VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 30 de novembro de 2013

Causos lá de Nós - Por Mundim do Vale.

BANCA  SUÍÇA - MUNDIM DO VALE


No ano de 1975, Leandro Correia botou uma banca de revistas de sociedade com o seu irmão Salim, na Praça dos Motoristas em Várzea Alegre-Ceará. A banca era o retrato da desorganização, Salim saía para jogar futebol e Leandro saía para tirar fotos e a banca ficava ao Deus-dará. A meninada furtava as revistas e tinha deles que fazia da banca um W.C.

Certa noite eu estava conversando com Jackson Teixeira, Zé de Bogim e Osmundo Fiuza, num banco que ficava vizinho a banca. Enquanto nós conversávamos os sócios da banca procediam uma conferência no estoque.

Contabilizaram; Quatro revistas Luluzinha, duas Chico Bento, três álbuns, quinze pacotes de figurinhas, seis fotos de São Raimundo, duas revistas Manchete do ano anterior e dois jornais O Povo da semana passada. Terminado o balanço os sócios vieram até o banco e ficaram escutando a nossa conversa mais atenciosos do que surdo-mudo em velório de morto à bala.

Jackson dizia que na Suíça a ordem e a organização era tão grande, que as lojas não tinha portas e nem vendedores. Os clientes mesmo se atendiam e ninguém furtava.
Se fosse hoje o saudoso Jackson não falava com aquela segurança toda, porque com certeza alguns políticos brasileiros, passam férias na Suíça.

Jackson deu continuidade a conversa dando como exemplo uma banca de revistas:

- Para que vocês tenham uma noção, na Suíça a honestidade é tão grande, qua as bancas de revistas também não tem portas e nem vendedores, tem apenas uma pessoa que passa pela manhã para expor o estoque e só volta na manhã seguinte para pegar o apurado e repor o estoque. O freguês chega na banca, pega uma revista, coloca o dinheiro na gaveta, passa o troco e vai embora.

Naquele momento Salim interrompeu falando para o irmão:

- Liandro! Ramo butar uma Suisca dessa na nossa banca.

O irmão respondeu:

- E tu quer mais Suisca do que já tem nela? Os minino roba as rivista e ainda mija e caga dento dela. O povo faz o que quer na banca e só quem num manda nela é eu e tu.

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