Olira de Antônio Belo |
Olira de Antônio Belo, vestindo um modelito idealizado por Dona Balbina Diniz.
Em 1932, o nordeste brasileiro se abateu com a maior seca do século passado. O governo criou "campos de concentração" em algumas localidades do estado, entre as quais Crato e Senador Pompeu. Abriu frentes de serviço para construção de açudes e barragens.
O Estreito, hoje Lima Campos. foi a obra que reuniu o maior contingente de retirantes da região sul do estado.
Antônio Belo, deixou a Serra do Kinkunkar, no Quixará, deslocando-se para o Estreito com toda família. Viagem peregrina, a pé.
Terminada a construção da barragem, e aproximando-se um novo inverno, Antônio Belo tratou de retornar ao Kinkunkar.
Quando passava pelo Sanharol, se arranchou na casa de João do Sapo, conhecido das idas e vindas com as boiadas da Pitombeira. Reclamava do tempo, não havia disponibilidade para preparar as terras para um novo plantio.
João do Sapo acabara de se mudar com a família para o chalé, o solar Luiz Menezes. Portanto a casa desocupada estava disponível.
Antônio Belo e família ocuparam a casa cujas cajaraneiras ainda existem como testemunhas, no exato local onde fica, hoje em dia, a residência do Dr. Menezes Filho.
Entre os filhos de Antônio Belo ouvir falar muito do Júlio e Olira, foto acima. Viveram no Sanharol por muitos anos. Fizeram grandes amizades. Retornaram para Farias Brito onde voltaram a viver no seio familiar.
Pela foto concluiu-se fartamente que não era apenas o velho Antônio que era belo. De 1935 a 1942 Olira foi a babá do meu amigo Raimundo Menezes.
Que não deixemos a historia do Sanharol cair no garrafão da vala perversa do esquecimento.
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