VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

domingo, 18 de novembro de 2012

Eliza Gomes Correia - Memória Varzealegrense

Dona Eliza em 1931

(autobiografia)
Eliza Gomes Correia – Nasci no dia 09 de janeiro de 1912 na cidade de Iguatu.

Primogênita de Ildefonso Correia Lima Primo e de Maria da Glória Gomes Correia, pais humilde, mas confortada, rodeada de carinhos de estimada por todos. Aos cinco anos incompletos, a trágica moléstia poliomielite roubou-me a vivacidade de criança. Consternando meus familiares. Os esforços da ciência médica não conseguiram uma cura radical.

A essas alturas já estudava as primeiras letras em minha própria residência, sendo as aulas ministradas pela minha mãezinha que exercia o magistério. O terrível mal interrompeu minhas atividades por espaço de tempo. Aos sete anos consegui continuar meus estudos e aos doze, conclui o primário.

Ao atingir a idade de treze anos, quando já suportava as agruras da vida e conformada com os desígnios de Deus, a morte inevitável dilacerou meu coração, arrebatando minha querida mãezinha e logo após o meu extremoso pai.

A falta destes ocasiona a triste separação dos meus irmãozinhos pequenos que já viviam com meus cuidados.

A grave situação obrigou-me a distanciar de meu torrão natal, passando a enfrentar a vida de familiares e onde existisse interesse pela minha modesta profissão de ensino rudimentar.

Cheguei a Várzea Alegre no dia 18 de dezembro de 1928, aceitando um convite de um primo carnal de meu pai. Ildefonso Correia Lima, residente no sítio Panelas, onde permaneci vários anos exercendo meus limitados conhecimentos rudimentares.

No dia 05 de novembro de 1937, por iniciativa particular, fundei uma escolinha na sede denominada “Santa Inês”, que permaneceu várias décadas ativa, passiva e bem frequentada.

Com muito amor, dediquei-me ao serviço da família, dos educandos e dos amigos. Foram anos misturados de lágrimas, de alegrias, de sorrisos e de prantos.

Estas ocorrências sucederam com auxilio da divina providência e o estímulo de corações abnegados.

Duas surpresas me sensibilizaram: A conquista de uma cadeira de rodas no ano de 1962, no governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira e o auxílio de uma verba no governo João Goulart.

No momento de minha vida cotidiana, em dados momentos, profiro estas palavras: “Jesus vos adoro, ofereço meu coração e imploro fortalecer minha fé, meu amor ao próximo, conservando minha lucidez e minha visão até os últimos momentos da vida.

Eliza Gomes Correia.
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