VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Raimundo Lucas Bidinho - Memória varzealegrense


RAIMUNDO LUCAS BIDINHO: nasceu no Sítio Chico, no dia 28.07.1914, filho de Lucas Francisco de Oliveira e Josefa Soares Lucas. Traz a cultura popular da literatura de cordel, no livro que se intitula "O CEARENSE"(1990), onde revela sentimentos autênticos referentes a trabalho, luta e estilo de vida  do seu povo. 

Nasceu no sítio Chico no dia 28 de julho de 1914. Esse notável poeta que, identificava-se pela sua poesia simples de vocabulário desembaraçado e claro, era filho de Lucas Francisco de Oliveira e Josefa Soares Lucas.

Filho de uma família humilde, da qual herdou uma bondade sem extremos. Seu período de estudos, tendo iniciado aos sete anos de idade, não Foi o necessário; tendo sido muito pequeno, porém o bastante para ler e escrever e poder colocar no papel sua intuição poética. A primeira e última escola que freqüentou, ficava no povoada onde nasceu, tendo sido sua primeira professora, a Sra. Ana Alves de Morais.

Começando a intuição de escrever poesias, levado pela uma força estranha, que nem ele mesmo sabia explicar, ainda muito criança. Aos oito anos de idade. Para seus pais eras um orgulho ter um filho poeta e que escrevia coisas bonitas, mas seu pai não pode acompanhar o filho em sua carreira poética por muito tempo, isso porque veio a falecer no ano de 1924, quando o mesmo então contava com dez anos de idade. O golpe foi grande, mas superado a custa de muita dor e sacrifício. Era o filho  primogênito e por isso teria de ser o dono da casa, o que não foi fácil ter que cuidar de cinco irmão menores , sendo eles, Miguel Lucas, José Lucas, Arita, Irinéia e Chagas, mas conseguis vencer essa fase.

Cada situação e cada momento da sua vida era um motivo para nascer mais uma poesia, a qual enriqueceria sua colocação. Fazia de tudo para colocar de modo nomado, aquela emoção, aquela alegria ou mesmo aquela dor e assim cada vez mais seus conhecimentos a respeito da poesia, iam aumentando, tomando novos rumos.

Em 1952, uniu-se em matrimonio com a Sra. Maria Luiza Lucas, com a qual construiu uma prole de composta por mais quatro filhos; Antonieta Maria, Francisca Socorro, marcos Antonio e José Irapuan de Oliveira, os quais já lhes deram sete netos; Edson, Ednardo, Érica, Adriana, André,Rafael, Marta, Andreza, Maria Luiza, Ana Camila, Ricardo e Jéssica. E uma bisneta Helen Cristina.
A experiência talvez já lhes tenha causado cansaço,mas nunca mas nunca a inspiração pura de um nordestino.
   
Além de poeta era agricultor e sindicalista*(2), conscientizador político; inclusive fazendo uso de suas obras para tal. Chegou a por duas vezes colocar seu nome para disputa do cargo eletivo de  vereador em 1966 e em 1982, nesta ultima usou do seu dom criativo para humoristicamente, comparar a sua luta com ato impossível, o slogan “POR VOCÊ EU ESCOVO O URUBU ATÉ FICAR BRANCO”. Não tendo o mesmo êxito em nenhuma das duas empreitadas.

Em 1971 mudou-se para cidade, morando inicialmente na rua Dr Leandro Correia, tendo residido depois nas ruas Raimundo Duarte Bezerra rua Pe. José Otavio, Cel Antonio Primo, rua Antº Alves de Lima, rua Dez de Novembro, Praça da Bandeira, e rua Gonçalves Dias, sua ultima residência.

Conhecido pelas sua responsabilidade e segurança em seus atos, foi eleito em 1976, para secretario do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Alegre, donde já havia sido sócio fundador.
 Em 1978 teve um grande choque co  morte de sua mãe, que tanto favoreceu para o crescimento do filho como poeta.

Apesar de não se dedicar somente a poesia, sua coleção é bastante rica sendo que a ultima que escreveu foi: “visita de Joaquim Bilé a sua terra natal” escrita em agosto de 1985.(4).

Os seus trabalhos são de vários tipos estilos e temas; tendo dos gritos dos retirantes com medo da seca; até a façanha de um grande jerimum do sítio aba da serra. Do respeito na poesia à sua mãe, aos criativos gracejos com a herança deixada pela sua avó. Tendo sempre gritante e contundente a marca registrada do poeta, a insatisfação dos agricultores com os governos, a cobranças destes por dias melhores, a luta contra as injustiças sociais, a conscientização e a fé que, “O ESTATUTO DA TERRA VAI  MELHORAR  NOSSA GENTE”.

No quesito técnica todos os estilos são notificados na poesia do Bidinho, desde a simples quadra ao nobre soneto, o difícil pé quebrado as ricas décimas e bem desenrolados motes.

Na sua vida poética, obteve respaldo como cantador de improvisos, ao lado de grandes nomes da época como Antonio Maracajá “o gato de Acopiara” Antonio Gonçalves da Silva “Patativa do Assaré”.  O Poeta obteve brilhante participação no Concurso nacional de Poesias da Revista Brasília, tendo sido premiado recebendo diplomas e medalhas, nos anos de 1991, 92, 94 e 95. 
    
Raimundo Lucas Bidinho seu nome completo; faleceu no dia 23 08 2004
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