Dentre todas as figuras folclóricas que existiram em VÁRZEA ALEGRE , talvez Manoel Sipauba, tenha sido uma das mais interessante.
Agregados da família Pinho no Piripiri, residia na última casa , na saída para os Barreiros ou para o Toco Da Butija.
Pobre, preto, um grande bebedor de cachaça , porem extremamente respeitador, pou co afeito ao trabalho pesado.
Nos anos de seca não tomava um gole de álcool, só voltava a beber quando o inverno começava no ano seguinte, isso por que o sogro disse que não daria uma filha em casamento para o marido mata-la de fome.
Extremamente espirituoso, tinha sempre uma resposta engraçada para a ocasião, é umas dessas historia que vou contar:
Antonio Máximo era dos maiores fazendeiros de Várzea Alegre, residia no Imputí e sua casa sempre estava de portas abertas para as visitas e Sipauba frequentava como trabalhador, cambiteiro de cana de açúcar para o engenho ou nos dias de embriaguez . Quando saia do São Vicente embriagado e errava o caminho de casa , indo parar no Imputí .
Certa vez ao entrar na sala de jantar de Antonio Máximo encontrou sobre a mesa uma bacia, coberta com uma impecável toalha branca e dentro dela um cuscuz de milho mergulhado ate a metade em leite.
Não se fez de rogado e comeu o cuscuz inteiro,
Quando Emília Mendes entra na sala e pergunta “Cadê o pão de milho que eu botei para inchar?”
Sipauba respondem COMI, ORA SE UM HOMEM NÃO INCHA PARA MIN, IMAGINE UM PÃO!
Enviado por Afonso Bezerra