MEIA QUARTA - Mundim do Vale
Nesse domingo de carnaval, a cadeia pública de Juazeiro do Norte, amanheceu lotada. Um gozador e ao mesmo tempo, comunicador de uma emissora de rádio, foi fazer uma entrevistas com os presos, para saber a situação de cada um.
Assim aconteceu: Ele pediu ao agente prisional para colocar os presos em fila indiana e começou.
Chamou o primeiro da fila e perguntou:
- Teu nome macho véi?
- Ourico Custodo.
- Apelido?
- Chupa Cabra.
- Tu é de onde?
- De Orora.
- Foi preso porque?
- Só pruque eu tava dançando frevo na porta da igreja.
- Vai sair quarta feira.
O segundo:
- Teu nome?
- Ontõe Ogeno.
- Apelido?
- Pica-Fumo.
- Tu é de onde?
- De Barbáia.
- Foi preso porque?
- Pruque uma rapariga açoitou eu.
- E ela foi presa também?
- Não ela tá no hospital, pruque eu dei uma murdida na ureia dela e arranquei um pedaço.
- Olha aí, macho ! O cara pega a mulher e vai comer é a orelha. Não é a orelha que a gente come não, macho.
- Vai ficar pra responder.
O terceiro:
- Teu nome?
- Zé Viniço.
- Tu é de onde?
- Da Rajalegue.
- Mas olha, negrada. O cara deixou o melhor carnaval da região, pra ficar preso junto com um magote de macho.
- Foi preso porque?
- Só pruque eu quebrei uma garrafa.
- Você tá preso só porque quebrou um,a garrafa?
- É pruque foi na cabeça dum pade franciscano.
- Vai ficar pra responder.
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