O RÁDIO DE BARROSO
Esta tem até titulo, más é porque se passou de maneira muito interessante.
Quanto eu morava em Várzea alegre, tinha uma amizade muito grande com os filhos de João Doca la na praça Santo Antonio, ou Praça dos Correias como preferirem. Dedé, Tom Ivo e principalmente com João Alverne que era mais ou menos na minha idade.
Muitas vezes eu passava o dia na casa deles, brincando com aquela turma da praça, que era uma grande meninada e fazia a festa.
Daquele lado da lagoa tinha umas plantas que a gente chamava de bananeira, que com uma faquinha bem amolada a gente cortava a planta que ficava idêntico a um fuzil de guerra, e dai surgia os melhores filmes de guerra da região, sob nossa direção. O tempo passou, vim morar em Fortaleza.
Um amigo meu foi tratar de negócio em uma empresa aqui em Fortaleza e me chamou, quando nós chegamos la que entramos, eu me sentei, tinha um rádio antigo em cima da mesa, quando eu olhei eu pensei, EU JÁ VI ESSE RÁDIO, não sei onde, más eu tenho certeza que já vi, e não parava de olhar pro rádio.
Nisto chega o rapaz que o meu amigo foi tratar de negócios com ele, e começam a conversar, e eu de olho no rádio, e pensava, será que estou imaginando coisas, no diálogo o rapaz fala em Várzea Alegre, meu amigo diz, "Dalmir aqui também é de Várzea Alegre."
Ele me deu a mão,"muito prazer meu conterrâneo". "Você é filho de quem, etc,etc", e eu," e você é filho de quem". e ele, "eu sou filho de BARROSO" e eu,comigo mesmo, puxa vida, matei a charada, era o rádio de Barroso.
Eu e meu amigo João Alverne brincava com filhos de Barroso, e a gente frequentava muito sua casa, pois eram vizinhos.
Eu sei que não existia só o rádio de Barroso, naquele modelo, más foi uma questão de sei nem dizer.
Dalmir.