VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Memórias rimadas - Memória Varzealegrense

RABISCOS DE SAUDADES - João Bitu

Ao fim dos meses de junho e dezembro
Quando se me abriam as portas das férias
Era como se todas as coisas sérias
Como de fevereiro a maio, lembro,
Igualmente de agosto a novembro
Todo e qualquer ônus se acabasse
A canseira Colegial me atirasse
Aos braços agradáveis do repouso
Dum ano letivo árduo e custoso
E que nada mais enfim importasse

Deslumbrante alegria me assiste
Antes mesmo que a paz me integre
Com esmero às delícias de Várzea Alegre
Quando tão só alegria ali existe
E por todas as férias subsiste.
Parecia um paraíso de fato
Paz, sossego e muito aparato
No meio de meus prezados amigos.
Uma só coisinha mexia comigo
A indisfarçável lembrança de Crato!

Como era bom estar em nossa terra
E sentir o seu natural perfume
Reassumir com afeto os seus costumes
Rever suas árvores por entre as serras
Até onde minha vista encerra.
Assim foi em minha adolescência
De que guardo até hoje sua essência
Com ternura, amor e muita emoção
Bem no íntimo de meu coração
Como o ápice de minha existência
Furtivas serestas feitas com amor
Sem o conhecimento de meus velhos
Que não obstante ouvir seus conselhos
Fazia ouvido de mercador
E as realizava sem temor.
Depois dumas doses de Paraty.
Tarde Fria e a Pérola e o Ruby
Naquela época as mais solicitadas
Eram as canções então mais cantadas
Na voz inconfundível de Cauby 
Igualmente também encantadora
De Capiba um autor de primeira
Tocava quase a noite inteira
Nos auto falantes da Amplificadora
Diversão a mais comovedora.
Era duma audiência tamanha
De causar uma sensação estranha.
Enchia a todos de ansiedade
Proporcionando perplexidade
-Com a música Maria Betânia

Quantas saudades agora eu tenho
Daquelas impensadas aventuras
Que pra mim eram meras bravuras
Cujas praticava sem nenhum empenho!
Que hoje, entretanto muito desdenho,
As noitadas as mais inconseqüentes!
Afora isto, falo francamente
Sinto agora uma saudade danada.
-Como queria em minha terra amada
Gozar boas férias novamente!

João Bitu.
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