VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Quando acaba o carnaval - Mundim do Vale


QUANDO  ACABA  O  CARNAVAL 

 Quando acaba a brincadeira
O marido chega em casa
E a esposa lhe arrasa
Perguntando pela feira.
Ele acha que é brincadeira
Mas ela acha normal
E assim aquele casal,
Vai desgastando o prestígio
E gera mais um litígio,
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Por conta da bebedeira
Um folião deprimido,
Escuta no pé do ouvido
A marcha do Zé Pereira.
Quando chega quarta feira
Esse Fulano de Tal,
Já fica passando mal
Lembrando a conta do bar,
Sem saber como pagar
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Chega um cara na esquina
De bermuda e paletó,
Com inhaca de loló,
Enganchado em serpentina.
Pega o rumo da usina
Tombando pra lateral
E pergunta a Juvenal
Onde fica a micareta.
Sai igual a carrapeta
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Um cidadão ressacado
Com a fantasia estendida,
Um mal cheiro de bebida
E perfume impregnado.
Papel de luz atrasado,
A conta da água igual
E até um quilo de sal
Não há ninguém que forneça.
É uma dor de cabeça
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Uma garota avançada
Com quinze anos de idade,
Perde a sua virgindade
Como se não fosse nada.
Diz que está dominada,
Que a parada é legal,
Que hoje em dia é natural
Bucho sem ser esperado
E é esse o resultado
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

É um garoto sumido,
É um namoro acabado,
Um automóvel amassado
E um marido traído.
Um cachaceiro atrevido
Procurando um sonrisal,
Sem ter mais, nem um real
E ainda faz confusão
E termina na prisão
QUANDO ACABA O CARNAVAL.

Quem tava na brincadeira
Achou aquilo um pecado um pecado,
Vê um homem maquiado
Por conta da bebedeira.
Mas quando é na quarta feira
O cabra cai na real
E diz para o pessoal:
- Deus me livre da folia
Até papa renuncia
QUANDO  ACABA  O CARNAVAL.

Mundim do Vale arranjou
Uma morena comprida
Mas não fez a despedida
Na hora que viajou.
A morena se zangou
Foi bater no Juremal
E lá disse ao pessoal:
- Só pode ser um feitiço
Pra Mundim levar sumiço
QUANDO  ACABA  O  CARNAVAL.

Mundim do Vale
V. Alegre – Ce.
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