Na minha terra,no começo dos anos 60 quando era mais ou menos as 16:00h, começava a especulação se em Várzea Alegre ia ter luz naquela noite, "fulano vai ter luz hoje?", "nem sei, eu vi dizer que não, o motor parece que está desmantelado", e assim era nossa vida.
Más vejam, independente de ter luz ou não, o ritmo da cidade não alterava,o comércio, os restaurantes da época ,que a gente chamava de cafés, não se preocupavam com a escuridão que se aproximava pois nada iam afetar seus negócios.
Era um vai e vem de bolos para as padarias, quase todos os restaurante tinha sopas de galinha e costela de boi, doces de leite, tijolos coisas de qualidade,linguiças as melhores que eu já conheci, cada um com sua especialidade, assim: Pereira, o melhor doce de leite cortado, Isa e sua mãe, o melhor doce e tijolo de leite, João de Adelha, a melhor linguiça, um bolo espetacular, sopas maravilhosas, as irmãs Pajés também faziam coisas maravilhosas, bolos, doces etc., seu Elpídio, o mesmo cardápio, más muito bom também, Alaide, o mesmo cardápio.
Meu irmão, quando era 21:00h com luz ou sem luz, por acaso você recebesse uma visita, não tinha mais nem um pedaço de osso pra você comprar, o povo tinha consumido tudo.
No comércio, aquela praça dos motoristas era grande e do lado de Luiz Cavalcante, a calçada era alta ,e mais ou menos as 17:30h quando não ia ter luz a gente ficava sentado na beira praça acendendo as Lampadas Petromac, Eu, Luiz Cavalcante ou Pista, Senhor, Antonio de souzão, João de Zé Marcelo, Santim ou Raimundo, Senhozim, naquele espaço de tempo a gente se divertia,pois era quando a gente tinha tempo pra conversar.
Eita!
Dalmir
Maravilha de tempo que se foi, resta apenas uma saudade de uma juventude sadia, que sabia o que era divertimento. Parabéns pelas memórias.
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