VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

A  TRAGÉDIA  DE ZÉ  DE  DUDAL.

O sr. Dudal, tabelião de Várzea Alegre – Ceará, não teve filhos. Para que o casal não ficasse só, ele resolveu adotar um filho e uma Filha, Darca que era prendada e muito educada. E José, ao contrário da irmã adotiva, era muito danado, brigava da rua e ainda tinha a agravante de malinar nas coisa alheias.
Uma vez ele juntou-se com Vicente Cassundé e foram furtar cocos na Varjota.
Zé subiu no coqueiro e Vicente ficou embaixo catando os cocos. Lá uma hora Zé foi tirar um coco e deu com um boca-torta no cacho, no aperreio ele desequilibrou-se e caiu. Na queda fraturou as duas pernas e o braço direito.
Vicente Cassundé sem ter muito o que fazer Disse:
- Zé. Fique aí qui eu vou chamar gente pra ajudar. Não saia daí não Viu? Ora como era que saía?
Vicente foi chegando no local onde tinha o antigo cacimbão no meio da rua e encontrou; Fábio Pimpim, Mundim Tibúrcio, Zé Ildefonso e Zé Augusto. Pela expressão de Vicente, aqueles senhores já notaram que havia algum problema. Zé Augusto foi logo perguntando:
- O que foi que aconteceu Vicente? Porque você treme tanto?
- Foi pruque Zé de Seu Dudal distabacou-se de riba dum coqueiro e tá lá istatalado no chão.
- E onde é que ele está?
- Ele tá ali na Vajota. Mais ele num tá pudendo nem se mexer.
- Pois nós vamos lá.
Quando chegaram no local que constataram a gravidade de Zé, foram logo tratando de arranjar tabocas para encanar. Cada taboca que era amarrada Zé dava um grito e dizia:
- Num vão dizer a pai não !
Zé Ildefonso perguntou:
Foi naquele momento que eles lembraram que Dudal precisava ser avisado.
- Quem vai avisar a Dudal?
Vicente Cassundé gritou:
- Eu vou !
Mundim Tibúrcio o mais sensato de todos falou:
- Não Vicente, é melhor que eu vá porque Dudal já tá idoso e pode sentir um choque, deixe que eu preparo ele primeiro e depois dou a notícia.
Quando Mundim chegou na casa de Dudal, ele estava bem acomodado numa espreguiçadeira e foi logo perguntando:
- Que novidade é essa Mundim? Você não tem costume de andar por aqui uma hora dessa.
- Pois é Dudal. Eu estou aqui para lhe dar um notícia, mas não sei por onde começar.
- Pode dizer, Mundim. Se for problema com José, não é mais novidade para mim. Não tem problema maior na minha vida, do que o próprio José.
- Pois é isso mesmo. Houve um acidente com ele.
- E o que foi?
- Ele caiu de cima de um coqueiro.
- E ele morreu?
- Morreu não. Ele quebrou as pernas mas já estão encanando.
- Então Mundim, se José escapou, não foi um acidente, foi uma tragédia.
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