05 - Brito de Luiza Felix.
Minha avó Josefa de Pedro André reunia toda meninada da ribeira para ensinar as rezas. Credo, ato de contrição, salve rainha, pai nosso, os dez mandamentos. No final do curso de catequese estavam todos preparados para fazer a primeira comunhão. Um dia, já com a data da primeira eucaristia marcada, Madrinha Zefa resolveu fazer uma preleção, espécie de avaliação com a turma, a aula da saudade.
Depois de revisar as lições, explicou para os alunos que a comunhão era a passagem do pecado para o estado da graça da salvação. Cumprimentou a todos e disse: vocês estão todos preparados para receber a eucaristia, alcançar a salvação do reino dos céus. E, perguntou: vocês querem ir para o céu? Todos se levantaram e responderam numa só voz queremos, menos Brito de Luiza Felix que ficou parado, não fez nenhum movimento, não se aluiu do lugar. Madrinha Zefa então o inquiriu: Brito, você não quer ir para o céu? Ele respondeu não. Por que Brito? Por que mãe disse que quando a aula sacabasse eu fosse pra casa.
Brito era aquele famoso aluno da Escola do Inharé que soletrava - bo-ne-ca - calunga.
ResponderExcluirOutro dia o encontrei novo danado.
Grande abraço Joaquim Felix.
Sou cunhado do Brito e sempre que nos reunimos em família , vem as estoria de alguns personagens e sempre vem a tona essa passagem da vida do Brito quando adolecente. Ele sempre desconversa. Mas sempre é motivo de riso.
ResponderExcluirGrande abraço.
Francisco José