galinha caipira. Tem um jeito autoritário, mas bem lá no fundo do seu coração é bem mais manso do que aparenta. É humilde, não leva a mal as brincadeiras e não guarda rancor. Tem lá os seus defeitos, mas sabe fazer e conservar amizades com importantes personagens. Tem uma “marca registrada” nas horas em opera ou faz anestesias: cantar ou assobiar! Mas diz que o que acalma o paciente é dizer que vai fazer a cirurgia sem anestesia, rapidinho o paciente relaxa e o deixa aplicar o anestésico. Seu senso de humor é bem aguçado e meio poético. Gosta muito de contar histórias por ele vividas, como a da “Criança que deu à Luz uma Criança” logo no início de sua carreira, em Várzea Alegre.

Artemisia Sátiro

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Memória Varzealegrense número 02

Várzea Alegre  Terá sua Emissôra



Emissôra Para Várzea Alegre

Estamos seguramente informados de que o Vice-prefeito Antonio Rolim de Morais, vem envidando esforços no sentido de instalar em Várzea Alegre, uma emissora de Radio com potênvcia média capaz de cobrir boa parte do território cearence. 

Os entedimentois continuam promissores. Se as coisas marcharem como deseja o sr. Antônio Rolim, teremos mesmo e mum futuro breve a nossa emissôra. esta é mais uma das faces do progresso por que atravessa a "Terra do Arroz"  (Uma das notícias em destaque)

M.F.

Memória Varzealegrense número 01

Ano I - Várzea Alegre - Agosto de 1967 


M.F.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Biografia e História de Zé Clementino - Ana Emilia

Luiz Gonzaga e Zé Clementino

BIOGRAFIA DO POETA E COMPOSITOR JOSÉ CLEMENTINO

José Clementino do Nascimento Sobrinho, nasceu no dia 02 de fevereiro no Sítio Juazeirinho – Distrito de Canindezinho – deste município.

Filho de Lourival Clementino do Nascimento e Emília Maria da Silva.
Estudou nas escolas particulares com as professoras: Teresa Siebra, Anália Correia Lima e o professor Valquírio Correia Lima. Também estudou no Grupo Escolar de Várzea Alegre com a professora Dulcéria Carvalho. Concluiu o primeiro grau no curso supletivo Liceu no Ceará. 

Ingressou no Serviço Público Federal como postalista do antigo DCT (Departamento de Correios e Telégrafos) no ano de 1962. No ano seguinte assumiu a chefia da Agência no cargo de APT (Agente Postal Telegráfico) até 1975.

Passou dois anos em disponibilidade. No ano de 1977, ingressou no INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), assumindo na cidade do Crato, onde trabalhou e residiu até o ano de 1988. Sendo depois transferido para o Posto de Saúde Figueiredo Correia, na cidade de Várzea Alegre.

Faleceu , aos 69 anos, Foi casado com a professora Maria Valdeci de Sousa Clementino, e pai, avô e sogro “de coração” de Fábio, Leonardo e Sâmia respectivamente”. Não tinha vaidade alguma por ser compositor. Achava que cada um deve fazer o possível por sua terra. “Se nasci com esse dom, creio ser um dever servir à minha terra, através de minha música”. Residia em Várzea Alegre, até o dia 05 de março de 2005 quando veio a falecer, vítima de enfarte agudo aos 69 anos de idade.

Uma de suas primeiras composições a ser gravada, foi OS CONTRASTES DE VÁRZEA ALEGRE, gravada pelo então Rei do Baião – Luiz Gonzaga. Apesar de ser uma música que descreve a sua terra natal, de ter sido gravada pelo eterno Rei do Baião e se tornado um marco em sua carreira – não é esta a sua preferida – e sim: O HINO MUNICIPAL DE VÁRZEA ALEGRE, que ele destaca como sendo a sua OBRA-PRIMA.

Suas composições foram gravadas por vários compositores, entre eles: Luiz Gonzaga; Sirano; Dominguinhos; Trio Nordestino; Diassis Martins; Messias Holanda, etc. De suas músicas mais conhecidas, estão: O jumento nosso irmão; Estou Roendo; Fazenda Corisco; Chinelo de Rosinha; Chinelo de Rosinha; Lembranças; Amor Frustrado, etc.

Além das músicas que são sucessos, Zé Clementino tem dezenas de outras inéditas, entre elas podemos citar: Simplesmente Zé; Saudade do Rei; Resposta do Piauí; Tempo de Rapaz, Não deu pra segurar, etc.

Entre gravadas e inéditas, existem mais de 200 composições.

MÚSICAS DE JOSÉ CLEMENTINO, GRAVADAS ATÉ MARÇO DE 2005

- 02/02/1936 + 05/03/2005

* SÃO 48 INTERPRETAÇÕES 37 ORIGINAIS
11 REGRAVAÇÕES

• SÃO GRAVAÇÕES E REGRAVAÇÕES DISTRIBUIDAS ENTRE 23 INTÉRPRETES DO CANCIONEIRO POPULAR A NÍVEL NACIONAL E REGIONAL, MAS, PREDOMINANTEMENTE NORDESTINO: 

01 – LUIZ GONZAGA ( 8 )
02 – SIRANO ( 6 )
03 – JOTA FARIAS ( 5 )
04 – DIASSIS MARTINS ( 4 )
05 – BANDA CHICO DE AMADEU ( 3 )
06 – TRIO NORDESTINO ( 2 )
07 – MESSIAS HOLANDA ( 2 )
08 – DOMINGUINHOS ( 2 )
09 – ZÉ NILTON ( 2 )
10 – TONY MARLEY ( 2 )
11 - CÉSAR DO ACORDEON ( 1 )
12 – LUIS CALDAS ( 1 )
13 – BANDA MEXE BRASIL ( 1 )
14 – FORRÓ SABOR BRASIL - Lindoval Nunes ( 1 )
15 – JOÃO CLÁUDIO ( 1 )
16 – RISADINHA ( 1 )
17 – JOTHAPÉ E SEUS TECLADOS ( 1 )
18 – GENIVAL E SEUS TECLADOS ( 1 )
19 – BANDA FORROTALEZA E FRANCILENE ( 1 )
20 – GENIVAL LACERDA ( 1 )
21 – BARATINHA DOS TECLADOS ( 1 )
22 – DEDIM GOUVEIA ( 1 )
23 – BANDA FORRÓ REAL ( 1 )

INTÉRPRETES E GRAVAÇÕES

• LUIZ GONZAGA:

01- Contrastes de Várzea Alegre
02- Xeen
03- Sertão 70
04- O jumento nosso irmão
05- Xote dos cabeludos
06- Apologia ao jumento ( Regravação )
07- Capim novo
08- Sou do banco

• SIRANO:

09- Mané de seu fulo
10- Homenagem a Chico Anízio
11- Luz do meu viver
12- Nasceu pra ser vaqueiro
13- Estou roendo
14- Jeito bom

• DIASSIS MARTINS:

15- Lembranças
16- Lembranças de vaqueiro
17- Patativa do Assaré
18- Lampião, rei do cangaço

• BANDA CHICO DE AMADEU:

19- Zefa Chica
20- Tempero de vaquejada
21- Força do forró

• TRIO NORDESTINO:

22- Chinelo de Rosinha
23- Ai, não deixo não

• TONY MARLEY:

24- Riacho Verde
25- Capim novo ( Regravação )

• DOMINGUINHOS:

26- Fazenda Corisco
27- Sou do Banco ( Regravação )

• ZÉ NILTON:

28- O jumento nosso irmão ( Regravação )
29- Mais uma dose pros cabeludos ( Regravação )

• MESSIAS HOLANDA:

30 - Amor Frustrado
31 - Passo em falso

• CÉSAR DO ACORDEON:

30- Lembranças ( Regravação )

• LUIS CALDAS:

31- Capim Novo ( Regravação )

• BANDA MEXE BRASIL:

32- No estouro da boiada

• FORRÓ SABOR BRASIL – LINDOVAL NUNES:

33- Chinelo de Rosinha ( Regravação )

• JOTA FARIAS:

34- Conselho do meu Padim
35- O Tangedor
36- Caminhei sozinho músicas lançadas depois do 05/03/2005
37- São João pegando fogo
38- Jeito bom ( Regravação )

BARATINHA DOS TECLADOS:

39- Estrada do avião

• RISADINHA:

40- Obrigado São Bernardo

• JOTHAPÉ E SEUS TECLADOS:

41- A menina do Jatobá

• GENIVAL E SEUS TECLADOS:

42- Musa Inspiradora

• BANDA FORROTALEZA E FRANCILENE:

43- Viagra

• GENIVAL LACERDA:

44- Capim Novo ( Regravação )

• JOÃO CLÁUDIO:

45- O Bêbado

• DEDIM GOUVEIA:

48- Chinelo de Rosinha ( Regravação )

HINO MUNICIPAL DE VÁRZEA ALEGRE

COMO É GRANDE A NOSSA VÁRZEA ALEGRE
TÃO CHEIA DE ENCANTOS MIL.
QUE ENCHE DE SURPRESA O VISITANTE
E DE FÉ O NOSSO PEITO VARONIL.
NOSSAS VÁRZEAS, LINDOS MONTES E A LAGOA
NOSSAS ÁGUAS TÃO AZUIS DA COR DE ANIL
DESLIZAM MANSAS NO RIACHO DO MACHADO
FECUNDANDO ESTE RECANTO DO BRASIL.

EXALTEMOS, EXALTEMOS
COM FÉ E AMOR PROFUNDO
O NOSSO TORRÃO AMADO
PATRIMÔNIO DE PAPAI RAIMUNDO. (BIS)

VEMOS TEU PROGRESSO AVANÇANDO
NUM INSULTO AOS CONTRASTES BANAIS
AS LINDAS FLORES VINDAS DO TEU SOLO
PERFUMAM TUAS BELEZAS NATURAIS
O TEU VALE ESPERANÇOSO E TÃO FECUNDO
ONDE BROTAM OS TEUS RICOS ARROZAIS
É O ORGULHO DOS TEUS FILHOS QUE SE AUSENTAM
QUE TE DEIXAM MAIS NÃO TE ESQUECEM JAMAIS.

EXALTEMOS, EXALTEMOS
COM FÉ E AMOR E PROFUNDO
O NOSSO TORRÃO AMADO
PATRIMÔNIO DE PAPAI RAIMUNDO.

Criado pela Lei Nº 5 de 22 de setembro de 1968.
Art.1º. É criado o Hino Oficial de Várzea Alegre para ser executado nas comemorações e festividades cívicas.
Letra de: José Clementino do Nascimento Sobrinho
Música de: Antonio José do Nascimento (Mestre Antonio)

“A idéia de fazer o Hino Municipal de Várzea Alegre foi espontânea e fiz baseado no sentimentalismo, ou seja, no amor que nós varzealegrenses sentimos por nossa terra.
É um patrimônio que deixo e acredito que ficará para sempre imortalizado no coração de todos os filhos de Várzea Alegre”.

____________________________________
( José Clementino, 16 de setembro de 2003 )

CONTRASTES DE VÁRZEA ALEGRE

INTÉRPRETE: LUIZ GONZAGA

MAIS DIGA MOÇO DE ONDE VOCÊ É bis
EU SOU DA TERRA QUE DE MASTRUZ SE FAZ CAFÉ.

MEU AMIGO EU SOU DA TERRA
DE ZÉ FELIPE AFAMADO,
ONDE O BODE ERA MARCHANTE
E JESUS FOI INTIMADO.
SOU DA TERRA DO ARROZ
DO SABIDO ACABRUNHADO,
DO CALANGO CARCEREIRO.
MEU AMIGO EU SOU DA TERRA
QUE O PERU FOI DELEGADO. ( REPETE REFRÃO – UMA VEZ )

MEU AMIGO EU SOU DA TERRA
QUE O SOBRADO É NOS OITÃO
HOUVE TRÊS ANOS DE GUERRA,
NÃO MORREU UM SÓ CRISTÃO,
ONDE O ELEITOR AMIGO
PRA VOTAR NÃO FAZ QUESTÃO,
ELEGERAM PRA PREFEITO
NUMA SÓ SEMANA
QUATRO NOBRES CIDADÃOS. ( REPETE REFRÃO – UMA VEZ )

MEU AMIGO EM MINHA TERRA
JÁ PEGOU FOGO NO GELO
APAGARAM COM CARBORETO
FOI O MAIOR DESMANTELO.
SÃO BRÁZ LÁ É SÃO RAIMUNDO,
SE FESTEJA COM MUITO ZELO.
O PREFEITO COMPLETAVA IDADE
ERA DE QUATRO EM QUATRO ANOS
E NUNCA PENTIOU O CABELO. ( REPETE REFRÃO – UMA VEZ )

MEU AMIGO EU SOU DA TERRA
QUE O PADRE ERA CASADO
ENVIUVOU DUAS VEZES
E DEPOIS FOI ORDENADO.
AINDA ONTEM REZAVA MISSA
E OS FILHOS JÁ ESTÃO CRIADOS.
O JUIZ ERA UMA MULHER.
FINALMENTE EU SOU DA TERRA

Colheita do Arroz - Memória Varzealegrense

Uma fotografia altamente significativa exibindo essas lindas "moquecas" de arroz; semente, que por muito tempo, representou uma farta e rica produção agrícola do nosso município, levando-o a receber o título de "TERRA DO ARROZ".  A foto é do ano de 1964 no Sítio Sanharol. (Isabel)


Colheita De arroz com:  Sousa, Maria, Marinete, Soledade e Tetê. Todos da família Gomes de Alemida.

domingo, 16 de dezembro de 2012

História da ESURD - Memória Varzealegrense



ORIGEM: 

Em 1963,um pequeno grupo de agricultores, já habituados a utilizar seus talentos nas festividades improvisadas em terreiros da pequena comunidade do Roçado de Dentro, resolveram comemorar o bom inverno. Fantasiados de máscaras de papelão, chapéus velhos, caras pintadas de carvão e conduzindo galhos como alegorias, deixaram seu reduto e foram dividir seus talentos musicais com a popuiação urbana do município. Percorreram pela primeira vez as ruas da cidade naquele carnaval de 1963. Em vez da zombaria temida, receberam o apoio da população que se somava ao grupo nas ruas percorridas. 
A empolgação foi tamanha que impulsionou o grupo a desfilar nos anos seguintes, mantendo-se como atração do carnaval varzealegrense há 49 anos, sempre recebendo a aprovação e o apoio financeiro da comunidade varzealegrense.

OUTRAS CONQUISTAS: 

1981 - O Bloco do Roçado de Dentro passa a ser denominado Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro. 
1997 - Registrada como associação, passando a ser considerada uma entidade de fins culturais e pessoa Jurídica Legal.
Considerada de Utilidade Pública, no âmbito Municipal, nos termos da lei nº 303/2000, pela Prefeitura de Várzea Alegre.
Inicia sua sede própria, onde hoje realiza suas festividades e promoções, embora ainda inacabada.
Nos últimos anos, a ESURD tem se propagado através de apresentações ern cidades vizinhas e até na capital cearense, merecendo destaque na imprensa estadual e acançando notoriedade na imprensa nacional por meio da TV Verdes Mares, afiliada da rede Globo.
Foi tema de vários trabalhos monográficos, sendo o úllimo publicado em 2011, no livro-reportagem da jornalista graduada pela Universidade Federal do Ceará, Beatriz Jucá, intitulado "Unidos do Roçado: vidas entrelaçadas em saudade e samba". 
O desfite de 2011, teve a participação de 800 (oitocentos) componentes, com público recorde, estimado entre 5 a 6 mil espectadores.

Cronologia:


A alegria daquele grupo continuou a contagiar as pessoas da cidade por ocasião do carnaval. Sempre no comando víamos o talentoso PEDRO SOUSA, castigando no seu fole de oito baixos em companhia do bravo MESTRE TIM com suas maracas ritmadas. Os sanfoneiros eram JOSIMAR (o maior incentivador), CHICO MENESES e MATIAS SOUSA. Na caixa de couro de cabra ANTÃO dava sempre o seu show e LÁZARO tocava num pandeiro sem couro; ASSIS DE SOUSA arrastava num tarol, juntamente com ANTONITO; TILÔ dançava e tocava triângulo; JOÃO BATISTA e CESÁRIO batiam bem no pandeiro, ZÉ DE SOUSA caprichava no seu banjo, enquanto ZÉ DE VICENTE tirava som no bombo, que de longe se ouvia com a ajuda eficiente do zabumba de ANTÔNIO DE ZÉ DE ANA. BRÁS, ZÉ ANDRÉ, ZÉ MENESES, CHICO e ANTÔNIO DE JOÃO MARTINScantavam afinados e animavam o tempo todo. MUNDA MARIANO, vestido de mulher, seios provocantes e com uma sombrinha, era o passista-símbolo do grupo, enquanto MANOEL DO SAPO, DITO MARIANO e ANTÔNIO DE ZEZINHO eram os mais engraçados e divertidos, fazendo passos e piruetas. Não podemos esquecer nessa lista a figura do nosso RAIMUNDO SANTIAGO, um animado folião que além de ajudar a fundar a Escola sempre foi um grande incentivador da mesma. Juntando talento e animação, o sucesso só poderia ser total, sendo que a partir do ano de 1965 o bloco já saiu mais confiante e organizado, com instrumentos musicais melhores, uniformizados e bem orientados por DIASSIS AQUINO. Nos anos de seca o bloco fracassava um pouco, contudo nunca representou um motivo para que o mesmo deixasse de sair nas ruas animando o carnaval de Várzea Alegre.

Cronologia
1963 - Surge o denominado “BLOCO DO ROÇADO DE DENTRO”.
1964/1965 - Por iniciativa de DIASSIS AQUINO o bloco desfila organizado, uniformizado, com novos instrumentos e adota as cores amarela e preta.
1979/1980 - Por sugestão do folião e colaborador LUÍS BITU (Luiz de Cotinha) o bloco mudou o ritmo saindo como “charanga” com 15 componentes na bateria.
1981 - Passa a denominar-se “Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro”.
1984 - Formada a 1ª diretoria: Presidente: Vicente de Paulo Alves de Menezes; Vice: Luís Bastos Bitu; Secretário: Francisco das Chagas Sousa; Tesoureiro: Cesário Alves de Menezes; Diretor de Bateria: Francisco Alves de Menezes (Tim).
1985/1986 - A ESURD é mantida pelo Sr. Francisco Alves de Menezes (Chico de Zé Raimundo), um varzealegrense com raízes na comunidade, apaixonado pelo samba, fã do batuque, um grande incentivador da preservação de nossas tradições.
1987/1988 - Assume a presidência Francisco das Chagas Sousa (Chico Progresso).
1989 - A Escola é presidida pelo Sr. Vicente Fiúza de Menezes.
1990/1991 - A presidência é ocupada pelo Sr. Pedro Máximo Neto.
1992/1993 - A Escola volta a ter como presidente o Sr. Francisco das Chagas Sousa
1994/1995 - O grande músico e fundador Pedro Sousa preside a Escola.
1996/1997 - Os destinos da Escola ficam a cargo do inesquecível Mestre Tim,nosso maestro maior.
1997 - A Escola é registrada como Associação passando a ser considerada como Entidade de Fins Culturais e Pessoa Jurídica Legal, inscrita no CNPJ.
1998/1999 - O Sr. Raimundo Nonato (Pacato) dirige a Escola.
2000 - Em 01/12 a Escola é considerada de Utilidade Pública no Âmbito Municipal, nos termos da Lei nº 303/2000 da Prefeitura Local.
2000/2001 - A presidência é ocupada por Beatriz Sousa.
2001 - É iniciada a construção da sede própria, um sonho de muitos anos.
2002 - A Escola alcança o 39º ano com razoável estrutura e organização.Desfila com cerca de 60 componentes na bateria e com as seguintes alas : Baianas, ESURD do amanhã, Velha Guarda, 02 casais de Porta-Bandeira e Mestre-Sala, Estandarte.
2003/2004 - Presidente : Raimundo Nonato Pereira dos Santos “Pacato”. Através do Projeto São José a comunidade é beneficiada com abastecimento d’água.
2005/2006 - Presidente : Leolina Bezerra de Sousa. Finalmente concluída a sede da Escola com a inauguração do Pavilhão Mestre Tim. A bateria participa de Curso de Percussão no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar e marca presença no 5º Congresso Internacional de Bandas Cabaçais no Teatro José de Alencar, ambos em Fortaleza-CE.
2007/2008 - Presidente : Lázaro Bezerra de Sousa. A sede da ESURD é equipada com móveis e acessórios. Participação no “Encontro Cultural Circo Itinerante” da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará – SECULT nas cidades de Várzea Alegre e Iguatu-CE. Participação da bateria da Escola em Encontro Cultural na cidade de Icó-CE com a presença do então ministro da cultura do Governo Lula, o cantor e compositor Gilberto Gil. Contemplada com o projeto “Carnaval do Ceará”, promovido pela SECULT, a Escola foi destaque em reportagens exibidas nos telejornais BrasilTV e Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, sendo beneficiada pela secretaria com a doação de 38 (trinta e oito) instrumentos de percussão e várias flautas.
2009 - Presidente : Raimundo Nonato Pereira dos Santos “Pacato”. A ESURD novamente foi manchete no jornal BrasilTV com destaque para o tema escolhido para o enredo do carnaval deste ano com o título “Festa das Cores Exaltando a ESURD”. Participação no “Fórum de Cultura Regional” na cidade de Iguatu-CE. A Escola marca presença também no “Festival de Danças Regionais” no “Festejo Várzea Alegre Junina”, apresentando um grupo dançando baião.
2010 - Chegaremos aos 47 anos de existência e com certeza estaremos mais uma vez na avenida apresentando um desfile brilhante e harmonioso, animando os foliões da cidade e mantendo viva a nossa cultura e tradição.

História da MIS - Memória Varzealegrense

HISTÓRICO

ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE INDEPENDENTE DO SANHAROL

Em fevereiro de 1976, nasceu no sitio Sanharol a 2 km da cidade de Várzea Alegre no Estado do Ceará, pelo jovem pertencente à família Bitu, que tinha como nome: Antão Leandro Bitu, este jovem era filho de uma das mais ilustres, e uma das maiores fortunas na época para a nossa comunidade e a um trabalho dessa natureza sé dá o nome de Árvore Genealógica que com a riqueza da sua folhagem e com abundância de seus belos frutos nasceu o jovem Antão Leandro Bitu, residente nesta comunidade, iniciava e tinha um sonho de formar uma Escola de Samba.

No ano de 1976, denominava o bloco que tinha como nome: “A Velha de Baixo da Cama”, Isto é Zé de Lula, muito amigo de Antão e morador de seu pai de Minininho Bitu fez o papel da velha, onde arrastou centenas de foliões.

Hoje devemos essa tradicionalidade toda ao jovem estudante acadêmico na época, cheio de espírito e fé, que Deus levou para perto de si no ano de 1976, nos deixando muito triste. Na época tocava o tarol, onde é até hoje conduzido com a mesma intimidade por seu sobrinho Artur.

Os tarois silenciaram por cinco anos, mas a historia continua.

Pois como dizia Padre Vieira: todo Varzealegrense é típico carnavalesco é folião por natureza, porque é brincalhão, divertido e piadista.

O tradicional Mané Cachacinha costumava dizer: Várzea Alegre é natureza, carnaval é natureza. E foi assim naturalmente que surgiu o nome dado pelo jovem Chico Bile, na época achando o grupo de samba muito independente e foi assim q si originou-se ate hoje a tão conhecida e amada por todos a Escola Mocidade Independente Sanharol.

E foi assim no ano de 1981, no Sitio Sanharol em uma roda de Samba no terreiro da residência do Senhor Luis André, hoje contado e relembrado por Francisca Lisboa de Morais a quem tanto agradecemos, e que até hoje colabora muito com o sucesso da nossa escola.

Nos conta ela que foi através do jovem Luis Bitu, primo e amigo de Antão, com alguns instrumentos e os meninos: Quinco, Paulinho, Rogério, Pedrinho, e Bilé e que ficaram batucando quando solicitados.

Mas a Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol oficialmente surgiu no ano de 1987, com a chegada de Pedrinho de Chico André de São Paulo, trazendo mais instrumentos resolveram então desfilar mais uma vez, desta vez com 28 membros, no samba enredo uma homenagem a Antão na autoria do jovem professor e residente na mesma comunidade de Dacksom Aquino.

REFRÃO:

Com o senso de liberdade
Contagiando a cidade
Trazendo mil felicidades
Do Sanharol desceu a mocidade.

Seu Estandarte: trazia as cores originais da Escola e a Sigla MIS (Mocidade Independente do Sanharol)

Características: Com o objetivo único de trazer alegrias aos foliões Varzealegrense na segunda-feira de carnaval

Sua bateria: Contava com 52 membros sob o comando do maestro Joaquim André (Quinco)

Fantasia: Verde e Branco

VERDE: Esperança- Homenagem ecológica, carnavais maiores- perpetuação do verde

BRANCO: Cada vez mais a PAZ

Nesta época tinha como liderança Francisca Lisboa de Morais e Alacoque Bitu, irmã de Antão Leandro Bitu (em memória)

Com o objetivo de prestigiar pessoas que muito lutaram para construir a Escola de Samba, o Verde e Branco que nos encanta. Sua primeira formação cumpriu seu objetivo divulgando a riqueza Cultural e a qualidade musical dos grandes carnavalescos e assim para preservar a memória do filho dessa comunidade Antão Leandro.

E foi assim a cada ano a Escola de Samba crescia, e na segunda-feira de carnaval a comunidade se prepara para os desfiles nas ruas de Várzea Alegre contagiando e emocionando multidões sendo eles carnavalescos ou não.

Por alguns anos a escola de samba deixou de sair, por vários motivos, onde até hoje não gostamos de relembrar-mos essa época difícil, onde alguns calaram, outros não desistiram trazendo assim através de patrocinadores na segunda-feira de carnaval a bateria da escola de samba, levando alegrias para os foliões Varzealegrenses, mas tendo sempre a frente, Oriel Bitu, Luiz Bitu, Dackson Aquino, José Wilton, Francisca Lisboa e Dr. Aluizio este que muito contribui para a existência e o sucesso da nossa Escola

Mas todo mundo te conhece Mocidade pelos sons de seus tambores e as cores da tua escola, e foi no ano de 2003 trazendo como enredo: A mocidade Debuta na Arte, Cultura, e Fé do seu povo.

Comemorando 15 anos a Mocidade Independente do Sanharol, reconhecendo o grande valor que tem seu povo espalhará alegria na segunda-feira de carnaval ressaltando a Amizade, a Esperança, Educação, Futebol, Harmonia, Arte, Cultura, a fé e a Paz tão presente na comunidade do Sanharol.

ALAS

Porta Estandarte (O Samharol e a Amizade)
Ala: Amigos da mocidade – Comissão de Abertura (15 comp)

DESTAQUES

O Sanharol faz historia
Ala: Debutantes da Mocidade – Comissão de frente (30 comp)
1ª Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

O Sanharol é, mas Esperança
Ala: O futuro da Mocidade (40 comp)
2ª Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

O Sanharol e a Cultura
Alas: Educação e Harmonia - O Coração da Mocidade (20comp)
3ª Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

O Sanharol é a Tradição
Ala: Baianas (17comp)

O Sanharol é a Arte
Madrinha da Bateria
Ala: Bateria Arte e Vida Mocidade (70 comp)

O Sanharol e o Futebol
Destaques
Exemplo para a Mocidade – Atletas Veteranos (15 comp)

O Sanharol e a Fé
Destaques
Ala: Fé no que Virá – Velha Guarda da Mocidade (20comp)

O Sanharol e a Alegria
Ala: Mais Humanidade (200comp)

O Sanharol e a Paz
Ala: Diretoria da Mocidade – Faça Paz Viva Feliz (15comp)
Ala: Colaboradores da Mocidade (50comp)

Tudo isso aconteceu através da ajuda da comunidade, Voluntários e Patrocinadores que acompanham ate hoje a Família da Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol tendo a frente o amigo e professor Dackson Aquino e seus Colaboradores.

De 2004 a 2008 a Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol deu uma parada, saindo só à bateria e seus Foliões apaixonados, e como sempre a ajuda da comunidade e os nossos grandes patrocinadores tendo a frente Oriel Bitu.

Acontecendo o carnaval 2008 um grupo de pessoas da nossa comunidade se reunia para dar inicio a uma coletiva com o intuito de arrecadar finanças para o carnaval do ano seguinte – 2009

Feito isso a comissão marcou a sua 1ª reunião que se realizou no dia 09 de fevereiro de 2008, nesta reunião ficou formado o compromisso de cada um com o trabalho da escola.

Na nossa comunidade hoje conhecidas pelos Bairros Sanharol, pertencentes à cidade de Várzea Alegre no Estado do Ceará reuniram de livre e espontânea vontade, Voluntários, moradores, profissionais liberais e demais pessoas da nossa sociedade Civil com o propósito de constituir nos temas da legislação vigente uma diretoria da Escola Mocidade Independente do Sanharol sem fins lucrativos destinados a unir e promover a melhoria das condições de vida dos moradores deste bairro

Qualificação da Diretoria

Presidente: Francisco Wilton Oliveira
Vice-Presidente: Ciceri Fernandes Bezerra
1ª Secretario (a): Ivanilde de Silva Pereira Oliveira
2ª Secretaria (a): Maria Lidia Oliveira Rodrigues
1ª Tesoureiro (a): José Dias Cardoso
2ª Tesoureiro (a): Josefa Gislânia

Conselho Fiscal – Efetivo

1ª Conselho: Francisco Assis Cardoso
Diretoria de Alas e Alegorias: Aparecida Felix
Coreografo e Carnavalesco: Jorge Queiroz

E através dessa diretoria, comunidade e voluntários, os nossos trabalhos começaram feitas crianças.
Trabalhos para o carnaval 2009

1ª Os caretas na semana santa

Uma brincadeira de criança, mas com muita organização e respeito para com aqueles que nos acolhia financeiramente – A brincadeira nos rendeu R$403,00

2ª Bingo

Foi realizado no dia 11/05/2008 tendo como prêmio um capacete doado por Ciene Aquino e a arrecadação foi de R$483,00

3ª Forró

Esse aconteceu na churrascaria do posto padre Cícero no dia 12/12/2008 com a finalidade de arrecadar recursos e promover ainda mais união de um grupo que mais uma vez provou que estamos no caminho certo, Tivemos um lucro de R$490,00

4ª A festa de São Raimundo Nonato

Só nos deu alegria, conseguimos o Box no Barracão Cultural promovendo assim o nome da nossa escola juntos aos visitantes e as vendas dos nossos produtos como: camisas, Bonés, sacolas e chaveiros, nos renderam uma quantidade de R$193,00

E foi assim, através do presidente atual Francisco Wilton Oliveira e demais moradores da vila Bitu, no bairro Sanharol, tendo pela frente a difícil tarefa de reestrutura a Escola de Samba em conturbada fase de fracionamento e conflito, Articulando-se fortemente a diretoria e a comunidade, atraíram antigas lideranças e trouxe de volta os sonhos de volta os sonhos de alguns Foliões com o objetivo de trazer alegria ao povo Varzealegrense e visitantes na segunda-feira de carnaval.

Mais um sonho vai ser concretizado neste ano de 2009 pela Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol.

E foi durante as noites nas sentadas em suas residências que o iensquecível presidente LOBÃO (IN MEMORIAN) compartilhando suas idéias com seu Assis, Cidrim, Samuel, Rafael Bitu e muitos outros moradores da vila Bitu de formarem uma bateria mirim, com o objetivo de fazer com que essas crianças e adolescentes tivessem a oportunidade de conhecerem e aprenderem a cultura e ter como finalidade estimular as crianças e adolescentes a sonharem e a construírem um mundo bem melhor. E Através dessas estratégias ajudarem a manter o interesse pela Escola de Samba, e contribuírem para o futuro dos pequenos componentes para desfilarem nas ruas de Várzea Alegre no sábado de Carnaval.

E através dessa atual diretoria, tivemos a honra de iniciar-mos pela 1ª vez em Várzea Alegre a Escolha da Rainha da Bateria com quatro participantes que foi realizado no dia 15 de novembro de 2008 na churrascaria do Posto Padre Cícero no Bairro Sanharol, com a participação de 9 jurados, onde foi um sucesso.

A cada mês essa diretoria se reúne com os moradores e voluntário na vila no Bairro Sanharol, seja em uma residência ou em uma caçada, com o objetivo de somarem suas idéias, onde tudo esta constado em uma Ata e assinado por todos os presentes.

Hoje, estamos em um galpão provisório na mesma vila Bitu, doado pelo amigo senhor Jaquim Bitu, e é lá onde estamos esse ano de 2011, confeccionando todas as fantasias feitas por costureiras voluntarias da nossa comunidade, a quem agradecemos de coração.

Mas em breve se Deus quiser, vamos construir a nossa sede própria, pois no ano de 2008 ganhamos dois terrenos na vila Bitu no mesmo Bairro.

Foi doado por Luiz Bitu e João Bitu um terreno para q nossa escola medindo 5 metros de frente e 22 metros ditos de fundo, mais ainda Renato Bitu fez também uma doação de outro terreno para a construção da nossa sede, este maior um pouco, medindo 8 metros de frente e 22 metros de fundo.

Arrebenta Mocidade!!!

Este ano de 2009, com o Samba Enredo “Em mãos que exalta a vida e as cores da nossa Escola” com a autoria do nosso vice-presidente Cícero Fernandes pretendemos sair nas avenidas da nossa cidade de Várzea Alegre, onde temos a honra e o privilegio de estarmos esse ano de 2009 com um dos maiores carnavalescos e coreógrafos Jorge Queiroz, trazendo a idéia de fantasias originais de uma escola de samba, principalmente a bateria, sendo esse ano o coração da escola, trazendo as cores Verde, Branco e Vermelho.

ABRE ALAS

· Comissão de frente: Relembrando o bloco que deu origem a nossa escola. Revivendo também velhos personagens da nossa comunidade. O Bloco A Velha de Baixo da Cama, e será representada por um grupo de jovens dançarinos da nossa cidade Várzea Alegres.
· Mestre Sala e Porta Bandeira: Vivendo as cores permanentes da nossa Escola.
· Ala Mirim: O Futuro Presente e Permanente
· Ala de Passo Marcador: E a alegria e harmonia integradas a uma juventude aberta para a nossa comunidade
· Rainha da Bateria: A elegância “O coração da escola”
· A Bateria: Coração pulsando feita cachoeira derramando alegria e emoção para todos os foliões.
· Ala Baiana: A cultura da nossa comunidade revivida com muita simpatia e irreverência. Com as cores Vermelho e Branco revivendo a historia das Sete Gerações De Papai Raimundo.
· Ala Carnavais Antigos: Será representada por um grupo de casais que como nos tem o mesmo propósito e o mesmo objetivo de sermos sempre mais forte, onde tem a frente à Senhora Ciene e seu esposo Dr. Pedro Aquino, Neto, Dackson Aquino e Patrícia Aquino.

E hoje e a eles também que devemos a realização e sucesso de Escola de Samba Mocidade Independente Sanharol. Trazendo como Enredo para esse ano 2009, com a autoria do vice-presidente de escola Cícero Fernandes:

Vai passar na Avenida
Mocidade a mais querida
Do Sanharol com muito
Orgulho eu sou...
Esplendor (BIS)

E a cada ano através da nossa escola de Samba Mocidade Independente Sanharol vem contribuindo para o enriquecimento da nossa comunidade, sendo assim conhecida e respeitada por todos que a conhecem.

E a você que acabou de ler a historia da Nossa Escola de Samba, o nosso muito obrigado pela atenção, e tenho certeza que a partir desse momento você será mais um voluntario a fazer parte dessa família humilde e sonhadora.

Todo esse histórico foi pesquisado e escrito pela professora, amiga, moradora do bairro e integrante da escola de samba

Aparecida Felix da Silva Oliveira
Várzea Alegre – CE

NOVA DIRETORIA DA MIS

A MOCIDADE É DE TODOS!!!

PRESIDENTE- Pedro Moraes de Aquino
VICE PRESIDENTE-Augusto Cesar Siebra Cavalcante
1º SECRETARIO-Camila Bezerra Araripe
2º SECRETARIO-Josefa Gislanea Olivera
1º TESOUREIRA- Maria José da Silva Cavalcante
2º TESOUREIRA- Maria Wandernaide de souza Freire Aquino

CONSELHO FISCAL EFETIVO
1º- Antonio Sebastião
2º-Tomaz Bezerra de Aquino Júnior
3º-Erolina Guedes

CONSELHO FISCAL SUPLENTE
1º-Maria Judite de Moraes
2º-José WIlton de Menezes
3º-EDmar Borges de Sousa

A MOCIDADE É DE TODOS!!!

Louvando Luiz Gonzaga - ABLC


Sávio Pinheiro nas proximidades da casa do velho Januário, em Exu PE, declamando o cordel "Louvando Luiz Gonzaga" escrito pelos acadêmicos da ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro; e ao lado de Luizinho Calixto relembrando dois ícones da cultura nordestina: o genial Zé Clementino, um dos principais compositores do rei Luiz Gonzaga e Pedro Sousa, o inesquecível sanfoneiro de oito baixos, ambos de Várzea Alegre Ceará

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Escola Isolada do Inharé - Escola Antão Leandro Bitú

Na foto estão as professoras Anita e Tonha de Pedro Alexandre

ESCOLA ISOLADA DO INHARÉ - HOJE: ESCOLA DE EEF. ANTÃO LEANDRO BITU - FOTO DE 1975

Por esta escola já passaram muitos alunos da circunzinhança do Sanharol e Inharé. 

Até 1981 eram só duas salas e um salão no meio, que servia de quadra para jogos com bola de meia e serviu muito também de abrigo para retirantes

Professora Maria de Lurdes  e alunos

Fotos enviadas por Geovane Costa.

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale

JUMENTO  SEM  TETO.

Antônio de Gustavo e Zaqueu Guedes, viviam  em questão por causa de um jumento de Zaqueu, que comia solto num corredor e de vez em quando, arrombava um cerca e passava para a roça de Antônio, para comer o legume.
Depois de várias confusões lá no sítio, o Sr. Acelino Leandro que é primo de Antônio e amigo de Zaqueu, mandou chamar os dois lá na Casa das Máquinas para tentar uma conciliação. Era um sábado dia
de feira, quando primeiro chegou Antônio e logo  depois chegou Zaqueu. Acelino mandou que os dois subissem para o seu escritório e perguntou o que estava havendo, Antônio estava bastante nervoso ao contrário de Zaqueu que estava muito tranqüilo. Acelino se portando como mediador, começou a falar:
- Bem pessoal! Eu mandei chamar vocês dois aqui para ver se podemos resolver esse problema sem maiores conseqüências. Vocês são pessoas de bem e não faz sentido uma questão por causa de um jumento.
Antônio mais apressado falou:
- Pois é. Acilino eu num posso deixar qui o jegue desse outro jegue aí, acabe cum meu ligume.
Zaqueu muito mais calmo falou:
- Mais Acilino é pruque eu num tem pasto. O jeito qui tem é o jegue cumer no corredor.
Antônio cada vez mais irritado disse:
- Mais o jegue é seu, leve ele pra cumer no inferno.
- É mió você ajeitar sua cerca, pruque o corredor é do gunverno.
- Apois você vai tirar o jegue nem qui seja dibaixo de  bala.
- Mais ontõe pur amor de Deus, adonde é qui eu vou butar meu jumentim prumode ele cumer?
- Guarde  ele na sua bunda e Deixe ele cumer lá.
Acelino mandou Zaqueu se retirar e ficou acalmando seu primo enquanto Zaqueu descia para o salão.
Quando passava no salão, Vicente Cesário que se balançava numa cadeira falou:
- Zaqueu! Eu escutei a proposta de Antônio de Gustavo, mas não é melhor tu arranjar outro lugar pra botar o teu jumentim não? 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Zé Clementino - Por Isabel Vieira

Deci e Zé Clementino


De origem simples e "NOBRE", (Seu Lourival e dona Emília) nasceu a nossa grande "ESTRELA" , José Clementino do Nascimento Sobrinho. 

Abençoado compositor/artista que cantou e encantou o nosso "torrão amado", o nosso povo, sobretudo, através das talentosas composições: CONTRASTES E HINO DE VÁRZEA ALEGRE , bem como, destacou-se a nível nacional com outras "famosas" canções gravadas em parceria com o eterno "Rei do Baião, LUIZ GONZAGA, cujo centenário comemora-se hoje - (12/12/12).

Quando houve notória colaboração do nosso conterrâneo ao "Rei" ao passava por momentos difíceis, obscuros , decadentes na sua trajetória artística; o que deve ser sempre lembrado, evidenciado. 

ZÉ, SIMPLESMENTE ZÉ... Uma indelével "memória" ...Uma história que nos orgulha e nos engrandece...Com certeza, hoje, o nosso querido ZÉ entoa benditas preces e lindas canções na GLÓRIA DO SENHOR!!! 

Ao contrair núpcias com a digníssima DECI CLEMENTINO, um sagrado exemplo de convivência matrimonial foi vivido pautado na fé, no entendimento, na união, na paz e no verdadeiro AMOR... 

A esse ilustre e saudoso varzealegrense devotamos toda a nossa admiração, todo o nosso reconhecimento , gratidão....Um carinhoso abraço a estimada amiga, DECI CLEMENTINO.

Isabel Vieria

POESIA :
JOAQUIM JOSÉ DE OLIVEIRA - Um grande admirador de ZÉ CLEMENTINO como CIDADÃO e como compositor. Alguns de seus versos extraidos da poesia -HOMENAGEM A ZÉ CLEMENTINO- livro " Poesias Completas" escrito em 1995- sítio CHICO -V.ALEGRE, aos 77 anos...

Amigo, ZÉ CLEMENTINO
Filho de seu LOURIVAL
Te considero legal
Achei belo o seu destino
Nunca foi muito granfino
Fazendo composição
E como bom cidadão
Admirou a cidade
Com sua capacidade
Junto ao Rei do Baião.

Cantou diversos contrastes
Da nossa terra querida
As coisas de nossa vida
Usando de suas artes
Fez diversas gravações
Compondo belas canções
Com sua amizade sem par
Que jamais se apagará
Dentro de nossos corações...

Você que compôs o Hino
Da querida VÁRZEA ALEGRE
Que o povo todo se integre
E admire o seu destino
Homem , mulher e menino
De toda essa região
Com amor e gratidão
Te dando muito conceito
Pelo o que você tem feito
Aqui no nosso torrão..

Cantou o nosso folclore
As coisas do meu sertão
Cantou o nosso torrão
Que o pessoal lhe adore
E todos juntos lhe implore
Para você fazer mais
Aumentando o seu cartaz
Como bom compositor
Aumentando o seu valor
Você merece mais.

O Amigo, ZÉ CLEMENTINO
Filho de dona Emília
Estimo sua família
Do grande ao pequenino
Admiro o seu destino
Foi um dom que DEUS lhe deu
Pois ELE lhe escolheu
Nasceu privilegiado
Receba um muito obrigado
Do poeta que escreveu.

CUECA ESTRIBADA. Por Mundim do vale.


CUECA  ESTRIBADA

Essa munganga de esconder dinheiro em cueca, não foi invenção desse assessor não. Algumas pessoas já usavam essa prática há muito tempo, Ou faziam para esconder dinheiro dos garapeiros, ou para não pagar as contas.

Luís Macedo ( Lila ) Tinha um costume De: Comer, beber, pegar transportes e na hora de pagar dizia que não tinha dinheiro e por isso mesmo ficava.

Certa vez Lila chegou no bar e restaurante de Nêgo de Aninha , sentou-se numa mesa e se danou a pedir cerveja, tira-gostos e ainda ficou oferecendo para quem chegasse por lá. Já estava com
umas  vinte cerveja na mesa e pedindo mais. 

Mandou servir refrigerantes e chocolates para a meninada, e dizia que era tudo por sua conta. Chico Barros, que já tinha comido e bebido por conta dele, saiu na calçada e comentou com Nicolau Barbeiro:

- Niculau. Eu  tem na mente, que Lila tá sendo é Tiradentes cum o pescoço de Nêgo de Aninha. Pruque eu nunca vi  ele pagar uma conta a ninguém.

Ao redor da mesa já tinha mais menino do que fita em chapéu de cigano. Quando foi na hora de pagar a conta, Lila disse que não tinha nem uma banda.

Zé de Totô que estava presente disse a Nêgo:
- Ele tem dinheiro entocado, que hoje mesmo ele vendeu uma vaca a Antônio Pagé. 

Vamos fazer uma busca nos bolsos dele.
Os dois seguraram Lila, que ficou passivo sem esboçar nenhuma reação. Meteram as mãos nos bolsos da calça e da camisa, mas nada encontraram.

Zé  de Totô passou a mão na traseira *curou a bicheira antes de sentir um volume, depois falou:
- Nêgo! A cueca dele tá cheia. Se não for o que eu tou pensando,
ele  tá estribado. Derrubaram Lila no chão, tiraram a roupa e encontraram  o dinheiro da venda da vaca.

Nêgo tirou o dinheiro, cobrou a conta, incluiu uma saideira pra Zé e ainda cobrou uma conta velha, do dia da inauguração da luz de Paulo Afonso.

Mas não houve crise no governo, não caiu ministro e nem presidente de partido.

* Curar a bicheira. Lá pra nós era uma dedada no anel.

Uma relíquia enviada por Aldenisio Correia

Bandeira (Logomarca) da IV festa do arroz de Várzea Alegre, em 1961

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Várzea Alegre Antigamente! - Memória Varzealegrense

Quintal da casa de Edwards Moreno, onde registra uma beleza impressionante.
Vista da cidade onde aparece o Prédio da Cadeia Publica e a Antiga caixa D'agua
Pessoas em acontecimento não identificado
Manifestação pacífica de trabalhadores rurais, realizada nas dependências da Prefeitura de Várzea Alegre, em favor da implementação de medidas emergenciais contra a seca (1979).
Populares presentes à tradicional "Missa dos Trabalhadores" de 1971, celebrada pelo Padre José Mota Mendes e realizada anualmente na Praça da Bandeira, em Várzea Alegre.
Não sei informar a que se dava este dia
Foto tirada onde hoje está a estátua do Padre Vieira, vendo-se o Sanharol lá no fundo junto com a Serra do Gravié e os Baixios com muito arroz plantado. A estrada ainda ñ era asfaltada.

Esta foto mostra o centro antigo de VAlegre(1977) sem as edificações de hoje e a Pça. em um formato maior.

Centro de Várzea Alegre - Praça dos Motoristas

Igreja Matriz de São Raimundo Nonato

Estrada do Sanharol (Hoje Bairro Nobre da cidade)
Esta foto aparece a Rua Duque de Caxias antes do calçadão, aparecem na foto o pé de ficus da casa de Sr Augusto que é quase centenário, e a sessentona castanhola da casa de Joaquim Diniz.
Casa dos pais do Padre Vieira e a Igreja Cristo Rei
Evento na Igreja(Igreja Modificada hoje)
Casa de Chiquinho de Louso
Pracinha dos Cúneis
Foto da fachada da casa de Dona Mosinha que fica na rua Dr Leandro Correia a famosa rua do Juazeiro
Aspecto urbanístico da antiga Rua Major Joaquim Alves (atual Av. Deputado Luiz Otacílio Correia) em meados dos anos 80.
Foto que marca um desfile Cívico nas ruas de Várzea Alegre
Prédio onde funcionou a antiga Cadeia Pública de Várzea Alegre, situado no bairro Alto da Prefeitura (Não existe mais, hoje funciona uma Escola no local)
Antiga fachada do Centro de Abastecimento Josué Alves Diniz (Mercado Público), em meados dos anos 70 (Em funcionamento)
Posto de Saúde na Praça Santo Antônio
Rua Antônio Afonso Diniz, importante via comercial localizada na região central de Várzea Alegre, durante inverno ocorrido em meados dos anos 80
Praça dos Motoristas (Hoje uma nova praça no local)
Usina Diniz (Não existe mais)
Casarão Amarelo (Não existe mais, no local um prédio com apartamentos de moradia)
Casa do Mocotó
Chegada do Projeto Rondom em 1977