O António Máximo e Emília, do sitio Iputy, como todos fazendeiros abastados de antigamente não fugiam a regra: tinham uma vontade e um desejo a realizar: ter um filho padre. Assim é que escolheram o filho caçula Antão Máximo para tal fim. Internaram o jovem rapaz no Seminário do Crato, de modo que o moço retornou ao Iputy, um ano depois, de ferias, de batina, bem ao estilo da época - coroinha na cabeça e tudo mais que de direito fosse.
Um belo dia, se viu Antão na maior carreira perseguindo um rebanho de jumentas numa quebrada da serra do Farinheiro. Enquanto corria, segurava a batina com uma mão e com a outra afastava as galhadas de ramos Unha de Gato e da Jurema do meio da vereda.
A pouca distancia, Chico Máximo, irmão do seminarista, vendo o que poderia se chamar de sacrilégio perguntou: Antão, onde vai ser a missa? No que Antão respondeu: Onde eu consegui pegar! Ainda bem que Antão reconheceu a falta de vocação para o sacerdócio e desistiu de própria vontade. Não tivemos que ouvi a famosa cantilena: fazes o que digo e não o que eu faço.