VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Causos lá de nós - Memória varzealegrense

PADRINHO  DE  CASAMENTO.

O Sanharol estava em festa com a programação do casamento de Luiz Bitu. O pai do noivo já estava com um garrote abatido e os freezers já estavam cheios de cervejas geladas. A Mocidade Independente do Sanharol esquentavam os tamborins, para fazer a homenagem ao seu ilustre fundador. Já chegavam familiares dos noivos das cidades vizinhas e o Sanharol era só alegria.
José de Pedro André, estava sentado  no alpendre da sua casa olhando a movimentação dos carros saindo e chegando, quando chegou Zé de Lula Goteira, mais cansado do que maluco que conduz porcos. Zé foi logo perguntando:
- Zé Adré. Cadê Ontõe!
- Qual Ontõe?
- Ontõe teu.
- Ontõe tá no Crato.
- E ele num vem não?
- Vem não, porque se ele tivesse no plano de vir já tinha chegado.
- E ele num mandou uma incumenda pra eu não?
- Pra mim não, só se ele mandou pra mãe dele, eu vou perguntar a ela:
- Tônia!
- Oi.
- Antônio mandou uma encomenda pra Zé de Lula?
- Mandou não.
Zé André perguntou:
- Escutou Zé?
- Iscutei. Mais agora danou-se, pruque a incumenda era um breize prumode eu vistir no casamento de Luiz de Cotinha. Qui eu e Demontiê ramo ser os padim do noivo.
- E o que é breize?
- Ai meu São Raimundo. Cuma é difiço cunveçá cum matuto. Breize é um negoço paricido cum palitó, qui os rico veste nos casamento dusoto rico.
- Porque você não pede um emprestado a Mininim Bitu?
- Pera. Zé André! É um breize num é um cubertou não.
- Pois então vai ser preciso arrumarem outro padrinho.
- Dá certo não, qui o juiz já assentou meu nome lá no livro.
- E o que você pretende fazer?
- Eu mandar o juiz maicar ôto dia, inquanto eu arrumo o breize.


A cerimônia do casamento civil foi realizada no dia certo e na hora certa, conforme o cerimonial havia programado. Mas se fosse depender daquele bendito blazer, Luiz Bitu ainda hoje estava solteiro.
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