ORIGEM:
Em 1963, um pequeno grupo de agricultores, já habituados a utilizar seus talentos nas festividades improvisadas em terreiros da pequena comunidade do Roçado de Dentro, resolveram comemorar o bom inverno.
Fantasiados de máscaras de papelão, chapéus velhos, caras pintadas de carvão e conduzindo galhos como alegorias, deixaram seu reduto e foram dividir seus talentos musicais com a popuiação urbana do município. Percorreram pela primeira vez as ruas da cidade naquele carnaval de 1963.
Em vez da zombaria temida, receberam o apoio da população que se somava ao grupo nas ruas percorridas.
A empolgação foi tamanha que impulsionou o grupo a desfilar nos anos seguintes, mantendo-se como atração do carnaval varzealegrense há 50 anos, sempre recebendo a aprovação e o apoio financeiro da comunidade varzealegrense.
Cronologia:
A alegria daquele grupo continuou a contagiar as pessoas da cidade por ocasião do carnaval. Sempre no comando víamos o talentoso PEDRO SOUSA, castigando no seu fole de oito baixos em companhia do bravo MESTRE TIM com suas maracas ritmadas. Os sanfoneiros eram JOSIMAR (o maior incentivador), CHICO MENEZES e MATIAS SOUSA. Na caixa de couro de cabra ANTÃO dava sempre o seu show e LÁZARO tocava num pandeiro sem couro; ASSIS DE SOUSA arrastava num tarol, juntamente com ANTONITO; TILÔ dançava e tocava triângulo; JOÃO BATISTA e CESÁRIO batiam bem no pandeiro, ZÉ DE SOUSA caprichava no seu banjo, enquanto ZÉ DE VICENTE tirava som no bombo, que de longe se ouvia com a ajuda eficiente do zabumba de ANTÔNIO DE ZÉ DE ANA. BRÁS, ZÉ ANDRÉ, ZÉ MENESES, CHICO e ANTÔNIO DE JOÃO MARTINS cantavam afinados e animavam o tempo todo. MUNDA MARIANO, vestido de mulher, seios provocantes e com uma sombrinha, era o passista-símbolo do grupo, enquanto MANOEL DO SAPO, DITO MARIANO e ANTÔNIO DE ZEZINHO eram os mais engraçados e divertidos, fazendo passos e piruetas. Não podemos esquecer nessa lista a figura do nosso RAIMUNDO SANTIAGO, um animado folião que além de ajudar a fundar a Escola sempre foi um grande incentivador da mesma. Juntando talento e animação, o sucesso só poderia ser total, sendo que a partir do ano de 1965 o bloco já saiu mais confiante e organizado, com instrumentos musicais melhores, uniformizados e bem orientados por DIASSIS AQUINO. Nos anos de seca o bloco fracassava um pouco, contudo nunca representou um motivo para que o mesmo deixasse de sair nas ruas animando o carnaval de Várzea Alegre.
Sou testemunha ocular dessa história, desde o seu início.
ResponderExcluirSou testemunha ocular dessa história, desde o seu início.
ResponderExcluir