VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Causos da província - Memória varzealegrense

Nós pode ser contador - Flor das Bravas

Em Várzea Alegre, nos anos 70, não havia oportunidade para estudar além do curso Normal (Formação de professor ou professora).
Dr. Iran, Diretor do Colégio São Raimundo Nonato, resolve criar o curso de Contabilidade. Convida a mim (que trabalha na Casa de Saúde S. Raimundo Nonato e ele também) e as minhas amigas: Fátima, Graça e Socorro Cosme, para retornarmos ao Colégio e completarmos a turma que ele formaria. Voltamos aos estudos.
Um grupo alegre, extrovertido, muito brincalhão quase entra numa fria por causa da irreverência e das brincadeiras inocentes, essas quatro adolescentes.
Escrevemos certo dia, digo, certa noite, pois o curso era à noite, no quadro negro, que já era verde, mas tudo bem, a frase: “nós pode ser contador, mas nós num sabe de nada!”
Referíamo-nos a nós, porém uma coordenadora do Colégio não entendeu assim. Resolveu julgar a sua maneira que se tratava de uma ofensa ao Professor Aflaudísio. Que saudade!
Professor Aflaudísio era formado em Contabilidade e trabalhava no Escritório de Seu Joaquim Diniz. A carência de profissionais era tanta que, qualquer quem tivesse o segundo grau poderia lecionar. Não julgo o mérito, tampouco a capacidade de nenhum. A turma gostava do Professor Aflaudísio e não tinha motivos para agredi-lo.
A produção textual foi nossa e somente nossa e para nós.
Não sei se minhas amigas pegaram seus canudos.
Eu, não. Não sou contadora. Só se for de lorota!

Sou Professora...

Um comentário:

  1. Ainda hoje lembro da confusão que isso rendeu e dos telefonemas sem nexo! E nóis ainda hoje num sabe de nada mermo!

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