VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mundinho da Varjota - Memória Varzealegrense

Mundinho da Varjota e Cecília Cardoso

Esse personagem folclórico de Várzea Alegre ficou conhecido, e ao mesmo tempo anônimo, pelo seu jeito rude e sua ignorância, foi atribuída muitas delas ao cairiense Seu Lunga. 

Mas isso não tirou e nem tirará o prestígio de Raimundo Cardoso, que todos conheciam por Mundinho da Varjota. Ele casado com Cecília Cardoso, uma mulher que podemos dizer que tenha se santificado, pois agüentar as respostas bruscas que ele dava, tem que ter muita paciência. 

Conta-me um amigo, Raimundo Nonato, uma história que ocorreu no estádio Juremal, “ele sempre nas partidas de futebol ia vender dindim (gelinho, juju em algumas localidades), e Genivan sabia que ele era ignorante, e fez a pergunta obvia a Mundinho, se ali naquele isopor tinha dindim, isso três vezes, na terceira vez ela já irado respondeu, não ta vendo que tem dindim aqui seu filho duma égua, rebolando a caixa no chão aonde voou dindim e moedas pelo chão, os meninos caíram em cima, pegando o dinheiro e os dindins e ele com raiva foi pra casa. Esse era Mundinho, tem histórias engraçadas que dava pra fazer um livro.

Mundinho era um exímio consertador de bolas de futebol, todos que tinham problemas nas bolas, iam pedir para ele consertar, só que tinha que ter cuidado com a maneira de se expressar, pois poderia levar uma resposta indesejada. 

Foi um personagem que Várzea Alegre esqueceu, mas como eu sempre digo a cultura varzealegrense é riquíssima, e fica difícil da gente catalogar, pois pode cometer injustiças e esquecer alguém. 

Pois pode ter gente que não consideramos nada, mas pra muitos ele é uma figura importante, por isso eu aprendi a pesquisa primeiro e ver o histórico dessa pessoa, com isso não cometerei injustiças. 

Deus me deu o dom de escrever, com ele vou descrevendo as pessoas que ficaram no passado, que acho que deram uma parcela de contribuição pra cultura dessa cidade Várzea Alegre.

Pouco sabemos de dados pessoais do Mundinho, sempre víamos esse casal povoando nossa cidade, mas como digo, continuarei minhas pesquisas e descobrirei mais sobre Mundinho da Varjota, uma coisa tenho certeza, não podemos olvidar a sua pessoa, como de muitos personagens que povoaram Várzea Alegre, que aqui citarei: “Bugui, Maria Edite, Degue-Degue, Catingueira, Chico Cego, Chico de Cecília, João Fósforo, Maria Saruê, o músico Zé Pelado. Enfim são muitos os que povoam a cultura varzealegrense  de personagens folclóricos. 

Com esse meu escrito reverencio a memória de Mundinho da Varjota, sei se ele tivesse vivo e perguntasse a ele: “Mundinho o que tu achou desses Escritos?” com certeza ele responderia: “Eu não achei nada, não tava perdido e você foi quem me mostrou.” Uma verdade, pois não tava perdido, tava em meu caderno, esse foi MUNDINHO DA VARJOTA, que por dentro tinha um grande coração, mas não suportava perguntas bestas.

Israel Batista

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