Raimundo Alves de Meneses, Mundim do Sapo, fez uma viagem a Fortaleza e de passagem pela Praça do Ferreira um camelô vendo o jeitão de matuto disse: vou pegar aquele besta. Tomou chegada, cubou direito e puxou conversa.
Mundim prestava atenção mais por educação do que por outro interesse. O sujeito passou a oferecer uns produtos á venda. Cinto, alpargata, anel e um relógio dourado aparentando de ouro ser.
Depois de muita saliva Mundim disse: meu amigo, comprar eu não compro, porque eu não tenho dinheiro. O máximo que pode dar é uma troca. O camarada animou-se, como quem diz é agora que aprumo este égua.
E, o senhor propõe uma troca em que? Mundim olhou bem nos olhos do sujeito e lascou: Eu troco num couro de uma novilha que morreu de tingui na minha fazenda nas Gamelas.
O caboclo não poupou Mundim de desaforos e nomes feios enquanto ele morria de dar risadas.