VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Versos lá de nós - Memória Varzealegrense

GAROTO  PROPAGANDA.

Não ganhei nenhum presente
Na passagem do natal,
Porque Noel não é gente
É um boneco virtual.
Fui dormir na esperança
De ganhar uma lembrança
Mas perdi a minha fé.
Na hora que acordei,
Na  meia só encontrei
O  mal cheiro de chulé.

Fiquei mais contrariado
Porque um vizinho meu
Mostrou um carro importado
Que papai Noel lhe deu.
Será que o bom velhinho,
Enxergou só meu vizinho
Porque anda caducando?
Ou será por preconceito,
Que ele age desse jeito
Só de rico se lembrando?

Já perdi a esperança
Nesse Noel trapaceiro
Que só visita criança
Se o pai tiver dinheiro.
Pois eu lhe digo, Noel:
- Eu tenho um pai lá no céu
Que não gosta, disso não.
Quando seu filho nasceu,
Foi pobre assim como eu
Mas deixou uma lição.

Você com o seu saco cheio
E a bengala na mão
Onde tiver aperreio
Não passa por perto não.
Não conhece favelado,
Filho de desempregado
Subproduto de gente.
Porém  a casa bonita,
No natal você visita
Para deixar o presente.

Será se você existe
Ou não existe sou eu?
Eu tou aqui muito triste
Por conta do jeito seu.
Passou cantando: - Ou, ou, ou....
Mas comigo não deixou
Nem um pequeno peão.
Ficou seco, o saco seu,
Mas você encheu o meu
De revolta e exclusão.

Você só não sabe disto
Porque é um boneco mal
Mas é para Jesus Cristo
Toda festa de natal.
Você só gosta do cobre,
Não anda em casa de pobre
Porque a mídia não manda.
É uma peça do mercado,
Que foi muito bem treinado
Pra garoto propaganda..

Mundim  do   Vale.
Várzea  Alegre-Ce
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