VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um Domingo Qualquer - Memória varzealegrense

José de Adálio - Zé Gatinha

Por volta de 1955, o Quixará, atual Farias Brito, ousou desafiar Varzea-Alegre para uma partida de futebol. As maiores dificuldades diziam respeito á arbitragem. Depois de reuniões seguidas, as partes chegaram a um entendimento. O primeiro tempo seria arbitrado por um juiz do Quixará e a fase final por um arbitro de Várzea-Alegre.

No dia do jogo, por volta das 11 horas da manha, Valdizio de Zé Odmar estacionou o velho "misto" na praça da igreja e os atletas foram se acomodando em seus devidos lugares. Seguiram por uma estrada carroçável que ligava os dois municípios via Cariútaba.

Pra encurtar a historia o primeiro tempo terminou com um escore de um a zero para o Quixará. Depois de trocarem o campo e o arbitro a contenda recomeçou. Aos 12 minutos os atacantes Raimundo de Bié e Nenên de Canuta já haviam convertido em gols duas das seis penalidades máximas marcadas pelo arbitro Jose de Adalio, o saudoso Zé Gatinha.

O jogo seguia em banho Maria para tranquilidade do juiz que não precisou mostrar as suas prerrogativas de autoridade. Aos 42 minutos, quando ninguém acreditava numa reação do Quixará, o zagueiro cobrou um tiro de meta, um bicudo daqueles que a bola sobe, sobe e vai caindo maneira como um gavião peneirador que posa numa ninhada de pintos. Um gaiato, na geral, usa um apito igual ao do arbitro. O beque de Varzea-Alegre, seu Tõe de Cota se atrapalha com o apito e segura a bola com as duas mãos dentro da pequena area. Não houve jeito para o arbitro, o pênalti teve que ser marcado e a bola colocada na marca da cal.

Antes de autorizar a cobrança da penalidade, o arbitro foi até o goleiro Perna Santa e advertiu: Se deixar entrar vai voltar para Várzea-Alegre a pé. Por sorte a bola tinha um manchão estragado e com o impacto do chute explodiu. A câmara de ar se desprendeu "pruuuus" e como um foguete tomou rumo ignorado, a capa da bola entrou mansinha rente a trave esquerda enquanto o goleiro se esparramou para o outro lado da baliza.

Aliviado Ze Gatinha marcou "meio" gol, e, não podia ser diferente, só entrou a metade da bola. A partida foi encerrada dois minutos antes do tempo regulamentar com o histórico escore de “dois a hum e meio" pra Várzea-Alegre é claro.

Fonte:
Blog do Sanharol
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