Eu toda vida gostei muito de músicas, e você sabe naquela época não tinha essa fartura de som para se curtir, e a gente ficava dependendo de alguma novidade que chegava em Várzea Alegre do sul do pais ou de outros centros do Brasil.
A primeira vez que eu vi uma radiola tocando foi uma alegria e tanto. Era uma radiola portátil, ia passando em frente a casa de Pedro Orelha e ouvir o som de uma música linda que ainda hoje eu curto bastante, corri pra lá, você sabe menino não precisava ser chamado, quando eu cheguei fiquei surpreso, um filho de Pedro Orelha, se não me engano Carrim, tinha chegado de São Paulo e a festa era grande, uma radiola a Corda, com uma pequena manivela e pilhas era só o mí.
Todos dançavam muito animados, só me lembro de duas músicas, o cantor era CARLOS AUGUSTO, as músicas, REVENDO AGORA O MEU JARDIM e VITRINE.
Em outra épocas, eu(Dalmir), Luiz de Creusa, Luta de tia Raimunda, e outros amigos, todos os dias a gente ia la para o café de João de Leontina, ali na esquina do mercado, vizinho a Zé Bilé, ele tinha uma radiola bacana, uma coleção de Jackson do Pandeiro, e a gente só saia de lá quando João botava a gente pra correr.
Antonio Rolim, tinha um armazém ali em frente a loja de Zé Teixeira, ele tinha uma radiola PHILIPS, eu não saía de perto, me lembro até dos discos, Nilton Cesar, José Augusto, Roberto Silva, Rossini Pinto.Etc
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Tibúrcio Bezerra, também tinha muitos discos, e bom gosto, coleção DOS VELHINHOS TRANSVIADOS, MIGUEL ACEVES MEJIA etc. Era bom cara.
E tinha a discoteca do CINE ODEON, que nunca me deixou na mão.
Irmão, se estás me escutando...
Dalmir.