VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

052 - Nossas histórias - Memória Varzealegrense

Como saudosista, vez por outra, rebusco o passado, e, o tempo me leva de volta as festas de São Sebastião da Boa Vista, animadas por Chico de Amadeu, os reisados do Serrote com o Sala de Reboco, e, os jogos de futebol do Sanharol e IputY. 

Nestes eventos e noutros quaisquer uma figura estava sempre presente. Nunca se divertindo, sempre trabalhando, um balaio de pão de ló e manzape, um panelão de sopa e canja, um caçuar de frutas e uma chaleira no fogo fazendo café. Falamos da senhora Francisca de João Gomes. Quem do meu tempo não a lembra? 

Morava no inicio da parede da "Lagoa do Serrote". Mulher serena, honesta e lutadora. As vezes, Francisca atendia as amigas na feitura dessas especiarias em suas casas.

Doca Bitu, preocupado com a educação dos filhos, comprou uma casa no centro do Crato, próxima dos melhores colégios e, levou os filhos para estudar.

Um dia, Rita, esposa de Doca Bitu convidou a Francisca para fazer uns pães de ló em sua casa. Francisca atendeu prontamente com lhaneza e consideração. 

Chegou cedo, colocou lenha de angico no forno e preparou o angu de goma, ovos, erva doce e mel de rapadura.

A primeira fornada queimou. A temperatura estava a mil. Francisca muito jeitosa disse: Tem nada não, eu levo pra João Gomes, ele gosta é queimado. Segunda fornada mesma coisa. Queimou novamente, Francisca repetiu: eu levo para João Gomes, ele gosta é queimado.

A essa altura, os pães de ló já estavam mais que de meia. Então, Dona Rita disse: Francisca, vamos com calma, deixe o forno abrandar a temperatura, porque esses pães de ló é para Doca levar para os meninos lancharem no Crato.

O que uma mãe não sofre pelo bem estar dos filhos.

Fonte: 
Antônio Morais (facebook)
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