Lembrando Chico Inácio
Tradicionalmente, a festa de São Sebastião, da Boa Vista, era uma das maiores e mais esperadas. Religiosidade e social viviam juntas. Chico de Amadeu tocava as três noites finais, sempre que encerravam as novenas.
Os leilões eram o ponto alto, especialmente nos anos de eleições. Qualquer prenda apresentada pelo pregoeiro era arrematada por alto valor para alegria do padre.
O deputado Otacílio Correia arrematava e oferecia. Uma galinha cheia para Luiz de Sátiro, um pote de chourisco para Joaquim Inácio, até que o pregoeiro levantou um mamão gigante, nunca visto igual, 10 quilos. Otacílio arrematou e disse: esse eu vou levar para Rosinha, tenho certeza que ela nunca viu um mamão desse tamanho.
O povo de Várzea-Alegre é o mais bajulador do mundo, quando a roça dar o primeira melancia o dono tira e, ao invés, de fazer uma festa para os filhos bota debaixo do braço e sai mostrando ao povo que vai levando para o padre ou para o doutor.
Assim é que diante da declaração do Deputado, Chico Inácio, o encarregado da festa disse: Grande não é esse. Grande é um que tem no pé que eu vou levar segunda-feira para Dr. Pedro.
Pra que foi falar isso, Barruada, filho de Joaquim Pretinho, deixou o ambiente, foi no mamoeiro, tirou o mamão grande, destruiu os menores e foi pra casa.
Quando Chico Inácio procurou o presente do amigo estava o lugar mais limpo.